AMAR DEMAIS 8 NOVEL LIVRE 14 ANOS

12

Diogo chega em casa, a empregada lhe diz que Larissa o aguarda no escritório.

- Obrigado.

Ele deixa o terno e a chave do carro no sofá, abre a porta do escritório e ali esta sua mulher em robe vinho, cabelos presos por uma presilha e na mesa diversas bitucas de cigarro no cinzeiro, ao lado 1 litro de martini rosé.

- O que significa isso?

- Onde você estava?

- Bom dia.

- Pro inferno, onde você estava?

- Com ela.

- E me diz assim, na cara.

- Sim.

- Quem é ela?

- Pare Larissa, por favor, não quero brigar.

- Quem é ela, a vagaba da vez?

- Eu os conheci.

- O quê?

- Conheci meus filhos, meus dois rapazes.

- Você não fez isso.

- Fiz sim. Diogo se defende em movimento rápido diante ao litro de bebida pela metade que ela lhe arremessa.

- O que foi, ficou louca de vez ou o quê?

- Louca, louca eu deveria ter ficado quando permiti que aqueles demônios vissem a luz do dia.

- O que diz?

- Eu sabia que um dia isso ia ocorrer.

- Pare com isso.

- Sabe, eu estive lá, eu vi pela vitrine o nascer deles.

- Você não fez isso.

- Sim, eu fui lá, vi aqueles pestes chorarem pela primeira vez, sabe ao ouvir me surgir um ódio que até então eu desconhecia.

- Não, por favor, não.

- Poderia ter dado fim, ali, naquele momento.

- Sabe vou fazer que não te escuto, prefiro assim.

- Vai ficar com ela, a vagaba mãe de bastardos.

Ele vai até ela e a encosta na parede em mãos fechadas no pescoço dela.

- Nunca mais fale assim dela e dos meus filhos.

- Isso, vai proteje ela, a cretina, vagabunda, a causadora de tudo de ruim em minha vida.

- Não sabe o que diz.

- Cale a boca, eu sei muito bem, senão fosse aquela louca ter jogado aquela maca em minha direção agora eu estaria com meu filho, meu filho.

- Pare.

- Nojento, asqueroso, te odeio, corre vai logo para os braços daquela meretriz e de seus filhotes do cão.

Diogo dá um tapa em Larissa que cai, ali no chão ela grita e logo o choro a domina.

- Vou sair.

- Pouco me importa sua vida, sua maldita e cretina vida.

- Tchau.

Priscila trabalha normalmente na clinica, já próximo da hora de sair, toca seu celular.

- Oi.

- Oi amor.

- Diogo?

- Lógico, tem outro?

- Bobo, o que quer?

- Você, pode ser?

- Pare com isso, você é um homem casado.

- E daí?

Trinta minutos depois em uma suíte de luxo no motel, Pri se entrega ao prazer com o homem de sua vida.

- Mesmo depois de tantos anos, ainda me sinto como se fosse a primeira vez.

- Pare de finjir.

- Com você não consigo, tenho de ser o mais real possível.

- Canalha.

- Vai, xinga que eu gamo mais neste corpo.

- Seu louco.

Ali na cama ela segura a grade da cabeçeira da cama com força enquanto Diogo ali em cima lhe envia fortes energias reavivantes de uma paixão sem limites.

Quase uma hora depois ambos jogados em suor e o cheiro do prazer ali exalando.

- E agora seu louco?

- O quê?

- Melhor não nos vermos mais.

- Pelo contrário, te quero muito na minha vida.

- Pare com isso Diogo, tem a Larissa.

- Olhe estou cada vez mais certo que meu casamento ja era.

- Sei, conheço muito bem essa história.

- Sério, tô te dizendo ja foi pro saco.

- Vai, se arrume logo, melhor irmos cada um para seu lado.

- Não quer a passar a noite comigo?

- Esta louco, esqueceu que tenho 2 filhos e que ainda estes estão para lá com os nervos pelo pai.

- Não melhorou?

- Mais ou menos, acredito que mais algumas semanas e terei novas noticias.

- Um jantar.

- Ainda é cedo demais, vamos deixar para mais adiante, tudo bem?

- Sim, o que decidir para mim esta bom.

- Obrigado Diogo.

- Mais ainda quero passar a noite contigo, deixando bem claro isso e registrado, tudo bem.

- Vai, vamos embora. Risos.

Na saída do motel mais beijos no carro, logo a frente ele deixa Pri no ponto de ônibus, ela decidira assim, ele segue para a empresa, não percebem que foram filmados e fotografados.

Larissa na mesa de Diogo olha os documentos e revira o pc dele, tendo conseguido com sucesso algumas senhas.

O celular dela toca e ela atende.

- Sim, conseguiu, irei te ver, depois lhe mando mensagem.

Ela desliga e surge um riso.

- Agora vamos começar a caça garoto.

Diogo entra no hospital e a sua secretária lhe diz sobre Larissa estar em sua sala, ele entra rapidamente.

- O que faz aqui?

- Oras, não posso visitar o trabalho do meu esposo?

- Sim, claro que pode mais poderia ter ligado antes.

- Para que, leve isso como tipo, uma auditoria pessoal minha.

- Este hospital não é de sua família.

- Mais de um grande amigo da família, minha família.

- Obrigado por me lembrar.

04112018..........................

13

A mesa posta, Priscila e os filhos começam a jantar.

- E ai, como foram o dia de vocês?

Os dois evitam olha-la.

- Vão continuar com esse voto infernal de silêncio para comigo?

- Tudo bem mãe.

- Ainda bem que um de vocês decidiu falar comigo, ja ia sair daqui ou melhor de casa.

- Não mãe, por favor não.

- Não é voto.

- E o que é Kauã, me diz?

- Você o viu?

- O que quer saber?

- Ja lhe perguntei, você o viu?

Nisso bate a porta, Sandra entra ali junto de Miosés.

- Oi gente, olá meus queridos netos.

- Vó.

- Esta vendo Moi, eles me amam.

- Oi mãe.

- Oi Pri.

- Oi Moi.

- Agora também quero saber, eu ouvi quando entrei, quem você viu?

O silêncio novamente se instala ali.

- O Diogo.

- O pai deles?

- Sim.

- Não, você não está falando sério, é brincadeira, vai diz que é.

- Mãe.

- Está vendo, até a vó é contra quele covarde, canalha que nos abandonou.

- Calma ai gente. Moi faz não entender o assunto e senta á mesa.

- Gente, este feijão deve estar maravilhoso.

- Come Moi.

- Obrigado, estou morrendo de fome, acreditam que a Sandra não quis cozinhar de novo.

- Oh vó. Kauê fala com Sandra que fica a olhar fixo em Priscila.

- Vamos conversar em outro lugar.

- Tudo bem.

- Vocês dois fiquem com o Moi, por favor, não nos sigam.

- Tá. Sandra acompanha Pri até o quarto onde as duas entram, ela fecha a porta.

- Agora vai, desembucha tudo isso que acabei de ouvir é real, você viu aquele monstro?

- Ele não é nenhum monstro e a senhora sabe muito bem disso, ele apareceu.

- Quando?

- Na festa que a Pietra quase me obrigou a ir com ela, ele nos livrou de sermos expulsas de lá.

- Por quê?

- A Pi ficou bêbada, e para ajudar conhecemos o filho do cacho dela.

- Do tal empresário, e ai ele é gato, por que o pai segundo a Pi, é gatissimo?

- O rapaz não é tão feio, mais bem cinico, deixou ela se embebedar para depois nos jogar na cara que sabia de tudo.

- Meu Deus.

- É ai que entra o Diogo.

- Entendi só que não. Priscila conta a mãe em detalhes todo o ocorrido na festa.

- Então foi com ele que você dormiu na sala da Pi?

- Bem....

- Como assim, você dormiu com ele na casa da tia? Kauã entra no quarto neste instante.

- Sai Kauã.

- Não vó, eu quero saber, agora eu quero entender tudo isso de uma vez.

- Não há nada para você entender por enquanto só me obedeça ainda sou a vó aqui, me devem respeito e pronto.

- Desculpa vó.

- Agora saia.

- Sim.

- Deixa mãe, feche a porta Kauã. O rapaz fecha a porta, Pri lhe aponta a cama para que sente, ele e a vó sentam alli enquanto ela fica em pé.

- Eu ainda o amo, gostaria de dizer o contrário, mais não, nada mudou nesses anos quando o vi senti como se fosse a primeira vez.

- Como assim filha ele te...

- Pare mãe, sabemos que não foi bem assim.

- Até parece você com dois filhos e ele ainda queria no inicio, quando estava a esperar que...

- Por favor mãe.

- O que vó, continue, fale vó. Sandra leva a mão ao rosto.

- Ele quis tirar a gente é isso vó, vai fale de uma vez.

- Não filho, agora me ouça por favor.

- Ouvir o quê mãe, a vó sem dizer disse tudo, aquele covarde crápula, ele não presta eu vou mata-lo.

- Não. Grita Pri ao filho ali, Sandra ainda a cobrir seu rosto.

- Eu sempre soube que ele não largaria a família dele para ficar com a gente, não fui enganada, nunca fui.

- Por que mãe?

- Por que seu pai é ambicioso, o que ele tem e é deve muito a família da mulher dele.

- Dinheiro, por causa de dinheiro ele nos abandonou.

- Não filho, ele estava confuso, a mulher dele estava grávida também.

- Então ele tem filhos?

- Não, só vocês.

- Como?

- Houve um acidente, ela perdeu a gestação.

Sandra se levanta da cama e encara o neto.

- Ninguém teve culpa essa é a grande verdade.

- Mãe por favor.

- Pri ele merece saber de tudo.

- Saber o que vó?

- Kauã, na mesma época que vocês foram gerados a mulher dele também ficou grávida, e na época houve um acidente no hospital que ele administrava e sua mãe trabalhava de enfermeira.

- Que hospital, como foi isso vó?

- Onde eu trabalhava. Pri entra na estória.

- Então mãe, você tinha um caso com ele?

- Sim.

- Mãe.

- Pare com isso Kauã, não aceitaria qualquer repreenda de vocês, sou a mãe de vocês.

Kauã tenta sair dali mais Sandra o abraça antes de chegar a porta e ali as lágrimas descem.

- Ele me disse que ia se separar, mais eu sempre soube que isso não aconteceria, por que eu conhecia até mais do que ele próprio.

Sandra olha agora para a filha ali, desmanchada em choro.

- E agora filha?

- Mais uma vez ele me disse a mesma coisa, só que agora eu sinto uma chance.

- Você vai aceita-lo?

- Sim.

- O que diz?

- Se ele realmente estiver afim, eu vou aceita-lo.

Kauã agora entra no assunto.

- Você vai traze-lo para esta casa?

- Não sei, sobre isso não sei, vai depender de vocês afinal esta casa é suas.

- Bem mãe você que sabe, se ele entrar eu saio.

- Filho.

- É isso e pronto. Kauã sai dali deixando a vó boquiaberta com sua atitude ali.

- Agora só me resta tomar uma. Sandra sai do quarto também, pri fica ali em pé perdida com a situação que instalara ali.

Na cozinha Sandra abre o freezer e tira deste uma cerveja bem gelada, Moi vem a ela e não diz nada, logo após Pri vem com um album de fotos e o abre ali na cadeira.

- Nossa a gente era feliz, será que ainda voltaremos...

- Pare com isso, somos felizes e problemas qualquer os tem, logo tudo passará por que tenho netos maravilhosos já lhes disse, sei que eles logo mudarão e seguirão o certo.

- E o que é certo mãe?

- A família, sempre é o caminho certo, a família.

Moi se aproxima das duas ali que estão em lágrimas e as abraça, oferecendo um lenço de pano a elas.

- Obrigado Moi. Enquanto Pri seca suas lágrimas, Sandra aproveita para abrir mais uma e ja leva á boca.

- Bem meu remédio sempre está as mãos. Risos.

Toca o celular de Moi que atende.

- O que foi, quem era?

- O Adrian.

- Meu filho, o que houve?

- Ele ja esta no Brasil.

- Como, quando ele veio?

paulo fogaça e IONE AZ
Enviado por paulo fogaça em 12/11/2018
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