RP - ULTRASSOM - PARTE 4

ULTRASSOM

PARTE IV

A turma toda começa a rir. Guto fica sem graça.

- Não esculacha, Dina, diz ele, ficando vermelho. – Eu caí da moto.

- Tudo acontece, quando eu não estou por perto, diz Wagner, abraçando-o com carinho. – Quero escrever meu nome aí também.

- Você está tão branco, cara, diz Beto. – Pra voltar ao normal, vai ter que ficar três dias tomando sol na boçoroca.

- Eu tenho uma ideia melhor. Que tal se a gente fosse pra baixada no final de semana?

A turma em geral aprova. Cláudio não gosta nada da ideia, sai do carro e diz:

- Você acabou de chegar.

- Que é que tem? Eu estou morrendo de saudade do sol brasileiro.

- Aqui também tem sol, Cláudio diz, a sério.

Notando que Cláudio está aborrecido com alguma coisa, Beto pergunta ao amigo:

- Você já viu seu pai depois que voltou, Wagner?

- Não, ele responde seco.

- A gente podia ir com você até Quatro Estrelas...

- Não! Agora não!

Cláudio pega a chave de seu carro da mão do irmão.

- Olha, eu não sei o que você tem nessa cabeça, mas eu não vou ficar rodando Casa Branca com você, enquanto você não for ver o papai. Se quiser fazer isso agora, tudo bem, eu vou com você. Se não, eu vou voltar pra Santa Casa já.

Ele dá a volta no carro e abre a porta. Wagner vê que ele fala sério e o chama:

- Espera aí, Cláudio! Não estraga tudo.

- Estragar o quê? Faz dias que seu pai está na maior aflição por sua causa, Wagner, mesmo sabendo onde você estava. Pode não ser claro na tua cabeça, mas ele se preocupa com você e te ama. Você não se deu nem ao trabalho de ligar pra ele pra dizer que já estava no Brasil. Você fez isso?

Wagner nega, balançando a cabeça.

- Pois eu não acho isso certo, se você ainda quer minha opinião.

Wagner olha para cada um dos amigos ali olhando para ele e reconsidera:

- Está certo... Já que você quer, eu... vou pra fazenda agora...

- Não sou eu quem tem que querer. É você. Mas você não é obrigado a fazer nada. Eu não sou seu pai.

Cláudio se volta para Gart e Linda.

- Desculpem a cena e essa recepção meio estranha. Sejam bem vindos a Casa Branca. A cidade é muito mais do que vocês estão vendo. Sintam-se em casa. Eu vou voltar ao trabalho. Acho que não sou tão necessário assim nesse passeio.

- Eu já disse que vou pra fazenda, caramba! - Wagner repete.

Cláudio olha para ele, ainda zangado.

- Tem certeza disso?

- Tenho... Você vem comigo?

- Claro que vou.

Ele se volta para Beto e os colegas.

- A gente se encontra mais tarde, pessoal.

- Vai na boa, cara, diz Beto. – Teu pai deve ter muita coisa que conversar com você e você com ele.

- É, sim, concordam todos.

- E vocês? - pergunta a Gart e Linda. – Querem ficar pra ver mais alguma coisa da cidade, ou vão comigo pra fazenda?

- Eu vou aonde você for, diz Gart.

- Eu quero muito ver aquele lugar durante o dia. Deve ser deslumbrante, diz Linda.

- Poxa, que legal! Eles falam português! - admira-se Leo, que até aquele minuto não tirava os olhos de cima de Linda.

- Falam português e enxergam longe, avisa Wagner, que havia percebido aquela discreta paquera do amigo, olhando para ela. – A gente vai indo então. Mais tarde a gente se vê, aqui na cidade mesmo.

- No Orleans, às sete? - sugere Beto.

- Perfeito.

Wagner olha para o irmão e pergunta:

- Vamos no seu ou no meu?

- Você, no meu. Não quero arriscar que você fuja no meio do caminho. A Linda, se quiser, pode ir no Aston com Gart, Cláudio responde, entrando no carro.

Linda olha para Gart e pergunta, discretamente:

- Você se importa se eu for com eles? Eu amei aquele Mercedes.

Gart sorri e responde:

- De jeito nenhum, mas cuidado, o dono do carro é casado.

- (Eu sei, Gart!), ela diz baixinho, entredentes.

Ela entra no carro de Cláudio e Wagner acena para os amigos, fazendo o mesmo.

- Segue a gente, Gart. Não é muito longe.

RETORNO AO PARAÍSO – ULTRASSOM

PARTE 4

OBRIGADA E BOM DIA!

DEUS ABENÇOE A NÓS TODOS!

Velucy
Enviado por Velucy em 17/03/2018
Código do texto: T6282192
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