RP - NASCE UM ANJO... - PARTE 29

NASCE UM ANJO...

PARTE XXIX

Cláudio beija Mônica na boca e acaricia se rosto, mas sente que ela está preocupada.

- Ainda estou vendo uma nuvenzinha pairando sobre a sua cabeça. O que te preocupa? Não está dando tudo certo? Você não está feliz?

Uma lágrima rola pelo rosto dela.

- Como você pode me perguntar isso, Cláudio? Como eu posso estar inteiramente feliz... vendo você se afastar de mim todos os dias?

Ele encosta a testa na testa dela e fecha os olhos.

- Não pensa nisso. Eu estive no Santa Mônica hoje e o Henrique me examinou de novo. Ele disse que meu sistema imunológico se fortaleceu de uma forma surpreendente depois que eu parei... com a químio. Se eu continuar tomando os remédios e as injeções que ele passou com regularidade, talvez... eu até comece a adquirir mais massa corporal e o cabelo até cresça mais rápido.

Mônica se aproxima mais dele e o abraça chorando.

- Eu não quero só que você engorde, eu quero que você viva... que fique comigo.

- Eu estou com você, amor.

- Você sabe do que eu estou falando, Cláudio!

Cláudio também sente a garganta arder, mas se faz de forte e respira fundo.

- Vamos falar de coisas mais práticas? Eu estive pensando... Eu vou trazer o consultório que o Ivan me deu no Natal, pra cá.

Mônica ergue o rosto para ele e Cláudio desliza o polegar por ele, enxugando uma lágrima.

- Eu vou trazer ele de volta pra cá.

- Trazer de volta? Mas já está tudo arrumadinho lá na nossa casa em São Paulo...

- Mônica... você sabe que... eu não vou voltar mais pra São Paulo... não sabe?

Ela começa a chorar de novo e esconde o rosto no peito dele, agarrando-se a seu braço com força.

- Não, não faz isso, anjo. Você foi a mulher mais forte que eu já conheci até agora e pode continuar sendo. Você é a minha Mônica e eu te amo desse jeito e por causa disso. Olha pra mim...

Ela ergue a cabeça e olha para ele novamente.

- Eu quero que você ouça o que eu tenho em mente e diga se concorda. Eu pensei... em trazer o consultório de volta pra cá e doá-lo pro orfanato do Desterro...

- Pro orfanato...? Mas...

- Ouve primeiro. A Bárbara tem como instalá-lo na mesma sala em que eu examinava as crianças. É uma sala tão grande quanto a que ele foi colocado lá em São Paulo. Você vai voltar a estudar, talvez ainda esse ano, no segundo semestre, e vai se formar enfermeira como tinha planejado antes... de se envolver comigo.

- Cláudio...

Ele coloca o indicador em riste sobre os lábios dela, pedindo silêncio. Ela se cala, mas as lágrimas continuam correndo por seu rosto.

- Você vai se formar... e vai assumir o consultório. Vai começar a trabalhar nele depois de formada. Até que isso aconteça, outros médicos, ou você mesma podem ir usando ele pra continuar ajudando as crianças do orfanato e da cidade. O que você acha?

Ela o abraça, chorando ainda mais.

- Como você pode pensar nos outros desse jeito, mesmo...

- Só me diz que você vai fazer isso por mim.

- Não sei se eu vou continuar vivendo depois que...

- Você vai continuar vivendo sim. Eu vou te ajudar, meu amor. Confia em mim. Vai fazer isso?

- Vou... ela sussurra, aproximando os lábios dos dele e beijando sua boca. – Eu vou... Prometo que vou... Por você e pela nossa filha.

Ele sorri e começa a chorar também ao mesmo tempo.

- Eu te amo tanto...

RETORNO AO PARAÍSO – NASCE UM ANJO...

PARTE 29

OBRIGADA! BOM DIA!

DEUS ABENÇOE A TODOS NÓS!

Velucy
Enviado por Velucy em 22/07/2018
Código do texto: T6396744
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