RP - ERA UMA VEZ... EM LONDRES? - PARTE 7
ERA UMA VEZ... EM LONDRES?
PARTE VII
LONDRES
Depois do lanche, o velho Mr. Russel vai para seu escritório e se tranca com seu advogado, Mr. Bartley. Não sai de lá pelo resto da manhã. Linda trata de mostrar para Wagner o resto da casa.
- Ele vive sozinho em tudo isso? Sem nenhum parente?
- É estranho que você não saiba nada sobre ele, mesmo que fosse o lado mau. Você nunca ouviu nada a respeito da sua família inglesa?
- Nada. A única coisa que eu sabia é que minha mãe perdeu os pais ainda criança e casou com meu pai anos depois. Ah, sabia também que ela era de origem europeia, mas nunca pensei que tivesse ainda parentes vivos, muito menos um avô milionário.
- Mr. Russel vai contar tudo pra você com o tempo. Eu não quero me meter nisso... por enquanto.
- Por que ele te contratou pra me raptar? Justo você, uma moça que parece ser mais nova que eu.
- Ele não me contratou, eu me ofereci.
- Se ofereceu? A troco de quê?
- Você vai saber disso também, mais tarde.
- Você é cheia de mistérios. Abre o jogo. Eu não conto pra ele que você me contou.
- Eu confio em você, só não confio nos vários ouvidos que essa casa tem.
- Não me diga que aqui dentro tem espiões?
- Não propriamente espiões, mas... informantes muito comprometidos com ele que não deixariam que nada desse errado com seus planos.
Wagner ri.
- Estou adorando tudo isso. Quer dizer que eu faço parte de um plano dele.
- Desde que nasceu.
- Isso é muito legal. Eu, Wagner Valle Neto, faço parte de uma história de suspense e sou o mocinho! Estou doido pra ver o “happy end”.
- Cuidado! Antes de ter o “happy end” o mocinho passa por maus bocados, hein!
- Mas sempre tem uma mocinha por perto, ele diz, olhando-a nos olhos.
Linda desvia o olhar e diz:
- Eu posso ser uma agente do outro lado.
- Não leva jeito. Você não tem cara de vilã... e nem de anjo...
- E tenho cara de quê, então?
- Depois eu respondo, ele diz com um sorriso malicioso. – Ainda estou analisando.
- Você não perde tempo, hein?
- É... E isso já me deixou numa encrenca dos diabos, ele diz, lembrando-se de Mônica.
Eles chegam a um recanto no jardim onde há um banco e se sentam nele.
- Eu sei.
- Sabe? Sabe do quê?
- Eu sei de quase tudo sobre você.
- Quase tudo? Como? Não vai me dizer que essa coisa de espião acontece de verdade. Você me espionava?
- Tirava informações. É diferente.
- Pra ele?
- Isso mesmo. Foi bom você perguntar isso. Não tem nada de pessoal nas coisas que eu fiz.
- E o que você sabe a meu respeito?
- Já disse, quase tudo.
- E o que está faltando?
- Depois eu conto.
- Ah, já entendi. O velho mistério. Mas, vamos mudar o jogo, elas por elas. Você sabe tudo de mim, eu só sei seu nome e que é uma ótima atriz, não sei nada sobre você, comece.
- O quê? – ela pergunta com um leve sorriso, cruzando as pernas.
- Eu quero te conhecer. Conhecer a única mulher que conseguiu me fazer, fazer uma coisa que eu não queria... sem que eu estivesse bêbado, claro.
- O quê? - ela pergunta sorrindo.
- Eu não mostraria o armazém da fazenda pra qualquer pessoa depois da meia noite e ainda oferecer o lugar como pousada por uma noite, sem autorização do meu pai. Só quem poderia fazer isso era ele. Se eu estivesse em casa agora, ele teria me esfolado vivo.
- O castigo foi merecido então?
- Não pode ser chamado de castigo. Está valendo a pena. Mas você ainda não me disse como você e seus amiguinhos me trouxeram pra cá. Me colocaram num caixão?
- Mais ou menos isso. Do que você se lembra?
RETORNO AO PARAÍSO – ERA UMA VEZ... EM LONDRES?
PARTE 7
OBRIGADA E BOA TARDE!
DEUS ABENÇOE A TODOS!