MANDY - MUITO BOM PRA SER PRA SEMPRE VII-PARTE 10
X – MUITO BOM PRA SER PRA SEMPRE...
Na manhã seguinte, Marco esperou ver Amanda na entrada da escola, mas ela não apareceu. Teo estava com ele e comentou, depois de quase dez minutos de espera:
- Ela não veio, hoje, cara. Ou já pode estar lá dentro, como daquela vez... Se não passou por aqui até agora... Vocês se viram ontem. Ela não disse nada?
- Não... Marco falou, muito sério.
- Que é que você tem? Está com uma cara de enterro! Que é que está pegando?
- Nada, Teo. Está tudo bem.
- Vamos entrar, então, senão a gente se atrasa. São quase oito e cinco... A prova de Português deve estar começando! Eu preciso de nota!
Marco ainda olhou mais uma vez para a rua, com esperança de que ela ainda chegasse, mas não. Ele entrou no colégio com Teo, que foi na frente. No corredor, Marco cruzou com Rotemberg que o cumprimentou:
- Bom dia, Marco! Está atrasado, hein?
- Bom dia, professor! A Amanda não veio?
- Não, ela não dormiu bem essa noite e... eu queria falar com você sobre isso. Passe na minha sala, no final da aula, por favor.
- Ela está doente?
- Não... Não é bem isso. Estava com dor de cabeça, nervosa...
- Hoje ela tem prova de Matemática. A gente estava estudando ontem, por isso...
- Pois é... Você também tem prova. Não quer perdê-la também. Vá pra sala.
Marco não insistiu. Rotemberg bateu em seu ombro e deu as costas, afastando-se. Marco também foi, mas não conseguiu se concentrar em nada. De vez em quando olhava para Caio e André que faziam a prova em silêncio, como o resto da sala, como se nada tivesse acontecido na tarde anterior.
Mal terminou de fazer a prova, ele pediu ao professor para dispensá-lo do restante da aula. A conversa foi tida em voz baixa para não atrapalhar os demais.
- Por quê? - Rubens perguntou, estranhando.
- Eu preciso conversar com o diretor.
- Algum problema com alguém na sala novamente?
- Não, eu só preciso falar com ele agora, Rubens.
- Marco, falta só quinze minutos para terminar a minha aula e começar a outra. A Cândida não vai gostar de ver você fora da sala sem um...
- Se você não deixar, eu vou sair de qualquer jeito, Rubens. Por favor, é muito importante. Me libera.
Rubens respirou fundo e teve de concordar.
- Vai, mas é a última vez! Namorar a filha do diretor não lhe dá o direito de sair da sala quando quiser.
- Eu sei, desculpa, mas é muito importante... Obrigado, Marco agradeceu, sem muito ânimo.
Saiu da sala. Teo e Aldo trocaram um olhar de quem não estava entendendo nada.
Ao ver o rapaz entrar em sua sala, durante o período de aula, sob os protestos de sua secretária, Rotemberg estranhou.
- Desculpe, professor, ele insistiu... falou a moça, entrando atrás de Marco.
- Obrigado, Carmen. Pode deixar, está tudo bem.
Ela saiu e fechou a porta.
- Eu queria falar com você depois da aula, no máximo no intervalo, Marco.
- Eu não estou conseguindo fazer nada na sala de aula, mesmo. Já fiz a prova. Não dá pra ser agora?
- O professor Rubens te deixou sair?
- Deixou...
- Com uma faca no pescoço, aposto, ele disse sorrindo. - Eu vou ter que arrumar seguranças pros meus professores.
Marco baixou os olhos e esboçou um leve sorriso.
- Senta, pediu Rotemberg.
Ele o fez e José apoiou os braços na mesa. Respirou fundo e começou:
- Marco, você sabe que o namoro da minha filha com você foi uma das melhores coisas que já aconteceram pra ela, desde que ela fez quinze anos. Eu confiava no Otávio, mas acabei descobrindo que ele não era bem o que eu pensava... Ele me enganou direitinho, mas eu estava longe e não pude prever isso. Não podia ter controle do que acontecia entre eles, estando aqui e eles lá, em Poços. Com você já é diferente. Ao contrário do que acontecia com o Otávio, eu conheço você de perto, seu dia a dia, conheço seus pais e acho, se não estiver enganado também... que você é um bom rapaz e... ideal pra minha filha... até que prove o contrário.
Em vez de ficar satisfeito com aquele discurso de Rotemberg, Marco ia ficando cada vez mais ansioso e perguntou:
- Mas...?
MUITO BOM PRA SER PRA SEMPRE
PARTE X
BOM DIA!
PAZ, BÊNÇÃOS E LUZ PARA TODOS