RP - RETORNO... - PARTE 9
RETORNO...
PARTE IX
Karen sorri e coloca a mão sobre a de Valter.
- Obrigado por pensar assim. Quando você pretende viajar?
- Amanhã. Vou conversar com a Dayse primeiro. Ela mais ou menos já está sabendo de tudo e concorda que eu vá. Ela ficou muito tocada pela notícia de ele estar doente e a Mônica estar grávida e tudo isso. Se não fosse pelos nossos filhos, ela até iria comigo, mas o Miguel também vai. Ele conhece mais Casa Branca do que eu. E também é amigo do Cláudio e ligado a ele a mais tempo do que eu. Vai poder ajudar muito.
- Deus abençoe vocês dois. Está vendo por que eu não sou tão necessária lá? Meu Cláudio tem um pai, uma mãe, uma madrasta, um irmão e duas irmãzinhas que o amam muito e mais dois amigos fieis que estarão junto dele, quando ele precisar.
- E tudo isso começou com sua ajuda. Não se esqueça disso, por favor.
Valter a beija no rosto.
- Eu não vim até aqui só pra te contar que vou pra lá. Quero saber de você também, sozinha aqui. Você está bem? E a úlcera?
- Eu sinto que ela está aqui dentro do meu estômago, mas eu tenho passado dias tão lindos desde que saí do hospital que ela não se atreveu a me aborrecer.
- Tem tomado os remédios direitinho? O Glauco está com saudades de você.
- E eu não estou nem um pouco sentindo falta dele, ela diz, sorrindo. – Mentira, estou sim, mas, sim, estou tomando os remédios direitinho. Quando você o encontrar de novo, diga isso a ele.
- Eu digo. Vou indo.
- Vou ligar para lá hoje à noite pra saber se eles chegaram bem. Posso dizer que você vai pra lá amanhã?
- Não, acho melhor não. Eu sei que o Cláudio está aprendendo agora a ser cuidado por outros médicos. Ele tinha verdadeira ojeriza disso. Melhor não estressá-lo com essa... notícia horrível. Deixe ele se ambientar com a casa do pai de novo em paz.
- Está bem... Vá com Deus, querido.
- Tem certeza que vai ficar bem sozinha? Se quiser, vá ficar na minha casa com Dayse. Ela adoraria.
- É uma ideia. Se eu sentir solidão, vou pra lá sim.
- Faça isso.
- Valter...
- Oi.
Karen vai até a estante e abre uma gaveta, pega dentro dela uma caixinha de veludo e entrega a ele.
- O que é isso? – ele pergunta.
- Isso é meu anel de casamento. Meu Robin me deu, quando nos casamos. Entregue ao Cláudio.
Valter abre a caixinha e se surpreende com o anel com uma linda pedra azul cercada de diamantes minúsculos.
- Que lindo, Karen! Isso é pra...
- Ele vai saber o que fazer com ele. Leve pra mim, por favor.
- Levo... Fica com Deus.
- Vá com Ele... e beije Mônica por mim.
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A moto de Wagner estaciona barulhenta na frente da casa grande da fazenda às sete e quinze da noite. Wagner desce dela e vê Diana sentada na varanda com Elis. As duas se levantam e correm para ele. Diana, mais ligeira, se aproxima e pergunta:
- Você veio sozinho? Cadê o Cláudio?
- Ele tira o capacete e o coloca apoiado no guidão da moto.
- E meu beijo, mocinha?
Ela se aproxima dele e lhe beija no rosto rapidamente. Wagner pega Elis no colo e beija a irmãzinha também.
- O que vocês estão fazendo aqui fora? Já está escuro.
- Mamãe deixou. Está muito calor lá dentro. A gente tomou banho, jantou e veio ficar aqui fora esperando todo mundo. Cadê o papai e o Cláudio?
Ele não responde e entra na casa ainda com Elis no colo. Na sala, ele chama:
- Mãe!
Magda aparece, vindo da cozinha e sorri.
- Chegaram? Oi, filho.
Ela se aproxima dele e o beija no rosto.
- E os outros?
- Estão vindo aí atrás. A moto é mais rápida e quando a gente chegou no Argênzio, eu vim na frente.
- Está tudo bem?
- É... Está... Você está sabendo que a... filha do Salomão está vindo com a gente, não está? O pai te avisou?
- Avisou... Como ela é, Wagner?
Wagner coloca Elis no chão e pede:
- Diana, vai lá pra fora continuar esperando o pai e o Cláudio, vai.
- Eu também queria saber como é a filha do Salomão. Eu ajudei ele a arrumar a cabana dele e tudo. Ficou linda!
- Verdade? Você não morria de medo dele?
- Ele é só um velho como qualquer outro. Você também não devia ter medo dele.
- Mas eu não tenho medo dele.
- Mas tinha que eu sei.
- Legal... Já me deixou mal diante da mamãe, agora vai lá pra fora, vai. Eu preciso conversar com a mamãe.
- Chato! – ela diz, fazendo uma careta. - Vem, Lisinha. Aqui dentro ficou mais quente ainda.
Ela mostra a língua para o irmão e sai da casa com Elis pela mão.
RETORNO AO PARAÍSO – RETORNO...
PARTE 9
OBRIGADA POR SONHAR COMIGO!
BOA TARDE!
DEUS NOS ABENÇOE A TODOS NÓS...
E AO BRASIL! DÁ-LHE BRASIL!