AMANDA IV - RETORNO AO LAR IV - PARTE 2

II – RETORNO AO LAR

Antônio voltou para casa naquela tarde, no carro de Benê, e foi um dos momentos mais felizes da vida de Marco que sonhava com isso há muito tempo. O tio querido fazendo as pazes com seu pai.

Quando Antônio saiu do carro, ele o abraçou e pediu:

- Promete que não faz mais isso comigo?

- Só daqui uns dez anos... Antônio brincou.

Marco riu e balançou a cabeça.

Eles entraram na casa e Laila tratou de ajudar o marido a se acomodar no quarto e repousar, como o médico havia recomendado. Depois de se assegurar que ele estava bem, Laila resolveu fazer um café para o irmão e foi com Amanda e Benê para a cozinha. Marco ficou com o pai no quarto.

- Eu estou muito feliz, hoje, pai. Ver você conversando numa boa com o Benê... parece um sonho...

- É, eu... resolvi que, ficar de mal dele depois de provar que ele estava errado, era idiotice. Eu provei pra ele que amo sua mãe e que estava com a razão quando a tirei do Armando Antônio. Então, não adiantou de nada ele ter brigado comigo. Quem devia se sentir por baixo era ele.

- Era o que eu pensava a respeito disso. Se você provou sua teoria, por que bancar o turrão e dividir a família mais ainda? Eu sei que a mãe sempre sofreu com isso e só nunca falou nada pra não se indispor com você. Mas sinceramente, pra mim era estupidez mesmo. O Benê sempre foi um cara legal.

- Não vamos falar mais nisso. Está tudo bem, agora. Como vocês se viraram aqui em casa, você e a Amanda, com as duas crianças? Você está fazendo sua garota virar uma mulher na marra, do pior jeito.

- Ela já é uma mulher, pai. A Amanda é mais forte do que parece. Eu me casei com uma garota muito especial. Você não me disse que os Ramalho têm essa tradição?

- Leva ela pra casa. Vocês merecem descansar depois disso tudo.

- A gente está bem...

- Eu sei, mas vocês têm suas vidas pra continuar vivendo, amanhã.

- Vocês são a minha vida...

- Eu sei, eu sei, mas precisam descansar um pouco. Vão pra casa. É uma ordem. Já fizeram muito por aqui. Você está com uma cara horrível.

- Eu vou, depois que souber do Aldo e da Débora.

- A gente liga pra vocês.

- Você está me mandando embora... de novo? - Marco perguntou, sério.

Antônio sorriu e ia responder, mas Amanda entrou no quarto e avisou:

- Marco, o Aldo está aí.

- Que bom que você entrou, Amanda, disse Antônio, estendendo a mão para ela, que a segurou. – Seu marido já ia brigar comigo de novo.

- Eu não ia brigar com ninguém... Marco se defendeu.

Amanda sentou-se na cama ao lado de Marco e Antônio segurou as duas mãos dela.

- Eu quero te agradecer, por tudo que você tem feito aqui.

- Não tem que agradecer nada, seo Antônio.

- Tenho sim. Pra uma moça tão jovem e tão linda, você tem feito o que muita mulher adulta não faria. Tem tido uma paciência e um amor pela minha família que eu não tenho palavras pra descrever o quanto estou grato.

Amanda se aproximou dele e beijou seu rosto.

- Eu amo vocês, ela disse.

- Então, por favor, leve seu marido pra casa e vão descansar. Se ele está exigindo que eu faça isso, e eu vou fazer, deve seguir o próprio conselho. Vocês dois.

- A gente vai... ela concordou.

Antônio beijou sua testa. Amanda levantou e saiu do quarto novamente. Marco olhou para o pai, com um leve sorriso.

- Se saiu bem, mas depois a gente conversa mais sobre isso.

Antônio riu. Marco beijou o rosto do pai e saiu do quarto.

Aldo estava na sala e Marco o abraçou forte.

- E aí, papai, está tudo bem?

- Graças a você, amigo.

- Eu não fiz nada.

- Eu não tenho tempo de enumerar o que você fez, agora. Eu vim buscar meu filho. Cadê ele?

Amanda apareceu na sala com Júlio apoiado pela mão dela, andando. O menino olhava para o pai, mostrando alegria e excitação por vê-lo. Aldo ficou parado ao ver o filho e exclamou, baixinho:

- Meu Deus! Meu filho está andando!

Amanda soltou o garoto que deu alguns passos ainda meio inseguros na direção dele e Aldo o levantou nos braços, feliz e emocionado.

- Mas, como...?

- Ele só precisou de um empurrãozinho, disse Marco, sorrindo. – No bom sentido, é claro. Mas depois eu te conto tudo. E a Débora?

- Já está em casa. O Teo e a Cleo foram pegar a gente lá e a levaram pra casa. Ela está com a mãe. Só vim pegar o Júlio e agradecer muito por tudo. Você não existe, cara. Vocês não existem. Deus abençoe vocês dois e sua família toda.

- Amém, disseram os dois.

Aldo foi embora e os dois ficaram na sala sozinhos. Marco abraçou Amanda pela cintura e perguntou:

- Vamos pra casa também, senhora Ramalho?

- Foram as ordens do seu pai... ela disse, encostando a cabeça no peito dele e fechando os olhos.

- Cansada?

- Um pouquinho...

Marco a beijou o alto de sua cabeça.

- Obrigado, ele disse baixinho.

- Disponha, ela disse sorrindo, no mesmo tom.

RETORNO AO LAR

PARTE II

DEUS ABENÇOE A TODOS NÓS

SEJAMOS, TODOS, LUZES NO MUNDO E SAL DA TERRA!

OBRIGADA SEMPRE

Velucy
Enviado por Velucy em 30/11/2018
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