AMANDA IV - MENTE, CORPO E ESPÍRITO VIII - PARTE 1

I – MENTE, CORPO E ESPÍRITO

Quando Marco chegou em casa à tarde, ao entrar pela porta, pareceu ter errado de apartamento. As cortinas da sala, geralmente fechadas, estavam abertas e pela janela entrava a aragem gostosa do entardecer e o sol levemente alaranjado entrava preguiçoso no ambiente. Havia flores naturais em vasos colocados em posições estratégicas, dando cor ao ambiente.

Ele colocou a pasta de trabalho sobre o sofá branco, com cuidado até exagerado porque ele parecia mais branco que antes, pois a luz que irradiava sobre ele o fazia reluzir ainda mais. O cheiro também era diferente. Tudo parecia ter tomado um novo fôlego, não porque a casa não fosse limpa, mas por estar sempre fechada, já que o casal estava sempre fora.

- Amanda! - chamou em tom normal de voz, como se não quisesse acordar o ambiente que parecia tão tranquilo.

Dalva apareceu na porta da cozinha e ele chegou a se assustar com ela.

- Oi, Dalva! Você me assustou...

- Desculpe, não tive a intenção, ela disse sorrindo. – Boa tarde! Está tudo bem?

- Está... O que você fez aqui? Parece outro apartamento, ele disse, ainda olhando em volta.

- Fizemos. Eu tinha começado e aí a Amanda chegou e me ajudou a terminar de arrumar tudo.

- Cadê ela?

- Tomou um banho e disse que ia pro quarto ler um livro que a professora de literatura emprestou pra ela no último dia de aula e ela estava curiosa pra ler. Vai até lá. Eu fiz um arroz doce que está já geladinho esperando por vocês e, se quiserem jantar mais tarde, está tudo pronto no fogão. Se você não quiser mais nada, eu já quero ir pra casa descansar. Estava só esperando você chegar.

- Não quer jantar com a gente, antes de ir?

- Já jantei.

- Mas não são nem seis e meia.

- Eu achei melhor, assim quando chegar em casa é só tomar um banho e cair na cama. Gosto de dormir cedo.

- Tudo bem. A casa deu muito trabalho?

- Nada que assustasse. Vocês são organizadinhos. Amanhã, eu passo a roupa que lavei hoje. Eu passei duas camisas sociais suas, caso você precise amanhã. Estão no seu lado do guarda-roupa, nos cabides.

- Obrigado, Dalva, ele disse, sorrindo.

Ela se aproximou dele e o beijou no rosto.

- Amanhã estou aqui na mesma hora, tudo bem?

- Até amanhã então. Obrigado de novo. Manda um abraço pro meu sogro.

- Mando sim. Deixa eu me despedir da minha filha.

Dalva foi até a porta do quarto, mas viu que Amanda estava deitada de bruços, virada para os pés da cama e tinha dormido sobre o livro. Dalva aproximou-se dela devagar e apenas deu um beijo no alto de sua cabeça e saiu.

- Ela dormiu... disse sorrindo a Marco.

Ele sorriu também.

- A faxina deve ter cansado.

- Pois é. Tchau, meu bem. Até amanhã.

- Tchau, até amanhã, ele despediu-se, beijando seu rosto.

Marco abriu a porta para ela e fechou, procurando não fazer barulho depois que ela saiu para não incomodar Amanda. Chegou até a porta do quarto, olhou para ela e sorriu. Encostou a porta sem fechá-la. Foi tomar seu banho e vestiu roupas mais leves. Viu que a luz do sol já tinha sumido atrás do horizonte e já escurecia. Ele apenas fechou a janela da sala. Não fechou as cortinhas. A tarde estava quente e gostosa e o ar entrava livre pelas frestas da janela.

Foi para o quarto e fechou a janela também, repetindo o mesmo ritual. Apagou as luzes e ligou a luminária estrelada que Amanda tinha ganhado de Ângela de presente pelo aniversário de dezessete anos. As estrelas que havia dentro dela se moviam quando o aparelho era ligado, parecendo que o universo estava girando em torno do ambiente.

Marco deitou-se na cama, ao lado de Amanda e começou a beijar seu rosto carinhosamente, com o intuito de acordá-la. Ela se moveu levemente e abriu os olhos, sonolenta. Sorriu, fechando os olhos de novo, ao vê-lo. Marco afastou seu cabelo e começou a beijar seu pescoço, seu ombro...

- Oi, namorado... ela sussurrou.

- Oi, namorada, ele respondeu sem parar de beijá-la.

Ela se deitou de lado e colocou a mão em volta da nuca dele e Marco a beijou na boca.

MENTE, CORPO E ESPÍRITO

PARTE I

DEUS ABENÇOE A TODOS NÓS

SEJAMOS, TODOS, LUZES NA ÁRVORE DE NATAL DO CRISTO!

OBRIGADA SEMPRE

Velucy
Enviado por Velucy em 06/12/2018
Código do texto: T6520186
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