RP - EXPEDIÇÃO BANDEIRANTES - PARTE 12

EXPEDIÇÃO BANDEIRANTES

PARTE 12

Leonardo e Gart se levantam e entram na casa. Nesse momento, Wagner vem descendo as escadas, muito zangado.

- Diana, não vai dar. Eu não posso levar você comigo, caramba!

- Mas o papai e a mamãe deixaram, ela diz, vindo logo atrás dele.

- O que eu acho que é mentira sua. Eu não vou levar uma criança numa viagem tão incerta como essa. Eu nem sei pra onde eu vou, garota.

Magda vem da cozinha ao ouvir aquela discussão e diz:

- Ele tem razão, filha. Não é uma viagem a passeio.

- Mas eu quero ver o Cláudio, mãe!

- Lá na biblioteca tem um retrato enorme dele, diz Wagner. - Vai até lá e olhe o quanto quiser.

- Você não sabe mesmo onde ele está? - Leonardo pergunta.

- Não, pai, mas isso é fácil descobrir. O Aston Martin que eu trouxe da Inglaterra está com ele e esse carro tem um rádio transmissor. Não vai ser problema. Eu já quero avisar vocês que eu não volto enquanto não tiver certeza que ele está bem e onde. Mais um motivo pra não levar a Diana. Você não deixou, deixou?

- Ainda não... Leonardo diz, sentando-se no sofá.

Diana cruza os braços emburrada de novo. Wagner lhe mostra a língua.

- Que tipo de transmissor é esse? - Leonardo pergunta.

- Eu vou buscar pra você ver.

Wagner sobe do novo e volta em seguida com o aparelho nas mãos. Entrega para o pai. Leonardo olha para o transmissor e pergunta:

- Você pode tentar... falar com ele agora?

- A essa hora da noite, ele não deve estar no carro, pai. Deve estar em algum hotel. Ele não seria maluco de dirigir à noite por São Paulo. Aquela cidade é um caos até durante o dia e ele não conhece direito a cidade.

- Tente...

Wagner olha para Gart e acha melhor fazer o que o pai pede. Senta-se no sofá e tenta se comunicar com o Aston Martin. Leonardo se senta em sua poltrona diante dele e Magda abraça Diana, passando o braço em volta de seu pescoço, também ansiosa. Ele consegue conexão.

- Cláudio... Na escuta, meu irmão? É o Wagner.

Silêncio do outro lado. Ninguém responde.

- Ele não está dentro do carro. Já está muito tarde. Amanhã, quando eu estiver a caminho, eu tento de novo e, mesmo na estrada, eu procuro falar com ele e aviso vocês de algum telefone na estrada.

Ele olha para a irmã que ainda está nervosa e diz:

- Não adianta fazer bico, Diana. Eu sei que você é xucra, mas não morde... ainda. Isso não é brincadeira. E não vá cair na besteira de entrar no carro escondido como fez com o Cláudio porque no lugar em que eu descobrir, eu te largo e você vai ter que voltar pra Casa Branca a pé.

Ela se volta para a mãe e se abraça a ela, escondendo o rosto em seu colo.

O barulho de um motor de carro é ouvido. Leonardo se levanta e vai abrir a porta. É Jairo e Arnaldo com mais dois policiais que chegaram na viatura de polícia.

- Boa noite, senhores, ele cumprimenta. – Algum problema?

- Boa noite, Leonardo, diz Arnaldo. – Eu posso falar com seu filho Wagner? Ele está em casa?

Ao ouvir seu nome, Wagner aparece na porta ao lado do pai e, ao ver Jairo, imagina por que ele está ali. Leonardo olha para o filho e já prevê confusão. Jairo olha para o rapaz e pergunta:

- Eu posso saber onde está minha filha?

Wagner engole em seco e responde à pergunta com outra pergunta:

- Filha? Que filha?

- Seu irresponsável... Eu só tenho uma filha e pela sua pergunta idiota, você deve saber onde ela está. A Jô me contou que vocês marcaram de se encontrar na porta do colégio, depois de ser ameaçada por mim de perder o emprego, e minha filha saiu de casa com uma mochila e uma maleta... e com você da cidade, numa moto. Onde é que ela está?

- Eu... Eu não sei, doutor Jairo. Eu me encontrei mesmo com ela. Ela ligou pra mim e eu imaginei que fosse coisa séria e fui pra frente do colégio, mas... nós nos separamos lá mesmo.

- E o que ela queria?

- Fugir... e procurar meu irmão, só que eu disse pra ela que era loucura. Sem saber onde ele está é difícil ir atrás, ainda mais no estado dela.

- E o que ela fez?

- Não sei... Ela brigou muito comigo e saiu zangada de lá, desceu a Coronel José Júlio de novo e eu pensei que ela fosse voltar pra casa. Eu não sei pra onde ela foi.

- Você jura pela vida da sua mãe que isso tudo é verdade?

Wagner olha para Magda e depois de uma longa pausa, responde:

- Eu juro, doutor Jairo. Pra onde eu levaria a Mônica? Se o senhor não acredita em mim, podem vasculhar a fazenda toda. Aproveita que o Arnaldo está aqui com os policiais. Eu não sei dela. Eu não tenho nem ideia de onde meu irmão está...

Jairo passa as mãos pelos cabelos, desnorteado.

RETORNO AO PARAÍSO – EXPEDIÇÃO BANDEIRANTES

PARTE 12

OBRIGADA E BOA TARDE!

DEUS ABENÇOE A NÓS TODOS!