RP - GILBERTO - PARTE 13
GILBERTO
PARTE XIII
Karen aparece na porta e fica olhando para eles. Wagner a vê de longe e se lembra vagamente da mulher que cuidou dele e do irmão na infância.
Ele vai até ela.
- Oi, Karen.
- Como vai, carneirinho? - ela pergunta sorrindo, emocionada, tocando seu rosto. – Ainda é muito parecido com sua mãe.
Karen o abraça.
- Seja bem-vindo, filho. A casa não é mais minha, mas vai ser maravilhoso poder ver você sempre aqui com seu irmão.
Ela olha para Linda e pergunta:
- É quem é essa moça linda?
- Essa é Linda, minha... namorada.
- Muito prazer.
- O prazer é meu, diz Linda.
- Ah, você é portuguesa?
- Sou, sim, senhora.
- Acho muito bonito seu sotaque.
- E eu o seu, Linda diz sorrindo.
Karen vai levando Linda para dentro da casa, junto com Mônica, e Cláudio fica com Wagner para ajudá-lo a colocar a moto na garagem.
- Sua mãe não está? - Wagner pergunta.
- Está lá dentro. Não é muito afeita a visitas... mas eu queria te pedir que não falasse sobre isso aqui.
- Por quê?
- A Karen não sabe de nada ainda.
- E você não vai dizer? Vai ficar guardando isso até quando?
- Não sei, mas não fale, por favor.
- Você manda. E como está seu relacionamento com ela?
- Normal.
- Normal como? Você chama ela de mãe e tudo?
- Não... não consigo. Nem posso. Já disse que a Karen não sabe de nada.
- Então não está normal.
Wagner entra na casa e Cláudio o segue, já temendo o que ele possa fazer ou dizer. Sabe que o irmão não é muito bom com segredos.
Eles almoçam, mas Lucila não almoça com ele, nem sai de seu quarto. Quando o almoço termina, Karen começa a tirar os pratos e diz:
- Agora os meninos vão pra sala que as mulheres vão cuidar da louça.
- Você tem certeza, Karen? - Wagner pergunta. - Eu sei quebrar um prato que é uma beleza. Não sobra um inteiro.
- My God, suma daqui, menino! Depois levamos um cafezinho pra vocês lá na sala.
Wagner e Cláudio vão para a sala e Wagner pergunta:
- Eu posso usar o seu telefone?
- Claro, vai ligar pra quem? Pra casa?
- Não. Eu quero ver se consigo falar com um amigo que mudou de Casa Branca pra cá, há muito tempo.
- Quem? - Cláudio quer saber.
Wagner se senta no sofá perto do telefone e responde:
- O Gilberto Silva.
- Gilberto Silva? O garoto que sofreu aquele acidente de moto há três anos?
- Ele mesmo.
Wagner pega a carteira e procura pelo telefone do amigo. Quando o encontra, disca e espera. A voz de uma mulher atende. Ele reconhece a voz de dona Joelma, mãe de Gilberto. Ela se lembra dele e se emociona com essa lembrança. Fica feliz em falar com ele e, ao saber que Wagner está em São Paulo, insiste para que ele vá visitá-la e ao filho. O som da voz de Wagner parece ter entrado no coração dela como um raio de esperança, uma chance de ver o filho sorrir novamente.
RETORNO AO PARAÍSO – GILBERTO
PARTE 13
OBRIGADA PELA COMPANHIA!
BOM DIA!
DEUS NOS ABENÇOE O NOSSO BRASIL!
PRECISAMOS MUITO DE ORAÇÕES!