RP - MARIA CECÍLIA - PARTE 9

MARIA CECÍLIA

PARTE IX

Mônica apenas concorda e Cláudio a beija.

- Você quer voltar pra São Paulo? - ela pergunta.

- Quero... Mas a gente vai ter que explicar tudo isso pro meu pai, primeiro.

Alguém bate à porta e Cláudio vai abri-la. É Magda.

- Oi, Magda... A gente já vai descer...

- Eu só vim avisar que doutor Miguel e doutor Valter estão aí. Eles querem falar com você.

- Eles vieram comigo, Mônica diz. – Eu já ia te dizer.

- Vieram com você?

- Eu os encontrei na cidade. Devem ter vindo por sua causa...

Cláudio sai do quarto e desce. Miguel e Valter, sentados na sala com Leonardo, se levantam ao vê-lo descendo as escadas. Cláudio aperta as mãos dos dois.

- Eu não acredito que vocês vieram atrás de mim.

- A gente só veio checar se você está bem, diz Miguel.

Eles sentam. Cláudio olha para o pai e resolve colocar todas as cartas na mesa de uma vez.

- Bom, já que está todo mundo que interessa aqui...

Ele vê Mônica e Magda descendo as escadas e espera. Estende a mão para Mônica e a faz sentar-se a seu lado.

- A Mônica acabou de chegar da cidade e trouxe a resposta do que todo mundo quer saber: se eu vou poder ou não me tratar no Hospital Santa Mônica. A minha decisão já tinha sido tomada, mas ela trouxe a palavra do dono do hospital e ela é não...

- Como não? - Leonardo pergunta, indignado. – O doutor Jairo não pode recusar tratamento pra ninguém, ainda mais pra você que fez muita coisa lá dentro...

- Pai, calma, ele não disse que eu não posso me tratar lá... só impôs uma condição... a Mônica voltar pra casa.

Leonardo se cala. Miguel olha para ela e fica também em silêncio. Valter pergunta:

- E esse... doutor Jairo tem todo esse poder? Ele pode fazer isso?

- Ele é o pai dela, Cláudio responde. – Ela é menor. Ele tem todo poder legal sobre ela.

- Ele me disse que me aceita de volta e me perdoa por tudo, Mônica fala. - Que é capaz até mesmo... de perdoar o Cláudio, mas eu tenho que voltar a morar com ele, na casa dele...

- Ele não está raciocinando, diz Miguel. – Ele se esquece que vocês têm uma filha a caminho? Ele não pode mais separar a Mônica de você.

- Meu pai está disposto a criar a minha filha comigo, mas não me quer junto do Cláudio, Miguel...

Leonardo se levanta e sai de perto deles, passando as mãos na cabeça.

- Ele enlouqueceu! Está agindo por vingança. Jairo não percebe que isso não vai levá-lo a lugar nenhum? Eu vou falar com ele pessoalmente...

- Não, pai, não faz isso. A situação pode ficar ainda pior.

- Como, filho? Como isso pode ficar ainda pior?

- Ele pode mandar... me prender. O Arnaldo ainda tem o pedido dele de prisão contra mim, esqueceu?

- Mas seria tão mais simples ele aceitar a situação, pelo bem da neta, diz Valter. - Ele deve estar mesmo muito fora de si. Agora o que está em jogo é a felicidade dessa criança.

- Ele me prometeu que faria isso, diz Cláudio. – Que se eu insistisse em ficar com a Mônica, ele daria um jeito de levar as duas pra longe daqui e... que eu nunca mais veria minha filha.

- Não há nenhuma chance de ele estar blefando, Mônica? - Miguel pergunta. – O doutor Jairo é inteligente. Não acredito que ele ache que separar o pai da filha vá resultar em algo bom.

- Eu separei a Mônica dele, diz Cláudio. – Na cabeça dele é a vingança perfeita.

- E o que você pretende fazer?

- Eu vou voltar pra São Paulo...

- Não... Leonardo murmura.

- E o que você sugere que eu faça? - Cláudio pergunta diretamente para o pai. – Se eu ficar aqui e fizer o que o doutor Jairo quer, aí sim... você vai me perder de vez. Eu vou pro Estados Unidos me tratar lá e não volto mais. Sem a Mônica e minha filha eu não fico, não aqui no Brasil.

Leonardo não sabe o que dizer, mas olha para Mônica com mágoa nos olhos e Cláudio percebe o que ele está pensando.

RETORNO AO PARAÍSO – MARIA CECÍLIA

PARTE 9

OBRIGADA POR SONHAR COMIGO!

BOA TARDE!

DEUS NOS ABENÇOE A TODOS NÓS...

E AO NOSSO PAÍS!

Velucy
Enviado por Velucy em 27/06/2018
Código do texto: T6375345
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.