TEACHER V - ESTADO INTERESSANTE - CAP. 4

ESTADO INTERESSANTE – Capítulo 4

Régis chegou pouco depois e ficou feliz em vê-la. Jantaram juntos antes de ir para a cama, Régis sugeriu:

- Não querem dormir no meu quarto? Eu durmo do quarto de Rupert.

Ele olhou para ela.

- Você quer?

- Não. Obrigada, seo Régis. Já me acostumei com a caminha dele. Obrigada mesmo. O senhor é um amor. Boa noite, durma bem.

Régis recebeu o beijo dos dois e foi para seu quarto. Laura pegou a mão dele e o levou para seu quarto.

- Seria melhor mesmo dormir na cama do meu pai. Somos três agora. Minha caminha pode não aguentar.

- Você vai começar a me ofender, agora? Nosso filho tem gramas é você já está me chamando de gorda?

Ele riu e a ergueu nos braços, beijando sua boca. Colocou-a sobre a cama e colocou de novo a mão sobre sua barriga.

- A ficha vai demorar a cair. Nosso filho tem gramas e está aqui dentro!

- Está feliz mesmo?

- Eu acabei de dizer que a ficha vai demorar a cair.

Ele beijou sua barriga e afastou-se dela, começando a tirar as roupas.

- Eu não trouxe nada pra dormir aqui, ela disse, sentando na cama.

- Vou te emprestar uma camiseta minha.

Minutos depois, sentados na cama, ela perguntou:

- Por que você não disse ao seu pai sobre o bebê?

- Se nem eu me acostumei com a ideia ainda, não quero confundir a cabecinha dele. Vou contando devagar, depois. E aí? Você volta a dar aulas na segunda-feira?

- Volto, mas estou pensando em tirar uma licença. O Hélio disse que eu vou precisar.

- Vai precisar? Gravidez não é doença, é?

Laura ficou em silêncio por um instante e Rupert estranhou. Tocou sua mão e perguntou:

- E?

- No meu caso é mais delicado Rupert.

- Delicado? Delicado como? Por quê?

- Por causa da minha idade... ela disse, com os olhos já começando a encherem-se de água.

Rupert sabia bem do que ela estava falando.

- A maldita idade novamente...

- Ele disse que eu tenho que repousar bastante, os nove meses, ou posso correr o risco de perder a criança...

Ele ficou em silêncio e olhou para a mão dela, em silêncio.

- Por isso eu vou ter que tirar essa licença e... cuidar de mim… e dele…

- Quando você disse outro dia que... ia parar de dar aulas em julho... já sabia que estava grávida?

- Não, mas acho que já sentia... Não era nem desconfiança, era... “feeling”, como se diz em inglês. Intuição...

Rupert respirou fundo e dolorido.

- Tudo bem. Tira a licença e eu conto tudo pro Gerson que estamos casados e eu vou cuidar de você.

- Não! Não, Rupert. Não precisa. Como você disse, a gente pode esconder o bebê até junho e depois pensar no que fazer.

- Não vou deixar você passar por essa sozinha, Laura. Eu quero estar perto de você o mais que eu puder.

- Nós já aguentamos até aqui, meu bem, por favor, não vamos fazer nada precipitado. O Hélio é um ótimo médico e pode me indicar um bom ginecologista que pode me dizer exatamente o que fazer pra evitar problemas.

- Mas nem esse médico nem o Hélio vão poder cuidar de você integralmente, nem te dar apoio quando estiver sozinha...

- Eu estou bem. Só não posso fazer esforço, me cansar subindo escadas no trabalho, guiando... Vai ser até bom ter uma certa mordomia por algum tempo. Vou ver se contrato alguém pra me ajudar na casa e tudo!

- E o Matheus aos sábados e domingos.

- Vou contar pra ele.

- Vai? - ele perguntou surpreso.

- Vou. Não acredito que ele vá ter coragem de fazer alguma coisa contra nós com um bebê a caminho.

- Não sei, não. Não confio nele. Ele vai se sentir traído.

- Deixa comigo. De Matheus, eu entendo.

Rupert riu.

- Ah, é? Pensei que fosse só de Inglês e Rupert.

- Não, Inglês e Rupert eu amo.

Eles se beijaram apaixonados. Laura passou a noite com ele, mas voltou para casa no domingo.

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Welcome to my dreams...

CAPÍTULO 4