AMANDA II - PRIMA RITA VIII - PARTE 5

V – PRIMA RITA

Rita colocou o fone no gancho.

- Por que você disse que eu estava? - Marco perguntou, aflito.

- Porque mentir não é uma boa jogada, gato. Ele vai saber pelo seu pai ou por qualquer pessoa que você esteve e aí como eu fico, se mentir? Não tem nada demais. Você é meu primo. Não fique tão apavorado. Relaxa!

- Não consigo...

Ela sentou-se do lado dele e segurou seu rosto entre as mãos, beijando-o na boca.

- Relaxa... Faça o seguinte. Nós vamos conversar sobre o comercial e sobre meu esquema de trabalho na agência por umas... duas horas, depois você vai tomar um banho quente e a gente vai pra cama, ok?

Marco apenas balançou a cabeça, concordando.

Dito e feito. Marco ouviu com atenção todos os planos e ações que Rita tinha em mente e todo processo criativo que costumava exigir em sua agência. Mostrou a ele todos os detalhes que lhe tinham inspirado todo o trabalho já feito com Amanda e ele ouviu tudo e absorveu com atenção. Opinou e fez perguntas e ela respondeu a tudo como mestre no assunto; contou de suas viagens ao exterior e dos publicitários famosos que havia conhecido.

- Quando você pegou a conta da Bunny’s? - ele perguntou.

- Em janeiro, agora. Esse comercial tem que sair ainda no final desse mês ou mais tardar no começo de abril. Eu já tenho uma vaga ideia do que quero fazer, só que não quero usar muita gente, num comercial de roupas. Quero a Amanda e... no máximo, mais uma pessoa. Um rapaz, de preferência.

- Um rapaz?

- É... Não quero que pareça um comercial de refrigerante, cheio de adolescentes que parecem não fazer nada na vida senão... tomar refrigerante.

Marco riu.

- Quero atingir cabeças mais pensantes, sensíveis e úteis. Dando a impressão de que as roupas da Bunny’s são para jovens que sabem o que querem sempre, não só quando se vestem.

- Entendi...

- Mas pra chamar a atenção desses jovens, eu vou precisar da cara bonita da Amanda e a cara bonita de um gato.

Ela apoiou o braço no encosto do sofá e a cabeça na mão e ficou olhando para ele com segundas e terceiras intenções. Marco notou e disse:

- Não, não olha assim pra mim, Rita. Eu não.

- Eu preciso desse seu sorriso e sua carinha de bebê desprotegido, seus olhos verdes...

- Não dá não. Eu quero ser o publicitário, não o produto.

- Mas...

- Rita, não! Não inventa, ele disse, acabando por rir na cara pidona dela.

- Olha aí! Eu preciso desse sorriso, dessas covinhas, Marco!

Ele ficou sério de novo.

- Esquece, eu não dou pra isso!

- E vai deixar a Amanda contracenar com outro carinha?

- Profissionalmente, sim. Eu posso ter ciúmes dela com os caras do colégio, com os caras que olham pra ela de um jeito diferente na rua... mas não num trabalho comercial.

- Hum... ela fez aborrecida.

- Não vai ter cena de beijo, vai?

Rita riu.

- Um monte! Pra você deixar de ser bobo! - disse ela, fazendo cócegas nele.

Marco se encolheu, defendendo-se e olhou no relógio. Assobiou.

- A conversa rendeu, hein? Onze e meia. Tenho que estar de pé, amanhã, às seis e meia.

Rita pegou o controle remoto da televisão e a desligou.

- Vou tomar aquele banho, ele falou, levantando-se.

- Esteja à vontade. Eu te espero. Tem um roupão e toalha, limpos no banheiro.

Ela se levantou também e foi para o quarto. Marco tomou um banho de dez minutos e quando voltou à sala, Rita estava colocando cobertores e lençóis sobre o sofá, o que o deixou meio decepcionado. Ela olhou para ele e sorriu.

- Não se assuste. Isso é só uma camuflagem... pro caso de alguém aparecer por aqui de surpresa e querer saber... onde você dormiu.

Ele corou e sorriu sem jeito. Rita apagou a luz da sala e seguiu para o quarto, segurando sua mão e levando-o com ela.

PRIMA RITA

PARTE V

UM EXCELENTE DIA A TODOS

DEUS OS ABENÇOE GRANDEMENTE!

Velucy
Enviado por Velucy em 24/10/2018
Código do texto: T6484678
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