RP - ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE - PARTE 3

ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE

PARTE III

Cláudio e Mônica saem da casa apressados e passam despercebidos por todos até a garagem. Entram no Peugeot que sai pela alameda e logo estão fora da fazenda, na estrada, rumo a Poços de Caldas. Ao saírem da cidade, no carro, quando passam diante do hotel Cobalto, Mônica subitamente tem uma ideia.

- E se a gente não fosse pra Poços?

- Não? Quer voltar? Desistiu?

- Não... Eu quero ir pro Cobalto.

Cláudio olha para ela e para o carro no acostamento. Ela olha para ele e sorri, com os olhos brilhando.

- Sério? - ele pergunta.

- Mais do que sério... Eu acho que não fiz as coisas direito daquela vez.

- Não fez direito? Você tem uma filha linda... feita... naquele dia... e acha que não fez direito?

- Eu te magoei demais. Quero te compensar por aquilo tudo que você passou.

- Não foi por isso que eu...

- Volta... ela pede.

Cláudio segura a mão dela e a beija.

Dá a volta, faz o retorno e entra no estacionamento do hotel. Abre a porta do carro para ela descer e os dois entram no prédio de mãos dadas. Cláudio tem o cuidado de pedir o mesmo quarto e tem a sorte de ele estar desocupado.

Sobem, entram no quarto tão excitados quanto no dia em que estiveram ali pela primeira vez. Ele fecha a porta depois que ela entra, com o coração batendo forte no peito. Mônica olha para a cama, que agora tem uma colcha diferente, mas é a mesma. As recordações vêm fortes.

- Pena que a gente... ainda não pode...

Cláudio se aproxima dela e a beija.

- Eu não preciso disso pra ser feliz com você. Nunca precisei. Naquele dia as coisas aconteceram porque tinham que acontecer. A gente pode muito bem esperar mais vinte dias. Eu só quero ter certeza de que você está aqui comigo.

- Eu estou... ela diz, olhando para a aliança no dedo. - Você se importa se eu estiver muito diferente daquele dia?

- Você está igual estava ontem e pra mim é isso que interessa.

- Nós somos um casal bem diferente mesmo... ela diz, sorrindo.

- Por quê?

- Estamos em lua de mel... e não podemos fazer o que todo casal faz.

Ele ri.

- Dá pra fingir. O mais importante a gente já fez: provou que a gente se ama e... nossa princesa.

Ele a abraça e coloca as mãos nas costas dela, começando a desabotoar o vestido branco que ela colocou para estar igual à filha e a ajuda a tirá-lo, enquanto a beija com delicadeza, e ele cai inteiro no chão. Mônica faz o mesmo com a camisa dele também branca e beija seu peito. Cláudio fecha os olhos ao toque dos lábios dela. Ele coloca as duas mãos em suas costas novamente e desabotoa o feixe do sutiã, deixando-o cair no chão também, enquanto acaricia suas costas.

Os corações dos dois batem fora do compasso e ele a levanta nos braços colocando-a sobre a cama. Ele olha para ela por um momento e se deita a seu lado. Sorri nervoso enquanto acaricia seu braço.

- Eu não acredito que a gente está aqui de novo...

- Me beija logo.

- Está certa disso? - ele pergunta, brincando.

Mônica olha para a aliança outra vez.

- Não é isso que os noivos fazem na lua de mel?

- Acho que um pouquinho mais, mas a gente sobrevive, ele diz, sorrindo e a beija.

Eles ficam no hotel Cobalto até as sete horas e, ainda deitado na cama, abraçado a ela, Cláudio estende o braço para pegar o relógio sobre o criado e consulta as horas. Coloca o relógio no mesmo lugar, fecha os olhos de novo e continua grudado nela, beijando seus cabelos.

- Que horas são? - ela pergunta.

- Hora de voltar pra terra.

Mônica se agarra ainda mais ao seu abraço e observa.

- Eu percebi... Meus seios estão sentindo que tem uma garotinha em Quatro Estrelas que precisa mamar...

Cláudio sorri e beija seu ombro nu. Mônica se volta para ele e se senta na cama. Ele percorre seu corpo com os olhos, toca e acaricia seus seios.

- A gente resistiu bravamente, ela diz, sorrindo.

- Você está ainda mais bonita agora, já te disse isso?

- Já, umas... trinta vezes. E eu volto a afirmar que você precisa de óculos. Vamos voltar pra Terra?

Ela começa a se vestir e ele faz o mesmo. Já vestidos, ele a abraça de novo e diz:

- Eu disse naquele dia e vou dizer de novo agora: esse foi o momento mais lindo que eu já tive na vida... só que foi em dobro. Eu te amo, Mônica Martinelli Telles Valle.

Mônica sente as lágrimas virem aos olhos ao ouvir o nome que ela teria se se casasse com ele de verdade.

- É um nome muito grande pra uma mulher tão pequena... ela diz.

- Você não é pequena. Você é minha Mônica. Minha mulher... meu amor... minha vida... Não esquece nunca disso.

RETORNO AO PARAÍSO – ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE

PARTE 3

OBRIGADA! BOA TARDE!

DEUS ABENÇOE A TODOS NÓS!

Velucy
Enviado por Velucy em 23/07/2018
Código do texto: T6397998
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