RP - ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE - PARTE 6

ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE

PARTE VI

Mônica abre e dentro da caixinha há uma corrente de ouro com dois pingentes: um simbolizando a figura estilizada de uma menina, também em ouro, e outro com as iniciais M e C.

Os olhos dela se enchem de água, mas ela sorri.

- Foi o Wagner que trouxe também?

- Não. Esse fui eu. Quando eu e o doutor Jairo fomos ao cartório registrar a nossa filha, eu aproveitei e passei na joalheria do Guilherme na José Júlio e encomendei. Seu pai ajudou.

Ela fica olhando para a joia emocionada, acariciando a menina e as letrinhas.

- Vou colocar, depois, quando eu me trocar.

Mônica o beija.

- Obrigada.

- Você não está feliz.

Ela passa a mão pelo rosto dele e sorri sem vontade.

- Estou, estou sim.

Eles ouvem o choro leve de Maria Cecília no moisés e Mônica se levanta e vai pegá-la, trazendo a menina até a cama e colocando-a entre eles.

Cláudio encosta o rosto no corpo da menina e beija sua barriga.

- Bom dia, meu anjo.

Mas ela está com fome e não está a fim de conversar com o pai. Começa a chorar.

- Acho melhor eu providenciar o que ela quer, diz Mônica, pegando a filha no colo e levando-a com ela para a cadeira de amamentação e satisfazendo sua necessidade.

Minutos depois, Cláudio a ajuda a dar banho e trocar a menina e Maria Cecília permanece sobre a cama entre eles.

Mônica fica olhando para a filha ainda com ar triste. Cláudio, sentado na cama, espera, mas seu silêncio começa a incomodá-lo.

- Você está zangada comigo, não é?

Mônica ergue a cabeça.

- Não... Estou só tentando... me desligar de você. Não é isso que você quer que eu faça?

Cláudio não responde. Mônica olha para ele.

- Não é isso?

- Hoje não é um dia pra falar sobre isso, Mônica.

- Não, não é... Desculpe.

Ela acaricia seu rosto e o beija.

- Vamos começar de novo? – ele diz, sorrindo. – Bom dia, meu amor. Feliz Dia das Mães.

- Obrigada. O dia vai ser bem especial mesmo hoje. A dona Magda vai convidar a dona Lucila pra almoçar na casa grande. Pena que a Karen voltou pra América. Ela devia estar nessa homenagem também...

- Devia mesmo, ele diz, erguendo a filha nos braços. – Vai tomar seu banho e se trocar. Eu vou descendo pra dar um beijo na Magda e ver se ela precisa de alguma coisa.

- Está bem. Eu desço já.

***************************************

No dia nove de junho, Wagner recebe um telefonema muito especial de Beto. Ele está no apartamento, estudando, deitado de bruços na cama e atende ao telefone.

- Alô!

- Wagner?

- Quem é? - ele quer saber, jogando a fumaça do cigarro no ar e colocando-o no cinzeiro.

- Sou eu, cara, Beto. Humberto Lage Filho.

- Oi, maluco! Não reconheci a sua voz, ele diz, sentando-se na cama. – O que manda? Você está onde? Em Casa Branca ou na Bahia?

- Estou na Bahia. Estou te ligando pra avisar que a sua segunda afilhada nasceu.

- O quê? A Walquíria nasceu?

- Agorinha.

- Caramba, rapaz, parabéns! Nas não era pra julho?

- Ela invejou a Maria Cecília. Resolveu adiantar. Coisas de mulheres apressadas.

- E como está a Sandroca?

- Bem, está te mandando um beijo.

- E aí? Como ela é?

- É minha filha, oras! A coisa mais gostosa do mundo, meu! Um sonho. E... não sei, rapaz, eu estou meio desconfiado...

- Desconfiado do quê?

- Ela é loirinha e tem o cabelinho cheio de cachinhos feito você...

Wagner fica sério inicialmente, mas depois ri.

RETORNO AO PARAÍSO – ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE

PARTE 6

OBRIGADA! BOA TARDE!

DEUS ABENÇOE A TODOS NÓS!

Velucy
Enviado por Velucy em 24/07/2018
Código do texto: T6398943
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.