RP - ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE - PARTE 1

RETORNO AO PARAÍSO

ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE

PARTE I

CASA BRANCA – BATIZADO – SETE DE MAIO

No domingo, após o batizado de Maria Cecília na igreja matriz de Nossa Senhora das Dores, em Casa Branca, a família Valle se reúne na fazenda para um churrasco que Leonardo Valle oferece a vários amigos da cidade e fora dela.

Comparecem médicos, amigos de Cláudio, amigos médicos de Jairo, amigos de Wagner, da cidade e da faculdade, colegas de escola de Diana e todos que têm boas relações com o fazendeiro.

Cláudio e Mônica também conseguem que Bárbara deixe que crianças do orfanato compareçam, mas ela mesma não comparece, apesar de querer. Jorge pediu que ela não fosse, pois ainda não concorda com essa proximidade com a família Valle, por respeito à filha e por estar ainda muito magoado com Cláudio e Mônica por tudo que Tânia passou.

O filho de Lopes, Claudinho, no colo da mãe, e Maria Cecília, toda de branco, no colo de Karen, são o centro das atenções. Cláudio José Lopes, já com quatro meses, foi batizado no mês de dezembro, mas também foi muito paparicado. Karen, a madrinha coruja, monopolizou a neta postiça de tal modo que nem mesmo Magda ou Lucila, a avó de coração e a verdadeira avó, conseguiam segurá-la, mas isso não foi motivo de estresse, pois as duas estavam muito atarefadas em ajudar Matilde na cozinha.

O domingo está lindo e quente, apesar do outono já ter chegado, e, no meio de toda a animação, Cláudio pega a mão de Mônica e começa a caminhar com ela de mãos dadas para longe da confusão da casa, fazendo o possível para que ninguém os perceba.

- Aonde a gente vai? - ela pergunta, entendo a intenção dele.

- Você vai ver, ele diz, beijando sua testa.

Eles se afastam da casa cada vez mais e as vozes das pessoas vão ficando cada vez mais baixas. Cláudio a leva até a represa. Chegando lá, ele para bem perto da água e fica de frente para ela.

- Que escapada, hein? - ela diz, sorrindo, depois olha para a água e suspira. – Sempre achei esse lugar tão lindo...

- Não é sempre que se tem uma oportunidade assim. É a primeira vez, depois de muito tempo, que nós podemos sair sozinhos... sem a Maria Cecília na sua barriga ou no seu colo... Eu quero namorar com você, longe de todo mundo...

Ele a beija carinhoso e apaixonado. Mônica desfruta e corresponde ao beijo, mas sente que ele pretende alguma coisa mais.

- Além de querer me namorar em paz, há mais algum motivo que o fez me trazer aqui?

- Por quê? Está preocupada com alguma coisa?

- Fora o fato de que eu tenho a minha filha que pode precisar de mim, mais longe de mim do que já fiquei na vida?

Ele segura a mão dela, entrelaçando os dedos no meio dos dela e fala:

- Anjo... a sua filha, que por acaso é minha também, tem três avós: uma biológica, uma do coração e uma postiça e agora madrinha também, que monopolizou a menina de uma maneira que acho que nem eu, que sou o pai, conseguiria tirá-la do colo dela. Além dos avós paterno e materno e mais o tio-padrinho e do amigo médico que fez o parto dela. Sem contar com as tias. Ela tem essa gente toda em volta pra cuidar dela, além do fato que tem leite bastante na geladeira que você já deixou pra o caso de ela querer mamar e você não estar por perto. Esqueci de alguma coisa?

Ela sorri e balança a cabeça negando.

- Então relaxa. Nossa menina tem mais anjos em volta dela do que teve no céu antes de nascer. A menos que você não queira me namorar, como eu quero.

Mônica encosta a cabeça no peito dele e o abraça.

- Claro que quero. Desculpa... É que eu não estou acostumada com ela longe de mim. Ficamos juntas por... oito meses e não tem nem um mês que nos separamos...

- Não seja egoísta. Você vai ficar com ela a vida inteira, ele diz com tristeza na voz.

Mônica olha para ele e percebe que foi mesmo egoísta no que disse, em relação ao que ele está passando. Seus olhos brilham, ficando úmidos.

- Me perdoa... Eu não devia...

Cláudio a beija e impede que ela continue. Começam a andar em silêncio e, depois de um tempo, ele para e a faz olhar para ele de novo. Ficam olhando um para o outro em silêncio e Cláudio coloca a mão no bolso da jaqueta e retira dele uma caixinha de veludo azul. Abre e mostra para ela. Mônica olha para a jóia e não consegue dizer nada, fica boquiaberta.

Dentro da caixa, há uma aliança de brilhantes lindíssima. Cláudio pega a aliança, coloca a caixinha novamente no bolso e coloca no dedo anelar da mão esquerda dela, junto com o anel que já estava lá e nunca tinha saído até então. Mônica estende a mão fica olhando para a jóia, extasiada.

RETORNO AO PARAÍSO – ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE

PARTE 1

OBRIGADA! BOM DIA!

DEUS ABENÇOE A TODOS NÓS!

Velucy
Enviado por Velucy em 23/07/2018
Código do texto: T6397567
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