TEACHER IV - DANÇA COMIGO, AMIGA? - CAP. 4
DANÇA COMIGO, AMIGA? – Capítulo 4
Rupert estava distraído com o bebê quando uma garota aproximou-se dele e perguntou:
- Foi isso que você veio fazer no baile, Rupert?
Ele levantou os olhos e viu Mariana, sua colega de classe. A loira, considerada uma das garotas mais bonitas da faculdade.
- Oi, Mariana… É… É o bebê do Décio.
- Quer ajuda?
- Não, eu me viro, pode deixar. Ele é bonzinho.
- Posso sentar aqui na sua mesa um pouquinho? Meu noivo ainda não chegou e o recibo da minha mesa está com ele. É ruim ficar sozinha numa festa. Nenhuma das meninas do meu grupo vieram.
- Claro, senta aí.
Ela sentou-se e colocou a bolsinha prata de mão sobre a mesa. Depois se inclinou para olhar melhor o bebê.
- Que gracinha! Como é o nome dele?
- Rupert, ele disse, rindo.
- Poxa, que legal! Isso é que é amizade. Posso segurar ele um pouquinho?
- Claro!
Ele passou o bebê para ela que obviamente tinha mais jeito.
- Quem você convidou pra dançar a valsa com você? – ela perguntou, balançando a mão que Bob segurava com força.
- A Carla, professora de Língua Inglesa do curso de Letras.
- Ah, vai ficar bonitinho. Embora eu ache a Laura mais charmosa do que ela.
- E você? - ele perguntou, rapidamente, tentando não explodir de orgulho.
- O Gerson.
- Poxa! O diretor do curso? Que poder, hein?
- Meu noivo me impôs essa condição. Se não fosse ele, porque é casado, pai de filhos grandes e tudo, eu não dançaria com ninguém. Ciuminho besta, sabe?
- Faz ele muito bem. Tem que cuidar do que é seu. Mas o Gerson até que é um partidão também.
- E é velho o suficiente pra dançar valsa muito bem.
Os dois riram. Um rapaz se aproximou da mesa.
- Demorei?
- Oi, ela disse. – Não, não muito. Paulo, esse é o Rupert, um colega. Já te falei dele. É o crânio da minha classe.
Os dois rapazes apertaram-se as mãos.
- Prazer, Rupert.
- Todo meu. Sou Paulo.
- De quem é o bebê, amor?
- Meu afilhado, filho de um colega de sala nosso, respondeu Rupert, antes dela. – Ele e a mulher foram dançar e eu fiquei bancando a babá.
Rupert tirou o garoto dos braços dela. Paulo riu.
- Você é casado?
Rupert ia dizer que sim, mas corrigiu-se antes.
- Não, ainda não.
- Mas leva jeito com criança. Dá licença, hein? Vamos pra mesa, Mari?
- Vamos. Tchau, Rupert. A gente se cruza por aí.
- Até mais. Bom baile pros dois.
- Obrigado, Paulo agradeceu e os dois se afastaram.
Rupert II acabou dormindo no colo do padrinho e os pais, cansados e suados, voltaram.
- Como se comportou meu bebezinho? – disse Luíza, sentando-se ao lado de Rupert e apanhando o filho. – Dormiu no colo do dindo, meu amor?
- Só não dei de mamar e não troquei fralda, mas o resto...
Décio e Luíza riram.
- E a Laura, nada? – Décio perguntou em voz baixa para ele.
- Não. Se chegou, deve ter ido pra outro canto do clube, mas sinceramente, eu preferia que ela não viesse. Se ela não chegar até as onze, eu vou embora também.
- Ah, cara, a festa nem começou! Não fura agora. Vai dançar com alguém. Tem uma renca de garota linda por aí que eu já vi.
- É mesmo é? – brigou Luíza, batendo em seu ombro, com a mão livre, porque a outra segurava o filho.
- No bom sentido, benzinho. Linda pro Rupert.
- Qual a diferença? Ele também é casado, bobão!
- Mas é jovem e está sozinho... Ah, você entendeu, Lu! Vai dançar, Rupert. Você não se arrumou todo e está assim lindo de morrer, pra ficar sentado aqui. Você não vai transar com ninguém no salão porque nem dá. Vai só dançar. Vai logo. Sai daqui.
Rupert riu e aceitou o conselho, saindo da mesa.
Passeou um pouco pelo salão e acabou por ver Tereza num outro canto, com duas amigas. Ele hesitou por um momento, pois não sabia se ela queria vê-lo, mas aproximou-se.
- Oi, Tereza... Vanda, Beth...
- Oi, Rupert! – disseram as duas moças. – Você está lindo, garoto.
- Obrigado, ele agradeceu, sorrindo.
Tereza olhou para outro lado e ajeitou o cabelo.
– Que dançar comigo, Teca? - ele convidou.
Ela pensou em negar, mas o coração falou mais alto. A moça concordou que o amigo estava realmente estava muito lindo e foi.
********************************************
Welcome to my dreams...
CAPÍTULO 4