RP - MORRE UM ANJO... - PARTE 9
MORRE UM ANJO...
PARTE IX
Todos ficam muito felizes e Magda e Leonardo ficam particularmente aliviados.
- Eu vou procurar fazer o tratamento aqui e sei que não vai ser muito fácil, por isso, vou precisar a ajuda de todos vocês.
- E vai tê-la, filho, diz Magda.
- Eu também cheguei à conclusão de que não vou poder fazer isso e cuidar da Mônica e da minha filha sozinho e, com o apoio de vocês, fica mais fácil agora que... doutor Jairo acalmou o coração dele.
- Com certeza, diz Leonardo. – Agradeço a Deus por isso.
- Só que... eu não posso ficar aqui, morando nessa fazenda... sem fazer nada. Eu preciso trabalhar. Não tenho o mesmo talento do Wagner para ficar sem fazer nada, olhando a vida passar...
- Mas você está...
- Eu não quero ficar usando a doença como desculpa, pai. Morro de saudade das minhas crianças e pensei em ir falar com a Bárbara e pedir pra ela pra continuar cuidando delas no orfanato, como fazia antes.
- A Bárbara te odeia, filho. Você acha isso uma boa ideia?
- A Bárbara não me odeia, pai. Ela pode estar... magoada comigo ainda, por causa da filha, mas não me odeia. Eu senti isso quando fui ao orfanato. E eu não vou estar lá todo o dia. Duas ou três vezes por semana, duas ou três horas a cada dia são suficientes pra eu fazer meu trabalho e não ficar tão ocioso. Acho que ficar sem fazer nada pode ser até muito mais prejudicial pra mim.
- Eu também gosto dessa ideia, diz Mônica. - Tenho certeza que tia Bárbara não vai negar isso.
- Você vai fazer um teste primeiro, não é? - Leonardo pergunta.
- Claro. Eu ainda vou ter que falar com ela.
- Desde que você não se encontre com a filha dela...
- A Tânia quase nunca vai ao Desterro. Ela nunca teve muita paciência com criança. Não se preocupe. Estando lá, eu vou estar longe da cidade e bem protegido dela, se é esse seu medo, pai.
- Deus te ouça...
- E... nas horas em que eu não estiver trabalhando lá... já que eu estarei morando aqui... quero trabalhar na fazenda, com você.
- O quê?
Cláudio sorri ao ver o susto do pai.
- Como nos velhos tempos. Eu quero ir com você pra lida. Ajudar você, o Lopes e os rapazes a cuidar do gado... de tudo.
- Você ficou maluco? Isso não é trabalho pra você, Cláudio.
- Por que, não? Eu fiz isso dos dez aos dezoito e não morri.
- A situação agora é bem diferente, Cláudio.
- Não vai ser todos os dias. Por favor, pai, me deixa fazer alguma coisa por você aqui na fazenda.
Leonardo pensa, respira fundo e acaba por concordar.
- Tudo bem. Você é quem sabe.
Cláudio sorri e coloca a mão sobre a dele.
- Obrigado, seo Leonardo. Por falar em trabalho, o Wagner já deu notícia? Quando ele volta com a Linda?
- Ainda não ligou, diz Magda. – Sinceramente, eu também estou estranhando essa falta de notícias. Até queria que seu pai ligasse pra Londres pra saber alguma coisa...
- Eu não vou ligar. Ele com certeza deve estar se divertindo muito por lá. Não quero atrapalhar a vidinha fácil dele.
Leonardo se levanta e vai sair da sala. Cláudio pergunta, antes que ele saia.
- Eu posso ligar?
O velho fazendeiro olha para ele e responde:
- Você tem que pedir permissão pra mim? Você está na sua casa, rapaz.
Ele sai da casa. Cláudio sorri.
RETORNO AO PARAÍSO – MORRE UM ANJO...
PARTE 9
OBRIGADA POR SONHAR COMIGO!
BOA TARDE!
DEUS NOS ABENÇOE A TODOS NÓS!