TEACHER II - I WANT YOU TO LOVE ME ANYWHERE - CAP. 8
I WANT YOU TO LOVE ME ANYWHERE – Capítulo 8
À noite, Laura passou novamente na casa de Rupert e, logo que abriu a porta, ele já imaginava que fosse ela.
- Oi, ela falou sorrindo.
Ele puxou sua mão e a abraçou, fechando a porta rapidamente atrás dela. Beijou-a com carinho.
- Você não está abusando da sorte vindo aqui, não? – ele perguntou, sem parar de beijá-la e abarcando sua cintura com força.
- Estou, mas é a primeira loucura gostosa que eu faço em dez anos.
- Não fala assim que eu me sinto um bebê, falou ele com uma careta gozada.
Ela riu e o beijou de novo.
- Bobo! Provocou agora assuma.
- Já jantou? – ele perguntou, levando-a para a cozinha.
- Não. Vim com fome pra poder comer aquele espaguete novamente. Tem?
- Não, mas tem arroz a grega. Especialidade de um alemão de araque que sabe dizer “I love you”, mais do que sabe cozinhar.
Ele mostrou a tigela sobre a mesa com o arroz fumaçando um cheirinho bom. Ela riu e lambeu os lábios.
- Hum... Parece bom.
- O quê? Meu arroz ou meu inglês?
- Os dois, ela falou, olhando para ele. – Aliás... os três...
E o beijou novamente, indo sentar-se à mesa. Rupert suspirou e foi sentar-se também.
- Como está seu pai? – Laura perguntou, já durante o jantar.
- Está bem. Estava até animado quando eu o vi hoje cedo. Depois ele foi operado e não me deixaram vê-lo mais, mas o médico disse que correu tudo bem. Ele vai ficar engessado por uns dias. Vou ter que trabalhar em dobro quando ele voltar pra casa, ele falou, sorrindo.
- Primeira vez que você fala do seu pai sem ficar triste, ela comentou.
Rupert olhou para ela e deu de ombros, ainda sorrindo, sem responder.
- Te amo, ela disse.
- Tenho motivo pra ficar triste? – ele perguntou.
Depois de arrumarem tudo na cozinha, os dois sentaram-se no sofá e Laura deitou-se no colo dele, segurando sua mão. Rupert brincava com os cabelos dela, distraído.
- Fiz uma tela nova hoje, ela falou.
- Quero ver. A gente podia ir até sua casa agora.
- Não acho uma boa ideia...
- Por que não?
- Aqui no seu bairro ninguém sabe quem eu sou, a não ser a Tereza, mas ela quase nem vem aqui. No meu prédio, todo mundo me conhece e sabe que eu sou professora. Se eu entrar com você...
- Vão notar que eu sou seu aluno... e vai despertar suspeitas e etc etc etc...
- Não fica zangado.
- Não. Não estou zangado. Não quero, nem posso te cobrar nada. Não vou te cobrar nada. Esquece.
Ele ergueu os joelhos e trouxe o corpo dela para mais perto dele.
- Como a gente vai fazer quando seu pai voltar pra casa?
- Não sei... ele disse com um suspiro, acariciando os cabelos dela.
- A gente não vai poder mais namorar na sua caminha de solteiro... ela disse, tirando uma mecha de cabelo dele de sua testa.
- Que tal... na faculdade, na sala de anatomia?
Laura riu fazendo um careta de nojo.
- Credo!
- No ginásio de esportes…
- Que loucura!
- Hum... Na cozinha da lanchonete, atrás da geladeira, lá é bem fresquinho...
Laura só fazia rir. Ele continuava dando ideias.
- Pode ser também... num matinho legal que tem atrás da sala dos professores. Os alunos aprontam misérias por ali, já ouviu falar?
- Para, Rupert!
Ele a beijou.
- I don’t know where, I don’t know how. I only want you to love me… any… where…
- Very good, my dear! You got an A!
Ela o abraçou, rindo. Rupert ergueu-a nos braços e a levou para o quarto, deitando-a na cama.
Durante a madrugada começou a chover e Rupert, sem conseguir dormir, ficou ouvindo a chuva cair, abraçado a Laura que dormia. Ela acordou com um trovão e chamou baixinho:
- Rupert!
- Hum...?
- Você não dormiu ainda?
- Não...
- Vai estar moído amanhã cedo. Dorme.
- Não consigo.
- Por quê?
- Você ronca, ele brincou.
Ela fez cócegas nele que riu, encolhendo-se todo, tentando impedi-la, segurando seus braços.
- You bastard!
- Teacher! How can you?
- Estou falando sério! Dorme um pouco.
- Estou pensando na aula de amanhã. Tenho que ir e é dia de aula sua. Vou chegar um pouco atrasado, só pra fazer cena, tá?
- Devo bronquear?
- Claro! Como sempre! Vou fazer um ar de desprezo e me sentar fazendo barulho com a carteira.
- Você não é disso, ela disse, rindo.
- Acho que não vai dar mesmo. Esquece. Vou só chegar atrasado... e me sentar do lado da Tereza, doido de vontade de te beijar inteira...
Ela tateou seu rosto no escuro e tocou sua boca, beijando-o.
- Você quer que eu durma? – ele perguntou.
- Acho que… não…
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Welcome to my dreams...
CAPÍTULO 8