MANDY - AMANDA & LÍDIA VIII - PARTE 12
XII – AMANDA & LÍDIA
Marco alcançou Amanda no corredor e a segurou pelo braço.
- Mandy, espera!
Ela parou, voltou-se e o abraçou, chorando.
- Eu não queria fazer aquilo. Ela me forçou.
- Não liga pra ela não, amor. A Lídia não sabe o que diz. É totalmente maluca...
- Ela é maluca por você, Marco!! Você não percebe?
Marco ficou espantado com a revelação.
- O quê?
- Eu tenho aguentado os ataques de ciúme dela desde que a gente começou a namorar. A Lídia é louca por você. Ela namora o coitado do Teo pra disfarçar, pra ficar perto de você quando estiver com ele.
- Que absurdo! Ela implica comigo por causa da Bete.
- A Bete é outra também, mas já desencanou de você a conselho seu mesmo. Ela está namorando o Márcio do Terceiro C, você não percebeu?
Marco balança a cabeça, negando.
- Ele não sai da porta da nossa sala. Ninguém quase a vê no intervalo. Eles ficam lá dentro ou na sala dele. Ela não gosta de mim também, mas depois daquele dia, não me agride mais com os olhos como fazia antes. Mas a Lídia não me deixa em paz. Ela fica sentada com outras duas garotas da sala e cochicham coisas a meu respeito pra eu notar! Não faz nem questão de disfarçar. Ela não teria tanta raiva de mim, por causa da Bete. É por ela mesma! Ela gosta de você... e parece que faz tempo...
Marco encostou-se na parede zonzo.
- Caramba... ela namora meu melhor amigo, Amanda! Não é possível.
- E eu não falei nada pra você justamente por isso. Eu gosto demais do Teo. Não queria atrapalhar sua relação com ele. Fora o fato que eu não quero que ele sofra, se descobrir.
- Eu te juro que nunca fiz nada pra...
- Eu sei! E nem precisa, gato. Você já se olhou no espelho? Você é o sonho de toda garota, amor, disse ela, colocando as mãos no rosto dele.
Marco ergueu as sobrancelhas, sorriu triste e a abraçou.
- Essa me pegou de surpresa, te juro. Eu não me lembro de um dia que eu tenha conversado quatro palavras gentis com a Lídia. A gente briga feito cão e gato! Ela não me topa!
- Ela tem raiva de você, porque você não enxerga ela como ela quer ser enxergada. Acho que até brigar com você é um consolo pra ela.
O sinal tocou.
- Vamos pra sala, ele falou. – Não chora mais não, tá? Eu sou seu, só seu.
- Eu sei...
Ele a beijou e ela entrou na sala. No caminho para sua sala, Marco cruzou com Bete e Márcio, que vinham de mãos dadas.
- Oi, Marco! - disse ela.
- Oi, Bete! Fala, Márcio! Tudo bem?
- Tudo... - disseram os dois.
Ela continuou andando, puxando Márcio pela mão. Marco ficou olhando para o casal se afastar e sorriu, balançando a cabeça.
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Na saída, Marco foi levar Amanda até o carro dela.
- O Teo não estava na aula, hoje, Amanda. Ele deve ter ido levar a Lídia em casa e não voltou mais.
- Sinto tanto tudo isso. Eu não queria mesmo fazer aquilo com ela...
- Não pensa mais nisso, não. Eu vou até a casa dele e a gente vai conversar.
- Você não vai contar pra ele, vai?
- Não, claro que não. E o Teo sabe que ela me enche o saco, mesmo. Ele vai entender. Ele gosta um bocado de você. Fica tranquila.
Amanda o beijou e entrou no carro, indo embora. Marco foi pegar a bicicleta e foi até a casa de Teo, mas dona Rosely disse que o filho ainda não tinha chegado em casa e que talvez pudesse estar na lanchonete do tio de Marco. Ele agradeceu e partiu para lá.
Dito e feito. Quando chegou à lanchonete, foi direto ao balcão falar com o tio e olhando para uma mesa num canto bem escondido, viu Teo, de costas para ele.
- Oi, Benê.
- Oi, Marquito. Tudo bem? E a mãe?
- Está bem. Faz tempo que ele chegou? - Marco perguntou, apontando para o amigo.
- Está aqui há um tempão. Não teve aula, hoje, não?
- Teve... Ele faltou.
- Aconteceu alguma coisa? Ele parece estar bem pra baixo.
- Mais ou menos... Dá uma Coca. Vou lá falar com ele.
- Ele está bebendo cerveja. Eu vendi, porque ele é seu amigo, mas tenta fazê-lo mudar de ideia. Leva duas Cocas.
- Ele já tem dezenove, tio.
- Com aquela cara de bebê chorão? Apesar do tamanho... não convence.
Marco riu.
AMANDA & LÍDIA
PARTE XII
OBRIGADA E BOM DIA!
MUITAS BÊNÇÃOS A TODOS