RP - ERA UMA VEZ... EM LONDRES? - PARTE 37

ERA UMA VEZ... EM LONDRES?

PARTE XXXVII

Depois de umas duas horas de conversa animada com os seguranças do bisavô, Wagner pergunta:

- (Vocês não falam nada em português?)

Os quatro se olham e respondem um “NÃO” em português ao mesmo tempo e depois riem gostoso.

- Bem, já é alguma coisa, Wagner diz, rindo também.

- (Traduza, por favor.)

- (Se vocês podem falar “não”, podem falar outras palavras também.)

- Sim, fala Neil.

- (Muito bom! É um progresso. Vocês estão sempre por aqui?)

- (Quando não estamos no alojamento ou com Mr. Russel...)

- (Posso vir aqui outras vezes?)

- (Claro, a casa é sua.)

- (Bom. Adorei conversar com vocês. Vou entrar agora. Até mais.)

- Wagner, Gart chama.

- Hum?

- Foi um prazer conversar com você também.

Wagner olha para ele, surpreso.

- Mas você não disse que não fala português?

- Não, quando falam em inglês comigo e quando estou perto deles.

- Só você fala então?

- Só.

- (E já é o bastante.), diz Peter.

- Mas não conte para Mr. Russel. Ele não sabe.

- E por que não pode saber?

- Ele não quer e tem seus motivos. Eu aprendi com a Linda. Se tivesse aprendido com outra pessoa, eu não me importaria que ele soubesse, mas ela é a pessoa em que ele mais confia dentro da casa. Você entende...

- Não entendo, mas conheço o velho o suficiente e você também deve ter bons motivos pra me pedir isso. Já percebi que essa garota é o anjo da guarda de todo mundo por aqui.

- E a garota do Teo, não se esqueça disso.

- Nunca esquecerei, diz ele, passando a mão pelo rosto. – Eu vou indo, quando me der solidão, eu volto. Bye.

- Bye, dizem os quatro.

Wagner se afasta. Peter diz:

- (Ele até que é legal.)

- (Isso é muito bom.), diz Gart.

- (Por quê?) Neil pergunta.

- (Tudo indica que ele pode vir a ser nosso patrão em bem pouco tempo.)

- (Nosso patrão? Aquele garoto?)

- (Isso mesmo. Aquele garoto. Ele ainda vai mudar muita coisa por aqui.).

Wagner entra na casa ainda deslumbrado com tudo e procura por Linda. Julian lhe informa que ela subiu para seu quarto, depois de falar com o patrão. Ele sobe as escadas correndo e só para em frente a porta do quarto dela. Bate e chama por ela.

- Linda!

Espera um momento e percebe o barulho da chave na fechadura e da porta se abrindo. Linda aparece e seus olhos estão vermelhos.

Wagner fica preocupado.

- Ei, você... está chorando?

- Entra... ela diz.

Ele entra. Linda fecha a porta e enxuga o rosto.

- O que aconteceu?

- Nada. Eu... estou com um pouco de dor de cabeça.

- Mas você estava bem até agora a pouco. Pra você estar chorando, deve ser uma senhora dor de cabeça, hein? Quer tomar alguma coisa?

- Já tomei.

- Já tomou, então conta a verdade agora. Foi aquele brutamonte de te fez chorar?

- Que brutamonte?

- O Teo...

- Não fale assim dele, Wagner, ela diz sentando-se na cama. - Eu já cansei dessa briga infantil de vocês dois.

- Tudo bem, desculpa, ele diz, sentando-se a seu lado. – Me conta... Foi meu avô?

Linda começa a chorar de novo.

- Linda, você está me deixando preocupado. O que está acontecendo?

- Ele não quer que eu lhe conte, mas acho que você deve saber.

- Saber o quê?

- Mr. Russel está muito doente.

- Doente?

- Ele faz questão de aparentar boa saúde, pra não impressionar nem preocupar ninguém, principalmente você. Por isso ele fica tão pouco a seu lado.

- Mas o que está acontecendo com ele? O que ele tem, além do fato de já ser bem velho?

- Antes de você chegar aqui, ele teve dois enfartes em menos de dois anos. O médico dele já prevê um terceiro se ele não parar de trabalhar tanto. Se ele continuar agindo como se fosse um jovem de vinte e cinco. Ele deveria ficar na cama o maior tempo que pudesse.

- Quer dizer que se ele tiver um terceiro enfarte ele... morre?

- Provavelmente.

RETORNO AO PARAÍSO – ERA UMA VEZ... EM LONDRES?

PARTE 37

OBRIGADA E BOA TARDE!

DEUS ABENÇOE A NÓS TODOS!

Velucy
Enviado por Velucy em 22/02/2018
Código do texto: T6261268
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