RP - RETORNO... - PARTE 11
RETORNO...
PARTE XI
Diana entra e leva Elis consigo. Leonardo olha para Magda, mas não consegue se aproximar dela.
- Você não vai me beijar? - ela pergunta.
- Não consigo... Você ainda me ama?
- Como há treze anos... Que pergunta boba é essa, Leonardo Valle?
Ele se aproxima e a segura pela cintura.
- Eu também... Nunca duvide disso...
Ela sorri.
- Seu filho já me disse isso.
Eles se beijam, docemente, apaixonados. Ela acaricia os cabelos dele.
- E o Cláudio?
- Foi levar... a mãe dele pra ver o pai... o Salomão. Ele achou que o velho não estaria aqui. Ele está?
- Não... Não conseguimos tirá-lo da tapera dele.
Leonardo sorri.
- O Cláudio entende mesmo de gente. Eu queria ter trazido Mônica pra cá comigo pra ela poder descansar da viagem, mas ela não quis. Queria ver o Salomão também.
- E ela... O que achou disso?
- Mônica?
- Não... a filha do Salomão...
- Lucila... O nome dela é Lucila. Ela achou melhor mesmo ir direto pra lá. Está com muita saudade do pai e... morrendo de medo de aborrecer você.
- Aborrecer? Por que eu me aborreceria com ela?
- É verdade... Por que, não? Você é a mulher mais generosa do mundo.
- Não em relação a você. Se ela não estiver querendo tirar você de mim... eu não me aborreço com ela. Caso contrário...
Leonardo sorri e a beija de novo.
- Não se preocupe. Você não corre esse risco.
Eles entram na casa, abraçados.
O Peugeot para diante da cabana de Salomão, mas ninguém sai dele. Cláudio deixa apenas as luzes dos faróis iluminando a casinha.
Ele e Mônica percebem que o lugar está com outro aspecto. A casa cheia de flores diferentes penduradas nas duas janelinhas e no alto da porta. O terreiro está varrido e mais limpo que o de costume. O banco que fica diante da casa, encostado à parede, foi coberto com uma toalhinha colorida, que está apoiada por outro vaso de flores, para não ser levada pelo vento. Cláudio olha para Mônica e sorri para ela, percebendo que alguma coisa mudou por ali. Em seguida, ele olha para Lucila que está estática sentada no banco de trás.
- Chegamos... Você não vai descer?
- Ele não está aí, está?
- Está. Tenho certeza que está. Quer que eu buzine?
- Não! Pode assustá-lo.
- Não acredito. Ele já sabe que a gente chegou. Deve estar tão ou mais nervoso que você.
- A senhora quer que eu vá chamá-lo? - Mônica pergunta.
- Não... Eu preciso só... criar coragem pra sair desse carro e encarar meu pai de novo, depois de vinte e sete anos... Quando eu saí daqui... ele ficou arrasado e muito zangado comigo.
- Eu tenho motivos pra dizer que a zanga dele já passou, diz Mônica, sorrindo. – Acho que só sobrou saudade. Confie em mim.
- Se ele saísse da casa, seria tão mais fácil...
- Foi fácil pra você sair?
Ela apenas balança a cabeça, negando.
- Seu pai é um homem muito especial, dona Lucila, diz Mônica. - E muito sensível também... Inteligente, doce... Ele deve estar tão confuso quanto a senhora nesse momento.
- Eu sei... ela sussurra, com um suspiro.
Lucila abre a porta do carro e sai dele. Hesita por um momento, mas se aproxima um pouco mais da cabana. Cláudio e Mônica saem do carro logo depois dela, mas ele envolve sua cintura num abraço e os dois ficam perto do veículo.
Lucila se aproxima mais da casa e chama:
- Pai... Vem pra fora, pai. Eu estou aqui...
Depois de alguns segundos, a porta se abre e Salomão aparece. Ele parece assustado e olha para a filha já com os olhos marejados. Dá mais dois passos para fora da casa e fica diante dela, sem saber o que fazer.
RETORNO AO PARAÍSO – RETORNO...
PARTE 11
OBRIGADA POR SONHAR COMIGO!
BOA TARDE!
DEUS NOS ABENÇOE A TODOS NÓS!