RP - ULTRASSOM - PARTE 6

ULTRASSOM

PARTE VI

Minutos depois, Wagner se volta, passa por Cláudio, toca seu ombro e continua andando no caminho para a casa. Gart fica esperando por Linda que logo se levanta também e, com ele, segue os dois.

- Que lugar lindo! Isso aqui é um paraíso...

- Se não é, chega bem perto, diz ele.

Mais alguns metros e eles vêem Lopes se aproximar a cavalo, vindo da lateral do caminho, pelo pasto. Ele desce do cavalo e se aproxima deles, indo cumprimentar Wagner.

- Que bom vê-lo de volta, Wagner.

- Bom te ver também, Lopes, ele diz, sorrindo, apertando sua mão.

- Vocês... não vieram a pé da cidade, vieram?

Os quatro riem. Wagner responde:

- Não, deixamos os carros lá atrás. Se você puder trazê-los pra cá depois, eu agradeceria. Meu pai está em casa?

- Está. No armazém, recebendo um novo lote de ração. Ele vai ficar muito feliz em vê-lo.

- Eu nunca tinha visto isso tudo com os olhos que estou vendo agora. Estava morrendo de saudade. Não via a hora de ver esse lugar novamente.

- Acho que essa viagem te fez bem.

- Por quê?

- Não sei... Você está... mais sereno. Parece outro homem.

- É... Acho que concordo com você. Quero te apresentar meus amigos: Garret e Linda. Eles vieram comigo na Europa.

- Prazer. Bom dia, doutor Cláudio.

- Oi, Lopes.

- Você disse que deixou os carros na porteira?

- O outro é o meu, Lopes, diz Cláudio. - Pode deixar ele lá. Depois eu pego.

- Sim, senhor. Seja bem vindo de volta, Wagner. Estou feliz em vê-lo bem.

- Obrigado, Lopes.

O administrador se afasta. Wagner olha para Cláudio e pede:

- Leva a Linda e o Gart lá pra casa, por favor. Eu quero falar com meu pai, sozinho.

- Acho melhor mesmo. Pode ir.

Wagner se encaminha na direção do armazém. Cláudio o acompanha com os olhos e pergunta:

- Vocês poderiam me explicar o que ele tem?

- Acho melhor ele mesmo explicar, diz Linda.

- Eu penso que ele viveu os vinte anos dele, de novo, enquanto esteve lá, na Inglaterra, Gart fala.

- É isso mesmo. Ele parece mais velho que eu, desde que pisou nas terras dessa fazenda novamente. Qual a ligação que vocês tinham com Mr. Russel? Se me permitem perguntar.

- Como eu te falei ao telefone, começa Linda. - Eu era secretária dele. Gart era guarda-costas. Mas, além disso, éramos muito amigos dele também.

- É estranho. Eu quase não conhecia nada dele, mas, pra mim, Mr. Russel não era do tipo de homem que tivesse amigos.

- Você mesmo disse, não o conheceu, diz Gart. – Talvez nem seu pai o tenha conhecido.

- Foi o que eu pensei, quando vi do jeito que o Wagner ficou, depois que ele morreu. Uma pessoa pra cativar meu irmão tem que ser muito especial mesmo. Muito boa. Ele conhece um mau caráter de longe. Eu espero que não tenha cometido um erro muito grande em julgá-lo antecipadamente, mas eu me arrepiava só de ouvir o nome dele. Ele deve ter exercido uma influência muito grande e forte no meu irmão. O Wagner está muito estranho.

- Quem sabe estando de volta em casa, ele volte a ser o que era... diz Linda.

- Espero que sim, porque... apesar de desmiolado e irresponsável, às vezes, meu irmão era um cara feliz, de bem com a vida até demais. E eu não vejo mais o brilho que ele tinha nos olhos. Tomara que eu esteja enganado.

Lopes se aproxima trazendo o carro londrino.

- Mãe de Deus! Acho que eu nunca dirigi um carro como esse, ele diz, saindo do carro.

- É cavalo demais, não? - diz Cláudio, sorrindo.

- Se é! Um espetáculo! Como o trouxeram pra cá?

- É uma longa história... diz Linda, sorrindo.

- Vamos entrar. Talvez vocês queiram tomar um banho, trocar de roupas e descansar um pouco. Vou apresentá-los à minha madrasta.

Eles entram na casa.

RETORNO AO PARAÍSO – ULTRASSOM

PARTE 6

OBRIGADA E BOM DIA!

DEUS ABENÇOE A NÓS TODOS!

Velucy
Enviado por Velucy em 18/03/2018
Código do texto: T6283193
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