Compra de um amor - Vigésimo oitavo capítulo
-Muito lindo mesmo esse sonho minha linda!
-Sim e me fez compreender o que devo fazer.
-E o que decidiu?
-Vou pagar o tratamento da minha mãe.
-Quem bom meu amor!
-Mas isso não significa que vou passar uma borracha em tudo o que ela fez.
-Você não vai perdoá-la?
-Não tenho que perdoar ou deixar de perdoar, afinal de contas, ela não pediu o meu perdão, com tudo vou fazer o que precisa ser feito.
-Eu entendo!
-Mais carinho, amor de filha, isso não consigo sentir, os acontecimentos e a distancia me trouxeram uma enorme indiferença.
-Isso também é compreensivo minha querida!
-Você não me acha horrível por pensar assim?
-Não meu amor, você esta apenas sendo racional, numa situação em que a maioria das pessoas são passionais.
-Então você vai comigo busca lá em Lima Verde?
-Claro que sim minha linda!
Então...
-Gabi, que bom que voltaram!
-Vim buscar a minha mãe Luzia.
-Que bom! Ela esta no quarto, vou avisá-la.
Depois...
-Já estou pronta minha filha.
-Então podemos ir, assim chegaremos ainda dia na capital.-disse Ricardo.
-Obrigada por tudo Luzia!
-Por nada Gabi.
-Obrigada minha amiga!
-Por nada Janete, boa sorte em sua cirurgia.
Dois meses depois...
-Bom dia dona Zélia!
-Gabi! Que surpresa boa!
-Vim trazer o convite para o aniversário de dois anos da Angeline.
-Nossa! Dois aninhos já? Parece que foi ontem que você vinha me visitar com aquela barrigona rs.
-Pois é, o tempo passa rs.
-E sua mãe como está?
-Se recuperando, mas já esta quase boa.
-E você, conseguiu esquecer as mágoas do passado?
-As mágoas sim, mas continuo a vendo como uma estranha, não consigo sentir o carinho e o bem querer que sinto pela senhora, por exemplo.
-Com o tempo as coisas vão mudar você vai ver.
-Pode ser, mas agora preciso ir, tenho alguns trabalhos a resolver, a vida de pedagoga não é fácil rs.
-Mas você é feliz com a profissão que escolheu não é?
-Muito feliz dona Zélia!
-Que bom querida!
-Vamos espera lá para festa, não vá faltar!
-Tudo bem minha filha! eu vou sim rs.
Ao chegar em casa...
-Mãe já estou de volta, está no quarto?
E sem resposta...
-Mãe, onde está?
Então Gabi encontrou um bilhete que dizia...
-Gabi, agradeço por tudo o que fez, mas sei que você não sente amor por mim, também não tenho direito de cobrar isso de você, quem sabe com o tempo possa me amar. Vou voltar para a casa da Luzia, lá é o meu lugar, gosto da noite, das festas e de estar rodeada de pessoas, só assim me sinto feliz minha filha, além do mais, não posso ficar em sua casa atrapalhando sua relação com seu marido que é um homem bom e merece todo seu amor e atenção. Mais uma vez obrigada por tudo e fique com Deus!
E pensando alto....
-Seja feliz minha mãe, seja feliz!
Dias depois...
-Que bom que veio dona Zélia, já estava pensando que não viria!
-Imagina se eu iria deixar de vir no aniversário da minha neta postiça rs.
-Vamos para o jardim, as crianças estão lá.-disse Gabi.
-Vovó Zélia! Vovó Zélia!
-Oi minha netinha, vem com a Vovó.
-Como vai Zélia?
-Bem Marina e você?
-Também minha amiga! Olha os meus netinhos filhos da Monica que você ainda não conhece, Helena de três e Nicolas de dois aninhos.
- São lindos! Que maravilha essa tecnologia que permitiu que você gerasse os seus netos Marina.
-É uma bênção divina Zélia, uma bênção divina!
-Então cunhada, teve notícias de sua mãe?
-Sim Monica, nos falamos ontem por telefone.
-E como ela está?
-Esta bem e feliz, afinal, está vivendo a vida que escolher viver rs.
-Que bom ver nossa família reunida e feliz meu filho!-disse Rogério.
-Verdade pai, agradeço a Deus todos os dias por minha família!-respondeu Ricardo.
-Meu amor vem, Já vamos cantar parabéns.-disse Gabi.
E assim a família e amigos comemoram o aniversário de dois anos da primeira filha de Gabi e Ricardo.
-Esta feliz meu amor?-perguntou Ricardo.
-Muito feliz meu querido!-respondeu Gabi.
-Eu também!
-Ricardo, quero te dar uma coisa.
-O que?
-Isto.
-Que cheque é este?
-É o valor que você deu a Tete para que ela me deixasse sair daquele lugar, esta corrigido e atualizado.
-Que bobagem meu amor!
-Aceita, é uma questão de honra para mim.
-Está bem! vou depositar na conta poupança da Ange.
-Tá bom!
E depois de um beijo apaixonado, Ricardo falou:
-Minha linda! Uma vez a minha mãe disse de maneira deliberada e com intenção de ofende-la que eu havia comprado você.
-Porque esta lembrando disso agora?
-Porque a verdade é que naquela noite, comprei sim “um bilhete premiado para o amor”.
Esta é uma obra de ficção produto da livre criação artística e sem compromisso com a realidade.
Obs: O acidente ocorrido com a personagem Mônica foi inspirado em uma tragédia real.