RP - SÃO PAULO - PARTE 2
SÃO PAULO
PARTE II
Cláudio fica em silêncio ao ouvir o irmão falar da possibilidade de Mônica ter viajado para o exterior.
- Cláudio, você está aí?
- A gente se encontra na Sé daqui a pouco. Até já.
Cláudio desliga o transmissor. Quando Wagner desliga o seu, Mônica diz:
- Você não devia ter feito isso, Wagner. Que maldade.
- Também acho, diz Laura. – Só aumentou o desespero dele. Coitado.
- Ele é meu irmão, diz Wagner, sério. – Vai entender por que eu fiz isso. Eu vou levar vocês até um hotel. O Leo fica encarregado de reservar quartos pra nós. Dois quartos, entendeu, Leo? Rapazes em um e moças em outro. Podem até ser quatro, mas não quero marmanjo nenhum dormindo nem que seja com a noiva. Nada de miscelânea. Depois eu vou até a Praça da Sé... só com a Mônica.
Ele diz a última frase olhando para Diana.
- Eu também quero ir, ela diz.
- Amanhã. Amanhã eu te levo. E não complica, Diana.
Wagner deixa a todos num hotel na Avenida São João e vai com Mônica para a Praça da Sé se encontrar com Cláudio.
Quando ele para a moto já na confusão que é a praça, mesmo com a imponência respeitosa que a igreja tem, ele olha em volta, se benze e diz baixinho:
- Meu Deus, ajuda a gente...
Anda alguns metros devagar mais para perto da igreja e consegue avistar o Aston Martin estacionado do lado direito da igreja. Para a moto ao lado do carro, mas Cláudio não está dentro dele. Wagner precisa achar um lugar para estacionar a moto e com muito custo consegue uma vaga, um pouco mais adiante.
Desce dela e ajuda Mônica a descer, levando a mochila dela nas costas e a maleta na mão. Entram na praça movimentada. Os dois olham em volta para cada rosto que passa por eles e ela resolve ir para perto do marco zero da cidade que fica no centro da praça.
Chegando lá, ela se volta para a igreja e é a primeira a avistar Cláudio, parado perto da escadaria da catedral.
- Ali, Wagner! Ele está ali! - ela aponta.
Wagner olha para a direção que ela indica e confirma.
- É preciso ter muita vontade de encontrar alguém no meio desse formigueiro... Que zorra! Eu já estava ficando vesgo.
Ela se adianta e corre na frente dele na direção de Cláudio e Wagner recomenda:
- Calma, Mônica, vai devagar...
Ele a segue mais lentamente, pois sabe da sua urgência e procura ficar o mais distante possível dos dois. Quando a vê no meio de toda aquela gente, Cláudio não consegue acreditar e vai se aproximando dela lentamente.
- Não corre, maluquinha, cuidado com nossa menina... ele diz, em voz baixa, sorrindo, mal acreditando que ela está ali tão perto.
Só acredita mesmo que aquilo é verdade quando ela chega perto dele, para e sorri ofegante.
- Oi... ela diz, com os olhos brilhando.
- Eu nunca mais vou acreditar numa palavra do que o meu irmão disser.
Ela começa a chorar de felicidade e os dois se abraçam.
- Não me deixa mais sozinha...
- Nunca... Só se eu morrer agora... ele diz, fazendo com que ela olhe para ele, segurando seu rosto entre as mãos e beijando seus lábios com toda saudade recolhida que tinha dentro do peito.
- Você está bem? - ela pergunta.
- Agora estou. Eu não acredito que você está aqui... ele diz sorrindo.
Eles se beijam de novo.
- E você... vocês? - ele pergunta, tocando em sua barriga.
- A gente está bem, ela diz, sorrindo e colocando a mão sobre a dele.
- Cadê o Wagner? – Cláudio pergunta.
Wagner logo se aproxima dos dois devagar, com um sorriso maroto nos lábios.
- Oi, maninho... ele fala com ar de criança que fez alguma arte.
- Eu devia te dar uma surra aqui no meio de São Paulo pelo susto que você me deu, seu... moleque.
- Mas valeu a pena, não valeu?
- Claro que valeu. Valeu muito, diz Cláudio, abraçando-se a ele também. – Obrigado, eu te amo.
- Vamos indo pro carro. Lá a gente conversa longe dessa confusão.
Eles vão até o carro e entram nele. O barulho realmente fica menor, mesmo que as pessoas ainda passem ao lado dele apressadas. Cláudio se senta no banco de trás com Mônica, para ficar perto dela e ficar mais fácil de abraçá-la.
RETORNO AO PARAÍSO – SÃO PAULO
PARTE 2
OBRIGADA!
TENHA UM ÓTIMO DIA!
DEUS ABENÇOE A TODOS NÓS!