RP - ERA UMA VEZ... EM LONDRES? - PARTE 35

ERA UMA VEZ... EM LONDRES?

PARTE XXXV

Linda aproveita para sair discretamente e vai até o apartamento de Teo, atrás da garagem. Ele está sozinho tomando uma xícara de chá, sentado atrás de uma mesa, com os dois pés sobre ela, lendo um livro.

- Está sozinho? - ela diz entrando.

- Os rapazes estão na guarita, com o Peter, ele diz, sério, sem tirar os olhos do livro.

Linda se senta numa cadeira de frente para ele e serve-se de uma xícara de chá.

- Quando é que você vai mudar essa cara feia, hein? - ela pergunta. – Está zangado com o quê?

- Eu não estou zangado.

- Você quase não fala direito comigo. Não era assim.

- Quando é que esse cara vai embora?

- Ah, então é ele o motivo.

- Ela está tentando conquistar você desde que a gente veio do Brasil. Pensa eu não vi?

- Estava. Não está mais.

- Não sei, não. Você demorou muito pra dizer que tinha um idiota de um namorado. Eu acho que o assunto não era tão importante, não é?

- Teo, não é nada disso. Ele não fez nada de errado e você já se vingou o suficiente. Lembra daquele soco? Já chega.

- Foi pouco. Eu devia ter dado uma surra nele.

- Por nada. De graça. Você é muito exagerado nas suas emoções a meu respeito. Até parece que não confia em mim.

- Confio em você, mas não confio nele.

Ela sorri e levanta-se indo sentar sobre a mesa diante dele e pegando sua mão.

- Vamos mudar de assunto, certo?

Ele retira os pés de cima da mesa e a abraça envolvendo sua cintura, ficando entre suas pernas.

- Eu fico louco de raiva, quando penso que ele fica o tempo todo com você lá dentro e eu tenho que ficar aqui. Antes de ele vir pra cá era melhor. Não vejo a hora que ele vá embora daqui.

Eles se beijam.

- Eu acho que você se preocupa demais. O Wagner gosta de uma garota lá no Brasil. Não pense mais nisso.

- O melhor seria a gente casar logo e sair daqui de uma vez.

- Eu só vou poder fazer isso depois que Mr. Russel morrer. Já te disse isso.

- Certo, sair daqui depende disso, mas casar não. Poderíamos casar e continuar aqui do mesmo jeito. É só você querer.

Ela sorri e concorda balançando a cabeça. Teo a abraça e beija de novo, feliz.

- Eu te amo, gata. Quando?

- Não sei... Janeiro talvez.

- Está ótimo. No primeiro sábado de janeiro, está bom pra você?

- Pra mim, está.

- Você não imagina como isso me deixa feliz e aliviado

- Só você, bobo?

- Amanhã, eu vou comprar o anel de compromisso. Não se esqueça de contar pro rapazinho que você agora é minha noiva, viu? Assim ele desgruda de você de vez.

- Ele vai só te dar os parabéns. Eu gostaria que vocês fossem amigos.

- Depois que eu me casar com você, eu vou ser amigo do mundo inteiro.

Ela ri e acaricia seus cabelos.

- Eu tenho que entrar agora.

- Dorme aqui comigo.

- Não posso. Mr. Russel não admitiria isso. Tenha paciência.

- Está certo... Então eu vou te levar até a porta do castelo, milady.

De mãos dadas, eles andam até a frente da casa. Wagner está encostado num dos pilares. Teo passa o braço em volta da cintura de Linda e a traz mais para perto dele, ao vê-lo.

- O vovô está procurando por você, Wagner diz a Linda.

- Já acabou o jogo?

- Eu ganhei a primeira partida e ele desistiu.

- Uau! Você deve jogar bem.

- Ou ele deve estar enferrujado, Wagner diz, rindo.

Linda olha para Teo.

- Vou ter que entrar.

- Nós nos vemos depois.

Ele lhe dá um beijo cinematográfico e Linda entra. Teo só se afasta quando vê que ela entrou, mas Wagner diz:

- Ela é uma garota muito bonita. Você está de parabéns.

Teo se volta.

- Também acho.

- Há quanto tempo vocês se conhecem?

- Por quê?

- Por nada. Só pra saber. Se não quiser, não responda, não tem obrigação nenhuma. Eu só queria conversar. Eu acho que você está levando as coisas pro lado errado desde o começo. Eu não quero roubar sua namorada.

- Noiva.

- Tanto faz. Eu não tenho o costume de me intrometer na felicidade de ninguém. Eu só acho que ela é muito legal, bonita e corajosa. Mas é só.

- Não foi que pareceu lá em São Paulo.

- Só porque eu a levei para o armazém da fazenda? Eu fui oferecer abrigo por uma noite. Eu não ia dormir com ela. Se eu tivesse intenção de fazer alguma coisa, não precisaria ir até lá. Eu a levaria para o meu quarto. Na minha cama seria muito mais confortável.

Teo sente o sangue ferver.

- Pense bem antes de se referir a ela nestes termos, entendeu?

- Mas eu não disse nada, Teo.

- E nem é pra dizer. Se puder evitar, não fale nem no nome dela e nem com ela. É um favor que você faz a si mesmo. Está avisado.

Ele se afasta, pisando duro. Wagner cruza os braços e balança a cabeça, dando de ombros.

- Que cara mais esquentado, arre!

RETORNO AO PARAÍSO – ERA UMA VEZ... EM LONDRES?

PARTE 35

OBRIGADA E BOM DIA!

DEUS ABENÇOE A TODOS NÓS!

Velucy
Enviado por Velucy em 22/02/2018
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