MANDY - DANÇANDO NAS ESTRELAS IX - PARTE 4

IV – DANÇANDO NAS ESTRELAS...

Uma hora e dez minutos depois, a porta se abriu e uma avalanche de risinhos e vozes femininas atravessou-a, quebrando o silêncio do corredor.

Marco levantou-se e, cada garota que passava olhava para ele e comentava alguma coisa que ele não conseguia definir o que era, mas devia ser pelo fato de raramente haver rapazes por ali, a não ser os professores. Amanda saiu quase por último e, ao vê-lo, ficou surpresa.

- Oi! O que você está...

Marco a abraçou pela cintura e a beijou.

- Eu vou matar você... ela disse, sorrindo e beijando-o também. – Eu não falei pra não vir?

- Eu falei que viria.

- Você me viu dançar?

- Não, na maior parte do tempo, fiquei anestesiado. Você é maravilhosa! Como pôde dizer que ainda não estava pronta?

- E não estou! Você não devia ter vindo! Ai, que vergonha...

Marco riu e a abraçou. Amanda escondeu o rosto no peito dele. Ceres aproximou-se dos dois e Amanda o apresentou:

- Ceres, esse é o Marco, meu namorado. Ela é minha professora, Marco. Ceres Castilho.

- Oi, disseram os dois, apertando-se as mãos.

- Não fique zangada com a recepcionista, ele pediu. – Fui eu que insisti pra subir. Queria ver a Amanda dançar.

- Ele é mestre em subornar as pessoas, disse Amanda.

- Não tem importância, disse Ceres, sorrindo. – Eu vi você na porta o tempo inteiro.

- Viu? - ele perguntou, erguendo as sobrancelhas.

- Vi. Se seu olhar engordasse, a Amanda seria a Wilza Carla, agora.

Eles riram e Marco corou levemente.

- E por que você não me expulsou daqui?

- Poderia ter feito isso sim, era só apertar um botãozinho e o segurança viria correndinho.

Amanda riu.

- Isso é sério? - Marco perguntou, apreensivo.

- Só é! - disse Amanda. - O Jaime tem dois metros de altura e cuida sozinho da segurança da academia inteira.

- Quem ia dançar era eu, então?

- Literalmente, mas você não atrapalhou ninguém. E eu notei que seu olhar era pra ela. Pela Amanda, eu pude abrir uma exceção. Ela é uma ótima aluna e esforçada também, mas não acostume. Foi um prazer conhecê-lo, Marco.

- Obrigado, o prazer foi meu.

- Até mais. Até quarta, Amanda.

- Tchau, Ceres. Obrigada. Até quarta.

A professora afastou-se. Amanda sentou-se no banco, colocando a mochila a seu lado. Marco abaixou-se junto dela e segurou suas mãos.

- Vim te buscar pra jantar na minha casa, Marco falou.

- Meu pai vem me buscar... ela disse, tirando uma toalha branca da mochila.

- Já liguei pra ele. Minha mãe convidou. Ela quer falar com você.

- Ah, é. Eu sei, ela falou, secando o rosto.

- Sabe? Sabe como?

- Nós já tínhamos combinado.

- Combinado? Combinado, o quê?

- Que curioso! Coisas de mulher! Não é da sua conta!

- Sabe que ela falou a mesma coisa pra mim? Estou ficando com a pulga atrás da orelha...

Amanda sorriu, guardando a toalha novamente na mochila.

- Bobo! Não confia em mim?

- Não sei... devo? - ele perguntou em tom de brincadeira.

Amanda pegou a mochila.

- Eu pedi. Eu quero conversar com ela... coisas de mulher. Às vezes, eu tenho vontade de conversar com alguém... como conversaria com... minha vó... minha mãe...

Marco olhou para ela com ternura e sorriu, beijando sua testa. Depois a abraçou e disse:

- Ok, irmãzinha... Eu te empresto a minha mãe.

Ela riu.

- Você fica uma gracinha, desconfiado.

- E você fica uma gracinha de “colant”. Você sai vestida assim na rua?

- Por que não?

- Não é muito... muito...

- Justa e curta?

- É... Não chama muita atenção?

- E o que é que tem? Que pensamento machista. O que é bonito tem que ser mostrado, Amanda disse, provocando.

- Ah, é? Vou começar a sair pelado pela rua!

Amanda riu novamente.

- Convencido!

- Você começou. Tem toda a razão, mas começou.

- Dá um minutinho pra eu me trocar, tá bom? - ela disse, levantando-se.

- Ué! Você vai tirar?

- Vou. Eu não vou assim pra casa. Não, quando estou sozinha.

- Não precisa. Você não está sozinha agora e não vai pra sua casa. Vai pra minha. Se troca lá em casa. Vem!

Ele a puxou pela mão e desceram. Ao passarem pela recepção, Amanda gritou para a recepcionista:

- Tchau, Áurea!

- Tchau!... Ei, garoto, valeu a pena? - a moça gritou para ele.

Marco parou e respondeu, sorrindo:

- Muito! Eu não fui expulso, então... valeu. Obrigado! Tchau!

DANÇANDO NAS ESTRELAS

PARTE IV

OBRIGADA E BOM DIA!

MUITAS BÊNÇÃOS A TODOS

Velucy
Enviado por Velucy em 28/09/2018
Reeditado em 13/10/2018
Código do texto: T6461710
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