RP - ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE - PARTE 12

ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE

PARTE XII

Valter entra no quarto de Cláudio e ele sorri ao vê-lo entrar. Valter se aproxima dele e se senta a seu lado.

- Me chamou?

- Chamei, ele diz com voz fraca, mas clara. – Como está meu pai?

- Bem... Ele... desmaiou, mas já voltou a si e está aparentemente tranquilo.

- Se ele ficar muito nervoso... pode aplicar aquela injeção pra acalmar cavalo... que você receitou pra mim... Só isso já vai ajudar. E leva ele pra Santa Casa. Não quero ninguém... dando trabalho pra Magda aqui.

- Eu já ameacei fazer isso. É por isso que ele está calminho.

- Ótimo...

- Mais alguma coisa?

- Tem...

Cláudio coloca a mão na cabeça e fecha os olhos.

- Eu preciso que você... ligue... pro Wagner. Pede a ele pra vir pra cá... o mais rápido possível. Só não diga por quê.

- Eu ligo, mas... por que eu?

- Porque... eu não quero que nem a Magda, nem a Mônica liguem. Elas já estão sob estresse demais e... quem for falar com ele tem que estar... minimamente distante da situação...

- E quem disse pra você que eu estou distante da situação? - pergunta Valter, segurando a mão do amigo.

Cláudio respira fundo e aperta a mão dele.

- Faz isso pra mim, por favor...

- Eu faço.

- A Magda tem o telefone. Peça pra ela.

- Vou fazer isso, agora...

- Ah... diga a ele... que se ele não vier... que ele vai se arrepender...

- Ele é capaz de perguntar por que eu estou ligando e não você ou alguém da família...

- Não precisa dar explicações... Ele vai entender... Só peça pra ele vir.

- Está certo.

Uma lágrima começa a rolar dos olhos de Valter, mas ele se levanta antes que Cláudio perceba. Cláudio olha para Mônica, sentada na cadeira de amamentação e sorri para ela.

- Vem aqui, amor...

Ela se aproxima e se senta ao lado dele na cama. Ela não chora mais. As lágrimas parecem já terem secado.

Cláudio acaricia seu rosto e a beija.

- Cadê a Maria Cecília?

- Lá embaixo, com a Matilde.

- Traga ela aqui.

Mônica segura a mão dele e a beija.

- Eu não quero deixar você sozinho...

Miguel entra nesse momento e ele diz:

- Não estou mais sozinho... Vai buscar nossa filha, por favor...

Ela se levanta e sai do quarto, passando por Miguel que beija sua testa, quando ela passa por ele. Miguel se aproxima dele e pergunta:

- E aí, companheiro?

- Chega mais perto... Não estou te vendo direito.

Miguel se aproxima e senta a seu lado.

- Desculpa, eu esqueci...

- Não tem problema...

- Está sentindo dor?

- Eu vou ter que comprar outra cabeça, quando chegar ao hospital pra onde eu vou.

Miguel ri, sem vontade.

- Fala sério...

- Não quero falar sério... Está doendo demais... a sensação de ter que deixar... tudo isso...

- Você não quer dormir de novo?

- Depois que eu vir minha menina... você pode fazer comigo o que você quiser, depois, mas... espera um pouco só...

Mônica entra de novo no quarto com Maria Cecília nos braços. A menina está acordada. Cláudio sorri ao vê-la e estende os braços. Mônica coloca a bebê nos braços dele e Cláudio olha para ela com carinho por alguns segundos, depois beija a testa da menina que olha para ele.

- Oi, meu amor...

Ela sorri para ele mais uma vez. Cláudio tenta sorrir, mas uma pontada forte na cabeça o faz fechar os olhos.

Miguel percebe que ele não consegue mais disfarçar a dor.

RETORNO AO PARAÍSO – ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE

PARTE 12

OBRIGADA! BOA TARDE!

DEUS ABENÇOE A TODOS NÓS!

Velucy
Enviado por Velucy em 26/07/2018
Código do texto: T6401023
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