RP-UM SONHO POSSÍVEL-PARTE 7
UM SONHO POSSÍVEL
PARTE VII
Arnaldo deixa Cláudio no hospital e leva o homem para a delegacia, junto com os enfermeiros que vão prestar depoimento. A conversa com o homem deixa Cláudio muito revoltado e com uma enorme dor de cabeça.
Quando ele entra no elevador, Beth está dentro dele e pergunta:
- Acharam o homem?
- Achamos. Teve que ir direto pro distrito. Não estava em condições nem de falar. Como está o garoto?
- Está bem. A Leda está com ele. Ele comeu bem, mas não quer falar nada. Não abriu a boca pra dizer nada.
Eles saem do elevador no primeiro andar.
- Depois que ele dormir um pouco, ele se acalma e a gente tenta de novo. O nome dele é Alberto e tem sete anos.
- Quem tem muito jeito com criança é a Mônica. Quem sabe ela não consegue alguma coisa com ele?
- É... Quem sabe? Eu vou tomar uma aspirina. O homem estava tão bêbado que parece que eu bebi junto. Minha cabeça está estourando.
Ele se afasta. Beth fica olhando para ele e Leda sai do quarto e se aproxima dela.
- O que foi?
- Será que não é ele?
- Será que não ele quem, Beth?
- O pai do filho da Mônica?
- Ele quem?
- Doutor Cláudio, quem mais?
- Você ficou doida? Como você pode pensar uma coisa dessas do doutor Cláudio? Ele é casado!
- Mas não está morto. Os dois têm uma amizade bem diferente aqui dentro. Se dão tão bem que parecem mesmo um casal. Eu nunca vi os dois discutirem. E eles se olham de um jeito... Não sei...
- Você está precisando dormir, Beth. Chega de falar e de pensar bobagem.
- E ele é tão lindo...
- Você é noiva, mulher!
- Mas também não estou morta. E você concorda comigo que eu sei.
- Claro que concordo, mas você sabe que meus olhos são só para o doutor Miguel. E vá arranjar o que fazer. Eu vou continuar cuidando do meu garoto.
- Ah, o doutor Cláudio disse que o nome dele é Alberto e tem sete anos.
- Obrigada.
Leda balança a cabeça, sorri um sorriso maroto e entra no quarto.
Amanhece.
Como de costume, logo cedo, Leonardo vai com Lopes até a cidade na caminhonete da fazenda fazer compras para a casa. Diana vai com eles e é deixada na Escola Estadual Rubião Júnior, onde estuda.
- Hoje eu vou sair mais cedo, pai. Já passei em quase todas as matérias. Eu posso ir pro hospital, ficar com o Cláudio?
- Claro que não. Você vai só atrapalhar, se for.
- Não atrapalho. Eu até ajudo quando vou até lá. Deixa vai.
- Nós fazemos o seguinte então: eu e o Lopes vamos demorar mesmo um pouco por aqui. Depois que você sair da escola, vá até o hospital. Fique um pouco por lá e depois passamos pra te pegar.
- Ok. Combinado, obrigada, pai.
Ela lhe beija o rosto e sai da caminhonete, entrando na escola.
Duas horas depois, ela é dispensada e vai a pé até a Santa Casa. Como todos a conhecem por ali, ela entra no elevador e sobe ao primeiro andar. Aproxima-se do balcão.
- Oi.
Beatriz, a atendente, sorri ao vê-la.
- Oi, Diana, bom dia! Tudo bem?
- Tudo. Meu irmão está?
- Está no consultório dele, trabalhando. Espere um pouquinho que eu vou avisá-lo de que você está aqui.
- Não precisa.
- Precisa sim, é só um instantinho.
A moça pega o interfone para avisar Cláudio, mas Miguel vem descendo as escadas e Diana o vê e sai correndo ao seu encontro.
- Fala, boneca! – ele diz beijando sua testa. - Que bom te ver aqui!
- Oi. Eu vim ver meu irmão.
- Teu irmão? - ele brinca. – Quem é?
- O Cláudio! - ela diz, rindo, pois já conhece as brincadeiras de Miguel.
- Cláudio? Tem alguém chamado Cláudio nesse hospital, Beatriz? - ele pergunta, piscando para ela.
A moça coloca o interfone no lugar e apenas sorri, encolhendo os ombros para seguir a brincadeira.
RETORNO AO PARAÍSO – UM SONHO POSSÍVEL
PARTE 7
OBRIGADA E BOM DIA!
DEUS ABENÇOE A TODOS NÓS!