AMAR DEMAIS 9 NOVEL LIVRE 14 ANOS
14
O churrasco esta animado, Moisés assa as carnes enquanto Pietra, Priscila e Sandra preparam a comida, Samuel fica com os filhos a sambar e beber umas cervas.
- Ai sim, por isso gosto do Samuka ele é igual eu sabe bem aproveitar o fim de semana.
- Só que no seu caso, o fim de semana não tem fim, não dona Sandra.
- Ah vai, filha ingrata. Risos delas ali.
Adrian termina de colocar um pudim para gelar no freezer, ali do lado sentada de braços cruzados em cima da pia esta Mônica, namorada dele.
- Então finalmente decidiu por uma namorada?
- Mãe, bom dia. Sandra sorri para moça que retribui ao mesmo modo, logo a mãe abre o freezer e pega uma cerveja enchendo um grande caneco e levando goela abaixo.
- Puta que pariu, esta sim é de melar as partes da boca.
- Mãe acho que ouvi a Pri te chamando.
- Já entendi, filho ingrato. Ao sair Mônica então abre um sorriso para ele.
- Sua mãe é uma graça.
- Isso não é da sua conta.
- O que foi agora, foi você que me obrigou a vir contigo, lembra-se?
- Sabe bem o por que....
- Por que não quer que ela saiba que veio corrido de Londres?
- Ela acha que estou na Espanha.
- Espanha, coitada, se ela soubesse o que nós já fizemos por ai hein?
- Depois de amanhã você vai embora.
- Sei, você ja me disse isso várias vezes.
- Depois de 2 semanas eu vou.
- Isso se ele não vir á sua procura ou caça, entende.
- Vire essa boca, ele não sabe que estamos no Brasil.
- Tá, só estou dizendo.
- Ja entrou em contato com ela?
- Estou tentando, deve estar em trânsito em algum país por ai.
- Oriente Médio?
- Pode ser, afinal as filiais lá estão em franca ascensão.
- É pode ser bom para ela.
- Com certeza que sim.
- Me pergunto por que disso tudo.
- Quando foi resgatado não fez tantas perguntas.
- Aquilo faz 8 anos.
- Nossa ja tem tudo isso, ja imaginou sua mãe sabendo que o filho querido quase foi exceutado por tráfico internacional.
- Vai, fique com eles, não quero surpresas, não precisamos delas.
- Tudo bem. Mônica sai dali enquanto ele ja esta no preparo de um bolo, nisso toca seu celular e ele olha no visor e atende, após algumas frases em sussuros, ele desliga e tira da gaveta uma faca, corta os limões para o preparo com um corte cirurgico preciso.
O almoço é bem alegre, Mônica fica ao lado dos sobrinhos de Adrina a conversar enquanto Sandra toma todas e já começa a causar com estórias dos filhos na infãncia.
Moi intervém e chama ela para dar um passeio com ele, Pri mata as saudades ali do lado do irmão querido.
- Será que fomos tão peraltas assim, não me lembro da metade do que a mãe diz.
- Com certeza fomos sim. Risos.
- Te amo maninho.
- Pri, preciso te perguntar algo.
- O quê?
- Tem noticias dele?
- Não e nem quero.
- Já o procurou?
- Olhe mano, vamos esquecer esse assunto, não vale perdemos nosso tempo precioso aqui com aquele cafajeste.
- Mais ele é nosso pai.
- Ele não existe, faz assim que é melhor.
- Tudo bem. Logo a campainha toca, Sandra vem junto de Moisés e Diogo.
- Olhem só quem eu encontrei aqui na frente.
- Diogo.
- Oi, pessoal. Kauã e Kauê o olha com certo desprezo e saem dali, Adrian sai do lugar e vai até ele.
- Diogo é você mesmo, nossa você não mudou nada.
- Sim sou eu mesmo e daí você está bem, como foram estes anos longe daqui, da sua casa e família?
- Bem, mais cara, quanto tempo. os dois se cumprimentam e Diogo lhe dá uma sacola.
- Uma lembrança de bom retorno.
- Obrigado, mais sério, não precisava. Adrian abre e um relógio folheado á ouro que ele faz questão de colocar no pulso no mesmo instante.
- Nossa cara, é perfeito, olha amor o que eu ganhei. Ele sai a mostrar para todos ali.
- Agora fiquei triste, e eu, a sogra querida, afinal deveria ganhar algo também.
- Mãe. Pri diz a mãe que sorri para Diogo.
Diogo tira do bolso um cartão e entrega para ela.
- O que é isso?
- Um regalo, por ter cuidado tão bem de meus garotos. Ela perguta ao ouvido dele.
- De quanto?
- Dez mil, está bom para inicio?
- Te amo genro amado. Ela o abraça enquanto coloca o cartão no decote sob o olhar de Pri.
- Ai sim, soube muito bem como comprar de volta esta familia. Ainda em voz baixa ela lhe diz e logo retorna aos outros ali.
- Obrigado. Pri olha para ele e se aproxima.
- O que faz aqui?
- Oras sou parte dessa família também.
- Vem comigo. Pri o puxa para dentro enquanto Sandra sai a procura dos netos e logo os encontra no quarto.
- Muito bem queridos, agora ja chega, esse teatro de filhos rebeldes não lhes cabe mais.
- Vó.
- Vocês ja estão bem grandinhos para ficarem ai remoendo um passado pelo qual participaram muito pouco ja que quem foi a mais atingida, se é que o foi, foi a mãe de vocês e ela mesma ja disse que quer retomar de onde parou.
- Mais vó.
- Eu até entendo a falta dele em suas vidas, porém eu e sua mãe, nós duas suplamos isso tudo e tenho certeza lhes damos carinho, amor e respeito e além disso boa educação, portanto não vou aceitar essa atitude ainda mais de dois homens adultos que são.
- Nos desculpe vó.
- Ele é o pai de vocês e pronto.
- Mais...
- Não tem mais Kauã, aceite, por favor, não estou pedindo que morra de amores mais de certa forma, procure entende-lo se colocar no lugar, sempre houve muitas coisas envolvidas no caso.
- Tudo bem vó.
- Assim que eu gosto, agora vou correr até o freezer, toda essa falação me fez ficar de boca seca e daí vocês ja sabem, sua vó não funciona bem sem a cervejinha dela. Risos.
Sandra sai dali e logo os rapazes retornam a varanda onde sentam em um banco, Diogo chega ali e senta um pouco afastado deles.
- Oi.
- Oi. O silêncio ali se torna uma constante, Diogo alisa com as mãos suas pernas sob a calça enquantos os rapazes ficam a procurar espinhas imaginárias pelo rosto.
15
- Então, vocês estão se formando?
- Sim.
- Muito bom, eu na idade de vocês também estava no término de meus estudos.
- Foi dificil cursar medicina?
- É uma das facul mais curiosas, complexas e dinâmicas eu posso lhe dizer.
- Deve ser muito bom salvar vidas?
- Sim é maravilhoso, mais tem seus percaussos, ás vezes perdemos também.
- Mais tentaram e com louvor.
- Sim Kauê.
- Você gosta de ser médico?
- Apesar de há um bom tempo eu não exercer pois fico na parte administrativa de um hospital, pois também fiz administração e comércio fora do país, mais sim, medicia é ma´gica e eu amo minha profissão.
- Estou terminando enfermagem, falta este ano e um pedaço do outro.
- Que bom, me procure quando estiver nos estágios posso lhe arrumar no hospital, se quiser.
- Acho que vou precisar sim.
- Pois fique as ordens te ajudarei no que for preciso.
Priscila vem com a bandeija com 2 copos de suco e 1 de wisky para Diogo que sorri ali junto dos filhos.
- Que bom. Ela diz para si e logo lhes serve, Sandra vem com sua caneca de cerveja e senta ali com eles, conta algumas piadas e solta várias gargalhadas junto deles, os rapazes se abrem mais e contam um pouco da infância e Moi junta-se a eles na conversa.
Logo todos estão ali, Adrian ri muito enquanto Mônica fala ao ouvido de Pri que segue com ela para seu quarto.
- Aqui.
- Obrigada.
- Nada, mulheres.
- Sim, foi um grande descuido meu não ter ido comprar.
- Acontece. Mônica pega o absorvente e segue para o banheiro logo retornando e Pri ali a espera no corredor.
- Tudo certo?
- Sim, obrigada.
- Nada, precisando é só pedir.
- Obrigada, vou comprar alguns amanhã.
- Tá. Pri segue para o pátio quando Mônica a chama.
- O que foi?
- Sabe, na próxima semana eu vou retornar.
- Sério, mais tão cedo, o que aconteceu?
- Coisas do trabalho, o meu gerente ligou e você entende...
- Somos sempre as ultimas porém as necessárias, sempre.
- Sim, mais seu irmão vai ficar alguns dias.
- Que bom mais saiba ja estou com saudades de você, afinal você é bem gentil e legal.
- Obrigada.
- Olha, vamos então ter de dar uns passeios por ai, para que você conheça melhor a cidade, temos pontos turisticos maravilhosos.
- Que bom que tocou neste assunto, bem, é sobre isso que gostaria de lhe falar.
- Só dizer, o que foi?
- Na verdade, eu ja sou daqui, bem não daqui dessa cidade mais da região entende?
- Nossa que legal, afinal você fala muito bem o nosso português.
- Sim, só que minha família, eu não os vejo há uns dez anos.
- Meu Deus, quanto tempo.
- Sim