RP - MARIA CECÍLIA - PARTE 7
MARIA CECÍLIA
PARTE VII
Miguel leva Mônica até seu carro e abrindo a porta do motorista, ele a faz sentar-se no banco.
- Você disse que o Cláudio está na fazenda. O que você está fazendo aqui sozinha?
- Eu vim falar com meu pai.
- Falar com seu pai? Sobre o... Cláudio?
Ela confirma balançando a cabeça. Miguel olha para Valter e abaixa-se para ficar mais perto dela.
- E o que ele disse?
Mônica começa a chorar de novo e se abraça com ele.
- Eu acho que piorei as coisas...
Miguel imagina o que pode ter acontecido e diz:
- Vamos fazer o seguinte... me dá a chave do Peugeot.
Ela está com as chaves na mão e entrega a ele.
- Valter, leva o outro carro. Eu vou te levar de volta pra fazenda, Mônica.
Ela não discorda. Não consegue nem reagir. Passa para o banco do passageiro e Miguel se ergue.
Antes de entrar no carro, ele olha para Valter e este pergunta:
- O que será que aconteceu?
- Eu não quero nem acreditar no que eu acho que aconteceu. Não vou nem fazê-la dizer agora porque ela vai ter que repetir pra ele depois. Vamos indo logo.
- Onde é o hospital que você trabalhava?
- Seguindo nessa rua, há dois quarteirões daqui. A Santa Casa. O hospital Santa Mônica fica alguns metros mais adiante, descendo essa rua. Não fica muito longe.
- A cidade é muito bonitinha.
- É... Eu morro de saudades... Vamos logo. Vai ser muito deprimente se eu começar a chorar aqui na sua frente...
Valter sorri e entra no Peugeot. Miguel entra em seu carro e eles seguem para a fazenda. No caminho, os carros cruzam com Lopes na caminhonete e Mônica reconhece o veículo, diz a Miguel e ele sinaliza com o farol baixo. Lopes vê o Peugeot e para no acostamento, metros adiante. Miguel apenas coloca o braço para fora da janela e pede para que ele volte e o siga. O administrador retorna e vai atrás dos carros de volta a fazenda.
Os carros param no terreiro da fazenda e Leonardo está sentado na varanda. Ele se levanta ao ver o comboio. Miguel sai do carro com Mônica e se aproxima dele.
- Bom dia, seo Leonardo.
- Bom dia, doutores, ele responde com a voz cansada.
Mônica passa por eles e entra na casa sem falar com ninguém. Leonardo a acompanha com os olhos, mas fica para continuar recebendo os visitantes.
- O Cláudio. Ele está?
- Está... Vamos entrar.
Mônica sobe correndo até o quarto de Cláudio e encontra a porta trancada. Bate na porta.
- Cláudio...?
Não obtém nenhuma resposta. Ela vai procurar por Magda para saber o porquê daquilo, mas ela já está subindo.
- Por que a porta está trancada, dona Magda?
- Venha comigo, filha...
Magda a leva até seu quarto e fecha a porta.
- O que está acontecendo. Cadê o Cláudio?
Magda a leva para perto da cama e a faz sentar-se.
- Ele está no quarto. Está dormindo. Não estava se sentindo muito bem. Ele teve uma dor de cabeça muito forte e febre...
- Meu Deus...
- Ele já tomou os remédios que trouxe de São Paulo e, se Deus quiser logo vai estar bem, só ficou muito preocupado com você.
- A senhora disse que eu fui à cidade?
- Disse... Não era pra dizer?
- Não sei mais... Eu não devia ter ido...
Mônica se abraça a ela e recomeça a chorar.
RETORNO AO PARAÍSO – MARIA CECÍLIA
PARTE 7
OBRIGADA POR SONHAR COMIGO!
BOM DIA!
DEUS NOS ABENÇOE A TODOS NÓS!