MANDY - GÊMEOS & LIBRA III - PARTE 6

VI – GÊMEOS & LIBRA

Marco afastou-se. Amanda entrou na sala do pai.

- Que bom que você veio, falou Rotemberg, ainda na mesma posição.

- Papai, o Marco não tem culpa de nada...

- Eu sei, Amanda, calma! Senta aí.

Ela se sentou.

- Mesmo que eu tenha gostado do jeito dele e saiba que ele não tem culpa de nada, não posso ficar contra o Otávio assim, de uma hora pra outra. Ainda não tenho provas de que ele tenha feito algo errado.

- O Otávio provoca o Marco. Veladamente, mas provoca.

- Por isso mesmo é que não tenho provas, Amanda! O Otávio sempre mostrou gostar muito de você e, agora, você rompe com ele e começa a namorar esse outro rapaz, de uma hora pra outra... Não posso fazer nada contra nenhum dos dois, se não souber na verdade o que está acontecendo!

- Eu gosto do Marco.

- Duas semanas atrás, gostava do Otávio, filha.

- Ele tem sido grosseiro comigo, desde que nós chegamos a São Paulo e começamos a estudar aqui. Reclama de tudo: se eu estudo muito, o comprimento da minha roupa, se uso saia, se corro no clube, se converso com meus colegas da sala... os rapazes então! Ele ficou insuportável! Ele parece querer ser meu dono aqui e eu não gosto disso. Ele acha que, porque eu não tenho mais a vovó pra cuidar de mim e você está o dia inteiro trabalhando, pode assumir a responsabilidade por mim e mandar em mim. Isso seria muito bom, se ele ao menos respeitasse a minha liberdade.

- Não era assim antes?

- Não... pelo menos eu não percebia...

- Era como o Marco?

Ela sorriu, pensou e respondeu:

- Não... Nunca vi ninguém como o Marco. É diferente. Não sei explicar, mas é diferente. Conversei com ele mais longamente ontem... mas parece que já o conheço há anos!

- Isso pode me causar um problema enorme, sabia?

- Sei... mas, se há alguém que pode lhe causar problemas, esse alguém é o Otávio, pai. O Marco não está interessado em brigas.

- Muito bem, eu vou falar com o Otávio, amanhã cedo.

- Está certo. O que você achou realmente do Marco?

- Ele tem um ótimo histórico escolar... respondeu ele, disfarçando e fazendo conta que não tinha entendido o sentido da pergunta.

- Pai! Não quero a opinião do diretor da escola, quero a opinião do meu pai!

- É... Ele tem ótima aparência e, se estava me enrolando, é ótimo ator também, mas prefiro não fazer nenhum comentário ainda. Aqui dentro, eu sou o diretor e a única coisa que eu posso dizer é que você vá pra casa, porque já passa da uma da tarde e seu pai pode ficar preocupado com sua demora.

Ela sorriu e levantou-se, indo beijá-lo no rosto.

- Até mais tarde.

- Te vejo à noite. Tchau, querida.

Ela saiu e quando ia para o estacionamento pegar o carro, viu Otávio parado junto dele, esperando por ela. Aproximou-se com certo medo, mas procurou disfarçar e parecer calma.

- Oi, Otávio! Quer carona?

- Não, quero falar com você.

- A gente já falou tudo.

- O que está acontecendo com a gente? Eu não mereço isso, Amanda. A gente estava tão bem, lá em Minas. Você sabe que eu adoro você. Volta pra mim.

- Não dá mais...

- Por quê? Você me ama ainda, eu sei disso. A gente se conhece desde criança e namora há três anos. Isso não pode passar assim, de repente...

- Passou... quando você esqueceu que eu não sou propriedade sua, a ponto de mandar em mim, como se fosse meu pai ou minha vó! Primeiro porque ele ainda está vivo, graças a Deus, e ela é insubstituível na minha vida.

- Eu vou mudar... prometo. Eu fico inseguro nessa cidade grande e com tudo isso que anda acontecendo com a gente...

- Não precisa mudar, por minha causa... Acho que o que fez a gente namorar foi a convivência e... o costume de estar juntos, mas... Eu sinto que não é mais a mesma coisa...

Ele a segurou pelo braço, começando a ficar nervoso.

- Você conheceu alguém, não foi?

GÊMEOS & LIBRA

PARTE VI

MEU FILHO FAZ VINTE ANOS HOJE!

BOM DIA!

Velucy
Enviado por Velucy em 05/09/2018
Reeditado em 13/10/2018
Código do texto: T6439853
Classificação de conteúdo: seguro
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