MANDY - MUITO BOM PRA SER PRA SEMPRE VII-PARTE 8
VIII – MUITO BOM PRA SER PRA SEMPRE...
Marco segurou a mão de Amanda e a puxou para si, abraçando-a.
- E você não quer que eu fique nervoso...
- Talvez seja melhor fazer o que ele quer... ela disse, chorando.
- Não diz isso!
Benê aproximou-se dos dois e aconselhou:
- Traga ela pra dentro da lanchonete. Você também, vem. Vou dar um copo de água com açúcar pros dois.
- Eu estou bem. Não estou nervoso...
- Não, sou eu que estou... Anda, vem!
Eles entraram e sentaram-se numa das mesas. Enquanto Benê providenciava a água com açúcar, Marco perguntou a Amanda, com as mãos dela entre as suas:
- Você está brincando com esse negócio de fazer o que ele quer, não é?
Ela balançou a cabeça, negando, chorando ainda, a voz não saía da garganta. Suas mãos tremiam.
- Se eu não posso entrar no jogo dele com as armas dele, você também na pode ceder. A gente só é forte, juntos...
- Se acontecer alguma coisa mais séria com você... ela conseguiu dizer, sem conseguir terminar a frase.
- Eu não vou ficar sem você, Mandy...
- Eu tenho medo!
- Eu também tenho medo, Amanda, mas... qualquer coisa que ele faça... não ia ser pior do que jogar pra cima tudo que a gente já conseguiu juntos! Para de chorar. Fico ainda com mais raiva daquele palhaço!
Benê trouxe a água com açúcar que os dois beberam:
- Eu vou levar vocês pra casa.
- Não precisa, Benê, a gente está bem. Obrigado, viu? Obrigado mesmo e... desculpa o transtorno.
- O cara pode estar por aí... esperando vocês, Marco...
- Não se preocupa. Ele já fez seu showzinho de hoje. Vai ficar tudo bem. Eu te ligo, quando chegar em casa. Obrigado, de novo.
Os dois saíram e Marco foi levar Amanda para casa. Foram em silêncio por todo o caminho. Chegando diante do portão da casa dela, Marco perguntou:
- Está mais calma?
- Acho que sim...
- Quer que eu entre com você?
- Não precisa... Eu devia pegar o carro e te levar pra casa, Marco...
- Claro que não... Eu vou ficar bem.
- Seu tio falou e pode ser verdade. Ele pode estar por aí, esperando por você...
Marco a beijou.
- Está tudo bem... Eu não vou deixar você...
Amanda ficou olhando para ele em silêncio e passou a mão em seu rosto, deslizando o dedo pela pequena cicatriz na testa dele.
- Queria que você dissesse o mesmo, amor, ele disse.
Ela continuou em silêncio e o abraçou forte.
- Amanda... ele falou, sentindo a garganta apertar.
- Eu não vou me perdoar se acontecer alguma coisa mais grave com você, Marco...
- Isso quem tem que decidir sou eu!
- Não é não! - ela falou, olhando-o nos olhos. – Você não decidiu namorar comigo sozinho; eu não namoraria, se não quisesse! Então, eu também tenho o direito de decidir o que acho certo pra nós dois! Não é nada legal te ver machucado por minha causa!
Ela afastou-se dele e aproximou-se do portão, abrindo-o e entrando. Marco encostou-se a grade.
- Amanda, vamos conversar sobre isso mais um pouco...
Ela se voltou e gritou, chorando:
- Se eu não te amasse, não faria isso! Vá embora!
Deu as costas e entrou correndo em casa.
Marco ficou ainda algum tempo encostado na grade e fechou os olhos, começando a chorar também. Ficou muito tempo ali até que as lágrimas secassem; depois, subiu na bicicleta e foi embora, mas não foi para casa. Circulou por ruas do bairro por onde nunca havia passado antes. Precisava pensar e voltar para casa não ia ajudar muito.
MUITO BOM PRA SER PRA SEMPRE
PARTE VIII
BOM DIA!
PAZ, BÊNÇÃOS E LUZ PARA TODOS