RP - ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE - PARTE 13

ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE

PARTE XIII

Miguel percebe que Cláudio não consegue mais disfarçar a dor.

- Fica com Deus, minha princesa... Ele já está te abençoando... Eu te amo...

Uma lágrima rola por seu rosto quando ele pede para Mônica tirar a filha de seus braços e ela o faz rapidamente.

- Tira ela daqui, por favor... ele diz, colocando as duas mãos na cabeça e escondendo o rosto no travesseiro.

Mônica sai do quarto e quando volta Cláudio já está sem dor, mas quase inconsciente. Ela segura sua mão.

- Me perdoa... ele diz.

- Perdoar do quê, vida?

- Por não ter te amado tudo que eu queria...

Mônica começa a chorar e beija sua boca.

- Eu te amo...

A pressão da mão dele vai ficando cada vez menos intensa e Cláudio adormece. Miguel se aproxima do amigo e segura seu pulso. Diz baixinho.

- Não espere vê-lo acordado novamente. Eu vou mantê-lo sedado daqui pra frente. Assim ele não vai sentir tanto.

Ela concorda e pede:

- Me deixa sozinha com ele, Miguel.

Miguel sai do quarto. Ela se deita ao lado de Cláudio e o beija.

- Se você ainda está me ouvindo... não esquece nunca... Eu amo você!

***********************************

O telefone toca no apartamento de Wagner e ele atende meio contrariado. Estava no meio da elaboração de um trabalho em grupo com mais quatro colegas, que teria que ser entregue antes do término do bimestre, no dia seguinte, valendo uma nota muito importante.

- Alô!

- Wagner, é o Cláudio.

Wagner senta-se pesadamente numa cadeira ali perto, apoiando o rosto na mão.

- Oi...

- Ocupado?

- Super... Estou no meio de um trabalho complicado aqui com...

- Não dava pra você vir até aqui amanhã?

Wagner estranha aquele convite tão diferente do irmão.

- Desculpa, cara, eu tenho que entregar esse trabalho justamente amanhã.

- Dá um jeito aí e vem. Preciso falar com você.

O rapaz fecha os olhos e esfrega o rosto cansado, olhando para os amigos trabalhando na mesa ali perto.

- Você me ouviu? - Cláudio pergunta.

- Ouvi... acho que você foi que não me ouviu dizer que é um trabalho complicado e eu tenho que entregar amanhã... pra nota de fechamento de bimestre, cara.

- Legal, você entrega o trabalho de manhã e vem à tarde pra cá.

- Cláudio, você está bem? A mamãe falou anteontem que você tem tido febres altíssimas e dores. Eu até tinha combinado com ela de ir praí no início das férias... e ia ficar aí com vocês até seu aniversário na sexta.

- Eu já estou ótimo, cara. Já passou. Mas você vem? Preciso muito falar com você, garoto.

- Não dá pra falar por telefone?

- Não, preciso olhar pra sua cara pra ver a sua reação quando você ouvir o que eu tenho pra dizer. Vem?

Wagner coloca a perna sobre o braço do sofá e responde:

- Eu vou ver...

- Vai ver? Se você não vier amanhã, não precisa vir mais.

- Nossa! Que coisa mais radical. Nunca te vi me encostar na parede desse jeito. Deve ser caso de vida ou morte mesmo. O papai está bem?

- Claro que sim. É caso de vida ou morte sim, mas não tem nada a ver com ele.

- Você está me assustando, cara. Olha... sinceramente... eu não estava muito a fim de falar com o papai.

- Você não vem pra ver o papai, caramba, você vem pra me ver. Eu preciso de você aqui amanhã. Você vem?

- Vou... ele diz em voz baixa.

- Como? Não ouvi direito.

- Eu vou! - Wagner diz, em tom mais alto.

- Eu estou esperando. Tchau. Te amo, mano.

RETORNO AO PARAÍSO – ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE

PARTE 13

OBRIGADA! BOM DIA!

DEUS ABENÇOE A TODOS NÓS!

Velucy
Enviado por Velucy em 27/07/2018
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