AMANDA II - PRIMEIRA VEZ XIX - PARTE 2
II – PRIMEIRA VEZ
Duas horas depois, Marco e Amanda estavam já trocados, sentados juntos no sofá da sala, e o interfone tocou. Era Jorge.
- Oi, Jorge, Marco atendeu.
- Marco, a dona Rita está aqui pra pegar a Amanda.
- Por que ela não subiu?
- Ela prefere que vocês desçam.
- A gente já está descendo. Obrigado, Jorge.
Marco colocou o interfone no lugar, olhou para Amanda e disse:
- A Rita já pescou tudo. Ela já sabe do que aconteceu aqui.
Amanda corou levemente e encostou o rosto no peito dele.
- Arrependida?
- Não... Nunca. Eu te amo mais ainda agora.
Marco a beijou.
- Também te amo. Vamos descer?
Quando chegaram perto de Rita, ela estava séria.
- Demoraram... Vamos pra casa, Amanda? Seu pai já está preocupado.
- Está tudo bem, Rita? - Marco perguntou, estranhando a expressão sisuda da prima.
- Eu é que pergunto. Está?
Marco olhou para Amanda e ela para ele e confirmaram os dois.
- Está...
- Ótimo, então vamos embora. Tchau, Marco.
- Você me dá mais um minuto, Rita? - Amanda pediu.
Rita respirou fundo e concordou. Foi para o carro e, de longe, os viu trocarem algumas palavras e um longo beijo. Depois, Amanda correu até o carro e entrou nele. Rita colocou o veículo em movimento e ele acenou para as duas da calçada.
Já na Avenida Santo Amaro, para voltar para a Chácara Flora, Rita perguntou:
- Está feliz?
Amanda olhou para ela e depois para a rua novamente, sorrindo.
- Muito... Com ele por perto, está sempre tudo bem.
Rita sorriu também e não disse mais nada.
No dia seguinte era o reinício das aulas. Marco reviu os amigos, contou e ouviu as novidades que haviam acontecido nas férias. Cleo estava realmente diferente. Sorria mais e conversava com todos com mais desenvoltura. Marco ficou satisfeito com a mudança.
Depois da faculdade, foi apanhar Amanda no colégio, mas, ao contrário do que sempre acontecia, não se encontrou com Lídia.
- Ela não veio, hoje, disse Amanda. - Eu falei com meu pai. Ele disse que ela vai deixar o colégio. A Elisa veio conversar com ele.
- Que pena... Lamento muito por ela... Queria mesmo que tivesse sido diferente.
- A gente não pode fazer mais nada. Você já fez o que pôde pra ajudar, ontem.
Marco passou a mão pelo rosto dela.
- Você está bem?
- Muito. A Rita falou que vai me levar hoje à tarde pra ver meu vestido de noiva.
- Oba! Boas notícias... Ela não te perguntou nada?
- Não, só se eu estava feliz.
- Mas pela cara dela ontem, acho que vai me dar uma bronca hoje.
- Será?
- Se eu fosse sua mãe, era o que eu faria.
- Está arrependido?
- De não ter feito isso antes.
Amanda sorriu e o beijou. Entraram no carro, ele a deixou em casa e foi para a agência. Logo ao chegar, uma funcionária veio avisá-lo que Rita queria falar com ele logo que chegasse. Ele foi até a sala dela e a viu sentada diante do computador.
- Chamou, chefe?
Ela virou a cadeira giratória e olhou para ele. Sorriu, levantando-se.
- Chamei. Queria falar sobre ontem. Eu sei que não é da minha conta, mas...
- Rita... ele a interrompeu. - É da sua conta sim, mas eu não tenho nada a dizer. Depois de tudo que eu passei nesse fim de semana, do susto que eu levei com a Lídia, eu pensei: por que eu estou me preocupando tanto em me guardar, se outra garota vem e quase me tira a felicidade de fazer amor de verdade com a garota que eu amo, me dizendo que eu sou pai do filho dela, sendo mentira? Agora, se alguém quiser me culpar por alguma coisa, me culpe pelo que eu fiz... e fiz, sendo meu direito. Só que eu vou me dar o direito de não me explicar. E eu te garanto... eu sou o cara mais feliz do mundo, porque eu sou amado... pela Amanda, agora de corpo e alma.
Rita apenas sorriu.
- Não fica preocupada. Nós dois estamos muito bem.
- E agora eu não posso mais confiar em vocês dois sozinhos, não é?
- Não, ele respondeu, sorrindo. – Mas pode deixar. Vou fazer de tudo pra me controlar até o casamento.
- Acho bom. Vá trabalhar.
- Você manda, ele disse beijando as pontas dos dedos e jogando para ela.
PRIMEIRA VEZ
PARTE II
DEUS ABENÇOE A TODOS
QUE ELE ABENÇOE NOSSOS ANJOS DA GUARDA HUMANOS
NÓS O TEMOS... ACREDITEM!