RP - GILBERTO - PARTE 21

GILBERTO

PARTE XXI

(AUTONOMIA)

30 DE DEZEMBRO

Na sexta-feira de manhã, Wagner e Linda voltam à casa de Cláudio e são recebidos com surpresa.

- Pensei que você já tivesse voltado pra Casa Branca, Cláudio diz.

- Eu nem fui. Fui ver o Gilberto ontem.

- Como ele está?

- Nas palavras dele mesmo... indo, mas não foi por isso que eu fiquei. Eu estava tratando do transporte do seu consultório pra cá.

- O quê? Mas eu não tenho onde colocá-lo ainda. Ia pensar nisso no começo do ano.

- Já está aqui.

- Como assim?

- Cadê todo mundo?

- A Karen ainda está deitada. Mônica e dona Lucila foram comprar algumas coisas pra amanhã à noite.

- Dona Lucila saiu do casulo, finalmente?

Cláudio não responde. Wagner percebe que foi inconveniente de novo.

- Desculpa. O consultório já está instalado. Se você quiser, a gente vai até lá agora.

- Não, vamos esperar a Mônica. Quero que ela vá também. Senta aí e espera.

Mônica e Lucila chegam minutos depois e Lucila aperta a mão de Wagner com certo receio por ele ser o filho de Christy Russel, mulher de Leonardo, mas o rapaz, como sempre, leva tudo na esportiva e lhe beija o rosto sem cerimônia alguma.

- É um prazer conhecer a senhora. Pensei que isso não ia mais acontecer.

- Por quê? - ela pergunta.

- Não sei... Só pensei.

Lucila solta a mão dele e disfarçando o nervosismo, diz:

- Com licença. Eu vou... começar a preparar o almoço. Fiquem à vontade.

- Obrigado.

- Eu já vou ajudar a senhora, Mônica diz.

Ela pega algumas sacolas na mão de Mônica e vai para a cozinha. Wagner a segue com os olhos e se senta ao lado de Linda no sofá.

- Ela é bonita!

Olha para o irmão e sorri.

- Agora as coisas se encaixaram. Você se parece com ela também. Você é uma mistura dela com meu pai.

Cláudio não responde. Segura a mão de Mônica a seu lado e pergunta:

- Como você conseguiu trazer o consultório pra cá em tão pouco tempo?

- Nesse país não há nada que o dinheiro não consiga.

- Não faça mais isso. Aliás... pare de fazer isso.

- Isso o quê?

- Eu não quero que você fique usando seu dinheiro comigo sem me avisar.

- Isso não é nada perto do que já fez por mim a vida inteira.

- Eu nunca te cobrei nada.

- Mas eu quero pagar, posso?

- Mas já chega. Vai me prometer parar com isso agora.

- Vamos parar de conversar e chegar aos finalmentes? - ele diz, levantando-se. – Quer ir ver onde você vai “trampar” em São Paulo ou não quer? Quando chegar lá, você me bate e faz o que você quiser. Vamos?

O local não é muito longe da casa em que eles estão. É uma casa térrea na Rua Cerro Corá, entre dois prédios comerciais. Ao descerem do carro, Cláudio pergunta:

- Quem mora aqui?

- Ninguém. Essa casa estava vazia, Wagner responde, tirando uma chave do bolso e abrindo o portão de ferro da entrada. - O dono nem queria vender pra mim no início, mas quando eu fiz uma oferta que ele inteligentemente não podia recusar, só pra entrada, ele aceitou sem pestanejar. Agora você só precisa ir com ele no primeiro dia útil do ano e cuidar dos trâmites legais.

RETORNO AO PARAÍSO – GILBERTO

PARTE 21

OBRIGADA PELA COMPANHIA!

BOM DIA!

DEUS NOS ABENÇOE A TODOS NÓS!

Velucy
Enviado por Velucy em 30/05/2018
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