RP - GILBERTO - PARTE 12

GILBERTO

PARTE XII

Linda fica surpresa por um momento, mas, ainda sorrindo, se aproxima de Wagner, envolvendo seu pescoço num abraço.

- Não vai me dizer que você está com ciúme de um beijo de amigo?

- Não é nada disso, ele diz, afastando-se dela.

- Então não entendi essa sua reação. Por que eu deveria voltar pra Inglaterra... depois de tudo que aconteceu com a gente? Você quer que eu volte?

Ele passa as mãos pelos cabelos e se volta para ela.

- Não... mas é que as coisas estão muito mal feitas. Não era por mim que você devia se apaixonar...

- Ah, não! De novo esse papo?

- Eu falo sério, Linda.

- Você não acha que é muito tarde pra dizer isso? Você também não devia ter se apaixonado por mim. Ou o que você disse e fez no seu quarto era tudo brincadeira? Foi só porque eu te forcei... Pior ainda... era mentira?

- Não... ele responde prontamente.

- O que é então? Aqueles empecilhos antigos, eu não aceito mais.

Ele olha em seus olhos e perde a coragem de dizer o verdadeiro motivo.

- Não, não tem nenhum... nenhum empecilho.

- Então não fica assim. Se há algum problema, fale logo pra mim, mas não diga coisas como as que você disse agora. Deu uma sensação ruim. Me fez parecer que você não me quer aqui, que eu estou atrapalhando. Se você disser de novo que quer eu vá embora... eu vou mesmo e você nunca mais me vê.

Ele a abraça forte.

- Me desculpe.

- É impressão minha? Você só ficou nervoso com a presença do Gart aqui?

- É claro que é. Foi isso... Eu quero você do meu lado.

Ela olha para ele nos olhos, séria.

- Você me ama?

Wagner fecha os olhos e responde com o coração aos pulos dentro do peito.

- Amo... Amo sim...

- Diz isso olhando nos meus olhos, Wagner.

Ele abre os olhos e suspira, acariciando seus cabelos.

- Eu te amo... Linda Rodrigues... Minha portuguesa platinada...

Ela sorri.

- Isso é o bastante pra mim.

Eles se beijam, continuando o que estavam fazendo antes de Gart chegar.

28 DE DEZEMBRO – QUARTA-FEIRA

Dois dias depois, na quarta-feira, Wagner e Linda vão juntos a São Paulo com o propósito de deixar com Cláudio, os talões de cheques que Gart lhe trouxe. Ele sabe que Cláudio não vai aceitar aquilo de bom grado. Sabe como o irmão é orgulhoso e não será fácil convencê-lo, mesmo precisando tanto.

Mesmo sabendo que Cláudio já tem uma casa onde está com Mônica, ele resolve hospedar-se num hotel no centro da cidade, pois não quer dar trabalho e quer ter privacidade, já que está com Linda.

Chegam à casa do Alto da Lapa às onze da manhã. Quando a moto para diante da casa, Wagner diz:

- Em pensar que a gente parou na frente dessa casa pra xeretar... e agora a gente vai entrar nela já sendo a casa do meu irmão... Esse mundo é pequeno demais...

- É... e, como ele mesmo disse, não existem coincidências.

Wagner desce da moto, se aproxima do portão e toca a campainha. Mônica aparece na porta e sorri ao vê-los, indo rapidamente abrir o portão.

- Vocês demoraram.

- A gente chegou antes do almoço, não chegou? Tem rango aí, cunhada?

- Claro!

Wagner a beija e abraça. Cláudio sai da casa e se próxima deles também, indo abraçar o irmão.

- Fizeram boa viagem?

- De moto não tem tempo quente. A gente fez em duas horas e meia.

- Você disse que vinha segunda.

- Tive umas coisas urgentes pra fazer...

- E por que demoraram tanto?

- A gente foi reservar um quarto num hotel.

- Mas...

- Sem “mas”. Eu sei que a casa é grande, mas não é um hotel. A gente vai ficar mais a vontade num hotel.

Linda toca a barriga de Mônica e diz:

- Essa garota está crescendo... Você está tão linda grávida, Mônica.

- Obrigada.

Karen aparece na porta e fica olhando para eles. Wagner a vê de longe e se lembra vagamente da mulher que cuidou dele e do irmão na infância.

RETORNO AO PARAÍSO – GILBERTO

PARTE 12

OBRIGADA PELA COMPANHIA!

BOM DIA!

DEUS NOS ABENÇOE O NOSSO BRASIL!

Velucy
Enviado por Velucy em 27/05/2018
Reeditado em 27/05/2018
Código do texto: T6347640
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