RP - MORRE UM ANJO...- PARTE 19
MORRE UM ANJO...
PARTE XIX
Mônica sai da casa com Alberto, Diana e Elis. As três crianças descem as escadas correndo pelo terreiro, animadas. Mônica aproxima-se dos dois e Cláudio pega sua mão e a faz sentar-se em seu colo.
- Diz isso pra ela, você mesmo, diz Cláudio.
- Dizer o quê? - Mônica pergunta.
- Eu não vou fazer teu parto aqui nem morto! - Miguel se adianta.
- Vai sim, ela diz convicta.
- Não vou.
- Então o Cláudio faz. Eu vou ter a minha filha aqui. Já está decidido. Se você não quer me ajudar...
- Não é questão de não querer, Mônica. Um parto envolve muita coisa: local apropriado, higienização do lugar, uma incubadora pra receber um bebê recém-nascido, anestesista...
- Não vai precisar de anestesista.
- Mas saber ao certo a data do parto tem que ser cesariana...
- O parto vai ser normal.
- Pior ainda... Não tem nada disso aqui.
- Aquela menininha nasceu aqui sem nada disso, diz ela, apontando para Elis, que corre pelo terreiro feliz.
Miguel olha para a menina e depois para Cláudio, que sorri calmamente.
- Eu não acredito que você está me olhando com essa calma e com essa cara. Você vai deixar isso acontecer? Mônica, o que você fez com o meu Cláudio chato, metódico e careta?
- Eu confio em você, ela diz. – Ele também.
- Agora me dêem licença que eu vou ali estragar o filho do Miguel, diz Cláudio. - Vocês são profissionais da saúde que se entendam.
Cláudio se levanta, coloca Mônica sentada no lugar dele e corre para o meio das crianças, erguendo Alberto no ar na corrida. Todos gritam a valer.
- O que você queria me mostrar, tio? - o menino pergunta.
- Vem comigo.
Cláudio vai com todos eles para a cocheira. Coloca Alberto no chão e pega Elis, colocando-a nos ombros como cavalinho. Seguem todos para lá. Ao chegar, Alberto fica muito admirado ao ver os cavalos.
- Uau! Quanto cavalo!
Mesmo muito impressionado, ele não solta a mão de Cláudio.
- Não precisa ter medo, diz Cláudio, colocando a irmã no chão.
Elis se aproxima de Neve e acaricia o animal.
- Esse é o Neve. Ele é meu. Meu pai me deu.
Cláudio levanta a menina e a coloca sobre o potrinho. Alberto fica maravilhado.
- Quer montar também, Alberto? - Diana pergunta.
O menino acena com a cabeça, negando. Seu receio ainda é grande, embora a vontade também seja.
- E se você montasse comigo? - Cláudio pergunta.
Alberto fica em dúvida.
- Diana, segura a Elis aqui pra mim. Não solta o Neve.
Diana obedece e vai apoiar a irmã sobre o potro. Cláudio tira Diamante da baia e levanta Alberto, colocando-o sobre ele. Monta também e pergunta ao menino:
- Tudo bem, Alberto?
- Ãhan... diz o menino, ainda assustado, mas animado, segurando firme na crina do cavalo. O braço de Cláudio em volta dele lhe dá segurança.
- Não me solta, tio...
- Não vou soltar. Fica tranquilo. Pode soltar a crina dele.
O menino obedece, mas se agarra às mãos de Cláudio em volta de sua cintura.
Eles saem do celeiro bem devagar e começam a cavalgar num passo bem lento, para que o menino não se assuste.
Miguel se admira, mas fica feliz ao ver o estado de ânimo do amigo. Está feliz também em ver Alberto feliz. Mas depois, lembrando-se do assunto anterior, retoma a sua revolta.
RETORNO AO PARAÍSO – MORRE UM ANJO...
PARTE 19
OBRIGADA POR SONHAR COMIGO!
BOM DIA!
DEUS NOS ABENÇOE A TODOS NÓS!