MANDY - MUITO BOM PRA SER PRA SEMPRE VII-PARTE 5

V – MUITO BOM PRA SER PRA SEMPRE

Por quase um mês, Marco a Amanda não ouviram falar da palavra “problema” que, para eles, se personificava em Otávio. Lídia continuava pegando no pé deles, mas Teo a amansava sempre e contornava a situação. Bete havia desistido da luta, pois viu que Amanda não tinha dado a mínima para a dose de veneno que ela tinha lançado para atrapalhar seu relacionamento com Marco. Começava a se virar para esquecer o ex-namorado. André e Caio continuavam não topando Marco, mas, apesar de manterem contato com Otávio, não o importunavam mais.

Rotemberg estava sempre entrando na sala do Terceiro A e conversando com a sala, às vezes de surpresa, para ver se estava tudo bem.

Marco frequentava a casa dos Rotemberg e Amanda a dele. Saíam sempre, sozinhos ou com Teo e Lídia, quando Teo prometia que a namorada não ia causar confusão. De vez em quando também levavam Aldo de contrapeso. O casal corria junto no clube e estudavam juntos, na casa dele ou dela.

O revezamento era bem democrático. Uma semana, na casa dela, a outra, na casa dele.

Combinaram que, para as provas bimestrais, estudariam na casa dele, pois Marco ficava nervoso com Dalva que parecia vigiá-los a todo o momento. Ele não falava nada, nem a governanta, mas Marco não conseguia se concentrar com ela por perto. Amanda divertia-se com isso e achava que era bobagem dele, mas concordou com a imposição.

Uma semana antes das provas, o quarto dele foi posto de estudos e havia livros, cadernos e folhas de papel espalhados por todo lado.

Enquanto ele estudava Português, sentado na escrivaninha, ela estudava Matemática, deitada de bruços no tapete aos pés da cama dele, enquanto acariciava o pêlo macio do gato Sherlock, do qual já era íntima.

O estéreo ligado baixinho os ajudava a se concentrar. De vez em quando, Laila colocava a cabeça para dentro do quarto pela porta entreaberta e observava os dois que muitas vezes nem a notavam. Ela sorria, ia embora e depois voltava com um lanche numa bandeja que colocava sobre o criado-mudo sem interromper os dois.

Marco, às vezes, olhava para mãe e sorria em agradecimento.

Num dado momento, cansado, ele esticou o corpo para trás, na cadeira, esfregou os olhos e levantou-se, indo sentar-se no tapete, junto de Amanda, beijando seu ombro.

- Não suporto Português! - desabafou.

Amanda apenas sorriu e esticou o braço para acariciar os cabelos dele, sem tirar os olhos do gráfico que fazia. Marco deitou-se também de bruços ao lado dela.

- Por solidariedade, você devia falar que detesta Matemática também, falou ele, beijando seu rosto.

Ela colocou o dedo sobre os lábios, pedindo silêncio e mais alguns segundos, para terminar o gráfico, terminou, sorriu, vendo que tinha conseguido e disse:

- Mas eu não detesto...

Ele colocou a mão em sua nuca, por baixo de seus cabelos e começou a massagear seu pescoço. Amanda fechou os olhos e sentiu sua mão quente e macia e a sensação gostosa da massagem, mas viu que estava se desconcentrando e pediu:

- Para, Marco! Olha sua mãe...

- Que é que tem? Não estou fazendo nada!

- E desde quando só fazer atrai suspeitas?

Ele riu e deitou-se de costas, apoiando os pés no criado. Amanda voltou a olhar para o caderno. Ele ficou olhando para ela que, sentindo-se observada, não conseguiu mais se concentrar na matéria. Sorriu e olhou para ele também.

- Quem pode estudar desse jeito?

- Vamos dar um tempo? A gente está aqui, olhando pra esses cadernos há quase duas horas. A minha mãe trouxe suco de maracujá e bolo de milho. Quer?

- Quero, ela disse, levantando-se e indo sentar-se na cama.

Ele foi até a bandeja, encheu dois copos de suco, apanhou o prato com o bolo e levou tudo até a cama, perto dela; depois sentou-se no chão, na frente dela.

MUITO BOM PRA SER PRA SEMPRE

PARTE V

BOM DIA!

PAZ, BÊNÇÃOS E LUZ PARA TODOS

Velucy
Enviado por Velucy em 18/09/2018
Reeditado em 13/10/2018
Código do texto: T6452279
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