RP - IVAN, O TERRÍVEL - PARTE 14
IVAN, O TERRÍVEL
PARTE XIV
Cláudio e Mônica saem da casa. Lopes se senta numa cadeira, ainda zonzo com o que ouviu e sem acreditar no que entendeu.
No caminho de volta à casa grande, debaixo de uma fina garoa, Mônica pergunta:
- Por que você disse aquilo pra ele?
- Não sei... ele diz sorrindo e parando. – Me deu vontade. Deu vontade de dividir o que eu sinto a respeito de tudo que está acontecendo comigo... com alguém amigo. Não se preocupe. O Lopes é meu amigo.
Ele a beija apaixonado. Ela sorri.
- Por que isso agora? - ela pergunta, num sussurro. - Você não tem medo de...
Ele repete o beijo com mais intensidade e mais longamente.
- Você não tem nem ideia?
Ela ri e balança a cabeça negando.
- Estou com vontade de fazer isso desde que o bebê do Lopes nasceu. E a gente fez isso junto! E porque eu te amo. Eu te amo mais que a minha vida.
Ele a beija de novo e Mônica se deixa ficar nos braços dele, sentindo os pingos da garoa bater em seu rosto. Quando se afastam, ela diz baixinho:
- Está chovendo...
- Não tinha nem percebido... ele brinca.
- Eu precisava passar em casa. Estou preocupada com meu pai.
- Você não disse que deixou um recado?
- Deixei, mas...
- Então está tudo bem. Você janta aqui e depois nós vamos juntos pra cidade. Eu preciso falar com o Miguel antes que ele vá pra Poços.
- Eu vou com você.
- Não, senhora. Teu assunto é com teu pai. Eu falo com o Miguel.
- Amanhã vai ser um dia cheio...
- Mas vai valer a pena...
Ele passa a mão pelo rosto dela e o enxuga e fica olhando para ela.
- Minha baixinha... Eu já disse que você é linda?
- Não debaixo de chuva.
- A gente vai pegar um resfriado, não é?
- Eu não posso me resfriar...
- É mesmo... ele a beija de novo e eles começam a andar com pressa na direção da casa.
Quando entram na casa, os dois recebem uma salva de palmas de todos os presentes. Wagner grita:
- E pros ajudantes da cegonha nada!
- Tudo! - respondem todos, acrescentando assobios e mais palmas.
Cláudio enxuga o rosto molhado pela chuva, olha para Mônica e, segurando sua mão, a ergue, fazendo uma reverência em seguida. Ela também sorri, timidamente, escondendo-se atrás dele. Quando os aplausos cessam, ele diz:
- Muito obrigado... mas, no momento, os ajudantes da cegonha estão com fome. Sobrou alguma coisa pra gente aí?
- Todo mundo está com fome, diz Magda. – Ninguém jantou, esperando por vocês. Podem vir pra mesa.
Ele, ainda segurando a mão de Mônica, aproxima-se da mesa e puxa uma cadeira para ela sentar, mas fica em pé atrás dela.
- Como é o garoto, Cláudio? - Beto pergunta.
- Igualzinho a toda criança recém-nascida, mas, inicialmente, parece muito com a mãe.
- Loirinho?
- É difícil dizer ainda, mas a probabilidade é de que fique clarinho sim, como ela.
- Adoro homem loiro, diz Dina, abraçando Guto, sentado a seu lado.
- Xi, começou. Acho melhor a gente começar a comer. Esse pessoal, quando está com fome, fica tão romântico...
- Eu vou até lá em cima tirar esse uniforme e lavar as mãos e volto já.
RETORNO AO PARAÍSO – IVAN, O TERRÍVEL
PARTE 14
OBRIGADA E BOM DIA!
DEUS ABENÇOE A NÓS TODOS!