MANDY - GÊMEOS & LIBRA III - PARTE 9

IX – GÊMEOS & LIBRA

- Isso até me atrapalha um pouco, Marco continuou. – Minha mãe me superprotege, fica agoniada se eu saio à noite e chego tarde, ainda me chama de Marquinho de vez em quando... aquelas coisas de mãe.

Ela riu.

- E seu pai?

- Ele me leva pro mau caminho numa carroça e me traz de volta num supersônico em alto estilo. É um cara muito legal. De vez em quando, dá uma de paizão, mas logo acorda e me trata como se eu tivesse a idade dele. A gente discute de vez em quando, mas, se ele conseguiu sobreviver a mim, é porque a coisa não está tão ruim assim.

- A imobiliária tem seu nome, não é?

- Não, eu é que tenho o nome da imobiliária, ele disse, rindo. - Ela já existia, quando eu nasci. Era do meu avô. Mas como é que você sabe?

- Investigando.

- Você seria um ótimo detetive, sabia?

- Falta saber o dia no seu aniversário.

- Adivinha, Matta Hari!

- Ah, aí já fica mais difícil. Qual é seu signo?

- Pra ficar mais difícil... começa com G.

- Ah, muito difícil, só tem um. Gêmeos, claro... ela falou pensativa, olhando para ele como a observá-lo. – Só preciso saber de que mês... De junho!

- Não sei... Por que não de maio?

- Você não parece ser de maio... Junho, sim, acertei?

- Acertou, espertinha. Que dia?

- Ah, Marco, aí eu vou ter que descobrir entre vinte dias...!

- Tá bom, vou te dar uma dica então. Antes de 10.

- Par?

- Está querendo muito. Par sim.

- Oito.

- Não, menos.

- Hum... dois...

- Dois, certo. Mas a mosca passou bem longe daí, hein?

- Dois de junho de... 70.

- Certo! Ganhou o troféu Paranormal de Ouro 88!

- Agora sua vez, espertinho. Adivinhe o meu! Sou de Libra.

- Eu sabia, é a minha casa da paixão, ele disse, beijando-a. – Algo me diz que nos daremos muito bem.

- Não desvia o assunto. Vai, de que mês eu sou?

Ele pensou também, afastou-se um pouco dela e respondeu:

- Outubro, dia da criança!

Amanda riu.

- Tenho cara de criança?

- Tem. Tem cara de anjo.

- Mas não sou do dia doze, é menos.

- Ímpar?

- Isso.

- Menos que doze... Ímpar... Metade de dez... cinco!

- Ah, não vale, acertou!

- Não é à toa que eu adoro Matemática. Meu negócio é números. Cinco de outubro de...76! - ele brincou.

- Doze anos? Só um gênio faria o colégio com doze anos, Marco!

- 71?

- É óbvio, bobo!

- Você devia ter nascido um ano antes, assim a gente estaria na mesma sala.

- Eu não ia conseguir estudar direito.

- Nem eu! – ele disse, rindo.

Ele olhou-a bem dentro dos olhos.

- Teu olho é verde claro... Tão verde que hipnotiza... Parecem lentes de contato.

Ela riu. Bem devagar, ele aproximou o rosto do dela, beijando-a longamente. Sentindo os lábios dela nos seus sem vontade nenhuma de parar. Depois ficaram abraçados por algum tempo.

- Meu pai vai falar com o Otávio, amanhã. Logo, nós não vamos mais precisar esconder nada, lá no colégio.

- Espero. Mas se ele for tão “gentil” como me pareceu até agora... não vai ser muito fácil, não. Sabe que seu pai falou até em mudar um de nós de sala e até de colégio?

- Ele não vai fazer isso com você.

- Não vai, porque eu não vou sair do colégio por causa daquele cara. Eu estou lá há onze anos. Ele que se mude.

- Meu pai vai dar um jeito em tudo, você vai ver. Eu preciso ir, agora.

- Vou te levar em casa. Já andou na garupa de uma bike?

- Não precisa, minha casa é logo ali.

- Não importa. Vamos fazer desta a primeira vez. Vem.

GÊMEOS & LIBRA

PARTE IX

BOM DIA!

Velucy
Enviado por Velucy em 06/09/2018
Reeditado em 13/10/2018
Código do texto: T6440966
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