RP - ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE - PARTE 2

ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE

PARTE II

Mônica estende a mão aberta diante do rosto e fica olhando para a joia, extasiada.

- É tão linda! Mas como... Quando você comprou?

- Não fui eu. Eu pedi pro Wagner trazer de Campinas.

Ela segura o rosto dele entre as mãos e lhe dá um beijo apaixonado.

- Foi por isso que você pediu pra eu colocar branco como a Maria Cecília?

- Eu queria me casar com você de novo, ele diz, sorrindo.

- O anel que você me deu já era suficiente, amor. Ele é tão lindo também...

- Hoje, nós vamos deixar a Maria Cecília com as avós e vamos até Poços. Pode ser?

- Pode... ela diz, sorrindo.

Ele a beija novamente.

- A gente avisa só a Magda e a Karen e sai de fininho.

- Vamos deixar todo mundo na casa?

- Não se preocupe, ninguém vai perceber, e os noivos sempre saem da festa de casamento antes do final, não é?

Ela sorri e os dois voltam para a casa grande. Ao ver o casal se aproximando de volta, Wagner diz a Miguel, sentado a seu lado na varanda:

- Não falei que eles tinham dado uma escapadinha?

- Você conhece bem seu irmão. Eu não reconheço mais o Cláudio. Não foi esse o cara com quem eu fiz faculdade e trabalhei por dois anos. Ele era todo certinho, todo travado... Fugindo pra namorar... Quem diria? Só que...

- Que o quê?

- Eu espero que ele se lembre de que ela... ainda está na quarentena...

Wagner olha para ele rapidamente.

- O que é isso?

- A filha deles tem só vinte dias ainda.

- Ah... Wagner faz, entendendo o que ele quer dizer. - Acho que eu já ouvi essa estória por aqui... depois que a Magda teve a Elis... Não dá pra...

- Não é que não dá, só não é recomendável.

Os dois ficam olhando para o casal entrar na casa.

Cláudio também vê os dois olhando para eles e, ao notar que só os dois os viram, coloca o dedo indicador sobre os lábios pedindo silêncio e entra na casa com Mônica. Correm para a cozinha e se aproximam de Magda que está perto do fogão, fazendo uma mamadeira para Claudinho.

- Magda... ele diz baixinho em seu ouvido.

Ela se volta e sorri.

- Oi, filho! Onde vocês estavam?

- A gente foi até a represa, mas vamos sair de novo. Você cuida da Maria Cecília pra nós? A gente vai até Poços de Caldas.

Ela olha para ele e para Mônica e os dois estão com feições tão leves que ela adivinha tudo, mas pergunta mesmo assim.

- O que aconteceu com vocês? Posso saber?

Mônica mostra a ela a aliança brilhando em seu dedo.

- Acabei de me casar.

Magda beija seu rosto e diz baixinho.

- Não quero ser indiscreta, mas... Mônica, sua filha nasceu há vinte dias.

- Vinte e três... eu sei... ela diz, sorrindo.

- Eu também sei, Magda, diz ele. - Não sou tão irresponsável assim, mas fique tranquila. A gente não vai fazer nenhuma besteira.

Magda sorri.

- Vão, meus filhos, pode deixar, a filha de vocês está em boas mãos. O que não falta aqui é gente pra cuidar dela.

- Caso ela chore com fome, eu deixei meu leite na...

- Eu sei. O leite dela está na geladeira. Vão sossegados. Divirtam-se.

- Avise meu pai com calma, dona Magda, diz Mônica. - Ele ainda está se acostumando com as mudanças.

- Pode deixar comigo. Ele está lá em cima com a Karen e a Lucila ajudando as duas a trocar a fralda da neta. Não está nem pensando em você, tenho certeza.

Cláudio e Mônica beijam seu rosto, um de cada lado.

- Obrigado, mãe, ele diz.

- Obrigada... sogrinha, Mônica completa.

Magda sorri e continua mexendo o mingau, balançando a cabeça.

RETORNO AO PARAÍSO – ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE

PARTE 2

OBRIGADA! BOM DIA!

DEUS ABENÇOE A TODOS NÓS!

Velucy
Enviado por Velucy em 23/07/2018
Código do texto: T6397570
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.