RP - UM NATAL ATÍPICO-PARTE 15
UM NATAL ATÍPICO
PARTE XV
Linda se afasta e chama Diana e Elis para irem com ela. Cláudio levanta Mônica no colo e ela grita baixinho, surpresa.
- Doido! Me põe no chão.
- Você costumava ser mais leve... Você está engordando? - ele pergunta, brincando.
- Bobo... Já pedi pra me por no chão. E se eu estou engordando, a culpa é sua.
Cláudio ri. Mônica o beija, carinhosa.
- Eu estou grávida, não inválida. Me põe no chão.
Ele atende seu pedido, começando a andar de mãos dadas com ela.
- Como foi com seu pai? Vocês se entenderam? – ela pergunta.
- Acho que sim. Meu problema agora é colocar a cabeça do Wagner no lugar. Você deve ter percebido que ele não está legal. Ele está muito confuso com as reações do meu pai a respeito do que ele tem feito. Ele acha que meu pai liga mais pra mim do que pra ele. Acho que ele está sentindo... ciúme de mim.
- E esse sentimento tem razão de ser?
- Claro que não. Meu pai ama a nós quatro do mesmo jeito. De formas diferentes, mas com a mesma intensidade.
Eles andam por um tempo sem falar e olham para o sol que começa a se por no horizonte.
- Toda vez que eu vejo o pôr do sol aqui, ele é sempre diferente, ele diz. – Eu acabei de dizer pro meu pai que isso aqui é o meu porto seguro, meu paraíso na terra. E é a mais pura verdade. Eu amo demais esse lugar.
- E vai ter que morar a quilômetros de distância...
Cláudio a abraça.
- Ei, chega de baixo astral, mocinha. Eu não falei isso pra te deixar triste.
- Mas você está realmente feliz?
Ele a beija apaixonado.
- Alguma dúvida?
- Nenhuma...
Ela se apoia no ombro dele e Cláudio desliza a mão por seu braço fazendo com que ela se arrepie. Ele percebe esse arrepio e pergunta:
- Está com frio?
Ela olha para ele e sorri, negando.
- Eu sempre sinto um arrepio gostoso quando você me toca...
- Quer dormir aqui hoje ou quer ir pra casa?
- Já está meio tarde pra sair daqui.
- Então a gente fica.
- Já que a gente vai ficar... eu posso te fazer um pedido?
Cláudio sorri.
- Você? Vai me fazer um pedido? Não sei... - ele brinca.
- É sério.
Ela o faz parar e ele diz, sorrindo:
- Faz uns... dois anos que você não me pede nada. Não abusa. Fala.
- Vem comigo até a casa do Salomão?
O sorriso desaparece do rosto dele. Cláudio olha para as mãos dela e fica em silêncio.
- Por favor... Eu tenho que ir até lá. Se não for hoje com você, eu vou sozinha amanhã, mas eu preciso agradecer a ele pelo que ele fez no meu ombro. Ele não é seu amigo? O Wagner falou pra mim que vocês conversavam muito, quando você morava aqui.
- Ele era meu amigo... Agora... ele é meu avô...
- Mais um motivo pra você ir falar com ele.
Cláudio começa a andar na direção da cabana de Salomão. Mônica enlaça seu braço sorrindo. Quando chegam perto da cabana, Cláudio para e fica olhando para a casa. Mônica solta seu braço e se aproxima da casa chamando:
- Salomão!
Ninguém responde. Ela chama mais uma vez e, como ainda não tem resposta, se volta para Cláudio e pergunta:
- Será que ele não está?
- Está sim...
A porta se abre devagar e o velho aparece, mas não sai de dentro da casa.
RETORNO AO PARAÍSO – UM NATAL ATÍPICO
PARTE 15
OBRIGADA PELA COMPANHIA!
BONS PENSAMENTOS NOS ACOMPANHEM!
DEUS NOS ABENÇOE A TODOS NÓS!