MANDY (AMANDA, ESCRITO NAS ESTRELAS) II-PARTE 12

XII – MANDY

(AMANDA, ESCRITO NAS ESTRELAS)

Marco sorriu, intimamente orgulhoso de si mesmo.

- E eu que cheguei em casa morrendo de raiva de mim mesmo por não ter partido a cara dele...

Amanda riu.

- Eu ia ficar muito decepcionada.

- Por quê?

- Porque um rapaz que se presta a me convidar pro cinema sem falar comigo, segue o carro do meu namorado e me convida pra uma carona de bicicleta até minha casa, cinco minutos depois de eu ter brigado com ele, e ainda faz o sacrifício de entrar numa loja de roupas só para me ver... não deve ter tão pouca sensibilidade a ponto de quebrar a cara de outro por tão pouco.

Marco aproximou-se dela e segurou sua mão, puxando-a para si, delicadamente. Abraçou-a com carinho e sentiu o cheiro de seus cabelos que parecia estar vindo do céu. Quando se afastou, estava tonto de felicidade, acariciou seu rosto e finalmente confessou:

- Eu amo você.

- Você nem conhece direito... ela disse, sorrindo.

- Desde o primeiro dia que eu te vi, lá na lanchonete do meu tio... sabe, quando você não pensa mais em outra coisa? Eu não consigo tirar você da minha cabeça...

Amanda sorriu e segurou sua mão, fazendo-o envolver sua cintura. Marco tomou a sacola de sua mão e foram em silêncio até a rua dela. Quando pararam, perto do carro, ela perguntou:

- O carro é seu?

- Do meu pai. E aquele Fiat, é seu? - ele perguntou, olhando para o Fiat vermelho, estacionado na garagem da casa dela.

- É do meu pai, mas só eu dirijo, mas ainda não tenho carta, se é o que você quer saber. Tenho só dezesseis. Meu pai comprou pra mim em Minas pra eu ir pra escola, porque ficava muito longe da minha casa. A gente morava no sítio da minha avó que era meio longe da cidade.

- Entendi...

- Ah... E seu nome é só Marco.

- Marco Antônio, ele disse, sorrindo.

- Marco Antônio... ela repetiu. – Quando eu te vi pela primeira vez, lá no barzinho, você parecia familiar. Parecia estar na minha vida de alguma forma... Agora você parece estar nela há séculos... Não é estranho?

- Não... É o mesmo que eu estou sentindo. Eu não consigo explicar. É mais forte que eu.

Marco aproximou o rosto do dela e a beijou, calma e lentamente. Quando se afastaram, ele viu a mulher que jogava água nas plantas no dia anterior, olhando para os dois e falou, baixinho, ainda com rosto perto do dela:

- Tem alguém vigiando a gente...

Amanda olhou para trás e sorriu.

- É a Dalva, nossa governanta. Ela cuida de mim, quando o papai não está em casa e de nós dois quando ele está. Ela é legal, como uma mãe pra mim.

- Tudo bem ela ver a gente junto aqui?

- Não se preocupe. Ela não se dava muito bem com o Otávio também. Quando eu explicar que você é um amigo do colégio, ela vai entender. A Dalva não se mete muito na minha vida. Mas eu quero que você tome cuidado com ele. Vocês estudam na mesma sala e ele não vai te deixar em paz, quando descobrir que a gente...

- Eu sei, vou tomar cuidado. Ele tem um ótimo sexto sentido, já não vai com a minha cara desde sempre e eu nunca fiz nada pra ele, quando sacar tudo... Na verdade, eu não quero brigar com ninguém, só gostaria que ele se conformasse e se pusesse no seu lugar.

- Vai ser difícil. O Otávio é muito orgulhoso... ela finalizou com um suspiro. - Preciso ir agora.

- Tudo bem.

Ele segurou uma mecha de seu cabelo e a beijou.

- Até amanhã?

- Ou até de repente... como sempre... ela disse, sorrindo.

Marco a beijou na testa, olhando para Dalva que ainda estava no mesmo lugar, vigilante, depois falou:

- Amanda... Seu nome estava escrito nas estrelas no dia em que eu nasci.

- Que lindo! Em que livro você leu isso?

- No que eu estou começando a escrever agora... com você.

Ela sorriu e o beijou.

- Te vejo amanhã.

- Tchau.

Amanda atravessou a rua e, ao chegar ao portão de casa, voltou-se e acenou. Ele fez o mesmo, entrou no carro e fez questão de fazer a volta diante do portão dela. Amanda ficou olhando o carro se afastar até sumir na próxima esquina.

- Quem é esse rapaz, Amanda? - Dalva perguntou.

- Um colega do colégio.

- Beijando você na boca? Não acha que é muito cedo, filha? Você acabou de deixar o Otávio.

- Quando você o conhecer, vai me dar razão, Dalva.

Ela beijou a governanta e entrou na casa. Dalva encolheu os ombros e entrou também.

MANDY

PARTE XII

BOM DIA E UMA EXCELENTE SEMANA!

Velucy
Enviado por Velucy em 03/09/2018
Reeditado em 13/10/2018
Código do texto: T6437899
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