TEACHER III - CASAMENTO CLANDESTINO - CAP. 3
CASAMENTO CLANDESTINO – Capítulo 3
Laura não tocou mais no nome de Rupert e Rupert não falou mais sobre Laura com ninguém por um mês. Nesse tempo todo, eles foram só aluno e professora e só trocavam olhares indiferentes de vez em quando, durante a aula, nos corredores, na redação do jornal ou na biblioteca.
Rupert já tinha ido ao cartório e entregue os documentos dos dois para que os proclamas do casamento começassem a correr, e a data foi marcada. Treze de junho.
Ele ligou para ela e a avisou:
- Treze de junho! Mas é no sábado que vem, Rupert!
- Não teve outro dia melhor. Só teriam vaga no dia vinte de setembro. Já imaginou?
- Domingo não vai ser o batizado do bebê do Décio?
- É, não é bom? A gente vai batizar o garoto já casados. Já vou usar o terno que aluguei pro batizado, no casamento! Legal, não?
- É… legal… Como vamos fazer?
- Encontra comigo na saída do metrô perto da faculdade, no sábado às oito. O casamento está marcado para as nove. Ok?
- Ok.
- Arrependida?
- Não, mas ainda acho tudo isso uma loucura! Tchau.
- Eu te amo... muito!
- Também te amo.
Laura desligou o telefone e olhou para o vestido que tinha comprado para o casamento. Era azul, de seda e tinha o chapéu combinando.
Quando Rupert a viu de longe, descer do carro e aproximar-se, parecia que ela estava mais bonita que nunca.
- Oi, ela falou, sorrindo, sabendo que estava bonita.
- Você está linda! – ele elogiou, segurando a mão dela.
- Obrigada...
- Nervosa?
- Muito! Posso?
- Deve! Eu estou uma pilha!
Ela sorriu.
- Como a gente vai? De moto ou no meu carro?
- No seu carro. Você não está combinando com moto hoje. Se importa?
- Não, claro que não.
Ele deixou a moto no estacionamento do metrô e os dois foram ao cartório no carro dela.
As testemunhas foram dois funcionários do próprio cartório e em poucos minutos estava tudo feito. Laura passaria a se chamar Laura Freitas Lauter. Depois do cartório eles foram até uma igreja, não muito longe dali e um padre oficializou, de forma bastante simples, o casamento religioso.
Já no carro, Rupert segurou a mão esquerda dela, onde estava a aliança de ouro e disse:
- Nem acredito...
- Também não. Pra onde a gente vai agora?
- Você vai ver, falou ele beijado-a.
Ele já estava sentado no banco do motorista e deu a partida no carro, tocando para o outro lado da cidade. Parou em frente a um hotelzinho charmoso, de frente simpática, e desceu do carro. Abriu a porta para ela, lhe estendeu a mão e falou:
- Senhora Lauter...
Laura saiu e olhou para a fachada do hotel.
- Gostou?
- É lindo! É pequeno, mas parece caro, Rupert. Como você conseguiu...
- Sem perguntas... Vamos entrar. A gente fica aqui até segunda de manhã, depois... cada um por si... novamente.
Laura sentiu uma tristeza repentina e tocou o rosto dele. Rupert beijou sua mão e a levou para dentro do hotel.
********************************************
Welcome to my dreams...
CAPÍTULO 3