TEACHER IV - NÓS INVENTAMOS... - CAPÍTULO 7

NÓS INVENTAMOS... – Capítulo 7

O banho durou quase meia hora e Laura esperou por ele, sentada na cama de Rupert, segurando sua camisa.

Ele voltou para o quarto, enrolando numa toalha e deitou-se na cama de bruços, fechando os olhos e ficando em silêncio. Laura deitou-se sobre ele e segurou a aliança pendurada em seu pescoço.

- Ela não viu isso?

- Viu, claro que viu...

- Não pensou nem por um momento no que isso significa?

- Perguntou por que eu deixo você andar de braços dados com o Matheus se ando com isso pendurado no pescoço.

- Eu não ando... Boa coisa pra se pensar num momento desses... Retira metade da culpa dela, não é?

- A culpa não foi dela, foi minha.

- Eu não estou zangada, Rupert.

Ele virou-se e a encarou.

- Não?

- Não. Eu inventei o Matheus, você inventou a Tereza. Estamos quites.

- Você... também dormiu com ele?

Laura sorriu e escondeu o rosto no peito dele.

- Ainda não, mas posso aceitar o convite quando ele fizer... de novo...

- Você não teria coragem! – ele disse, sentando-se na cama.

- Você não teve?

- É diferente! Eu estava... sozinho... confuso...

- E eu não tenho o direito de me sentir sozinha e confusa também?

- A Tereza sabe da minha situação. Quis me ajudar.

- E o Matheus tem tido uma paciência de elefante comigo. Ou você acha que é fácil para um homem aguentar os ataques de puritanismo de uma viúva de trinta e três anos que não tem nenhum motivo pra negar ir pra cama com ele?

- Se você fizer isso, eu...

- Você o quê?

- Eu morro, ele disse, abraçando-a. – Juro que não faço mais! Eu juro!

Laura o abraçou também, sorrindo.

- Você e a Carla fizeram um par tão bonito ontem no baile, ela disse.

- O Nelson é um panaca! – ele revidou.

Ela riu a valer.

- Será que eu aguento até o final do ano, meu Deus?

Ele riu também e a fez deitar-se na cama.

- Eu te amo tanto... tanto! Me deixa doente só de pensar em você com aquele... Matheus!

- Estou percebendo que você está um pouco quente, mesmo... ela falou, tocando a testa dele.

- Engraçadinha!

- Gracinha!

- Minha gata!

- Te amo, maridinho.

- I go crazy for you! – ele disse, antes de beijá-la, apaixonado. – Se importa se eu não fizer o que estou com vontade de fazer agora? Estou morrendo de sono. Eu vou dormir no meio do caminho e não vai ser legal...

Laura sorriu.

- Foi tão bom assim com a Tereza?

Ele fechou e apertou os olhos, fazendo uma careta.

- Também não quero mais pensar nisso não. Eu não dormi a noite inteira pensando na besteira que tinha feito com ela. Ela não merece.

- Então dorme. Eu acho que vou lá fora tranquilizar seu pai. Ele estava bem preocupado com você.

- Vai me passar um sermão em alemão de arrepiar, aposto.

- Ele te ama demais...

- Eu sei...

Laura o beijou, carinhosa, e saiu da cama.

- Dorme. Eu vou embora. Te vejo amanhã na aula?

- Fazer o quê, não é?

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Welcome to my dreams...

CAPÍTULO 7