TEACHER II - CONFIDÊNCIA - CAPÍTULO 7
CONFIDÊNCIA – Capítulo 7
Na saída, Tereza e Décio estavam indo para o ponto de ônibus como todos os dias e ela propôs:
- Vamos dar uma chegada no hospital pra ver o pai do Rupert? Acho que ele não veio hoje por isso.
- Não vai dar hoje não, Teca. A Luíza quer levar o bebê no médico e quer que eu vá junto. Estou até atrasado já. Você vai?
- Vou.
- Então dá um abração dele por mim e diz que à noite eu passo lá.
- Beijinho no nenê.
- Dou sim, tchau.
Ela ficou esperando o ônibus e de repente sentiu segurarem o seu braço. Virou-se e viu Rupert.
- Quer carona, gatinha?
- Rupert! Você aqui? Pensei que…
- Eu já estive no hospital. Meu pai está bem. Vai ser operado às duas ainda. Estou voltando de lá. Vou só até em casa apanhar algumas roupas pra ele. Quer ir comigo?
- Você veio até aqui só pra me buscar?
- Bom... não foi só pra isso... Vem, eu te explico no caminho.
Rupert contou toda a estória para Tereza no caminho até sua casa. Lá, ela ainda não conseguia acreditar no que ouviu. Já dentro da casa...
- Não acredito... Rupert, a Laura? Apaixonada por você?!
- Eu também estou tonto ainda, ele falou, colocando o capacete sobre o sofá.
- Perdi você de vez, não é? – ela falou, desconsolada, sentando no sofá.
- Ô, amiga, não fala assim. Eu vou morrer adorando você, você sabe.
- Como amiga…
- Teca, pensei que isso já estivesse resolvido na sua cabeça, baby. Se eu pudesse amar duas pessoas ao mesmo tempo com a mesma intensidade que eu amo a Laura, com certeza a outra pessoa seria você. E de mais a mais... eu ainda nem sei se vai dar certo com ela. O que aconteceu aqui foi um risco que nós dois corremos. De repente, eu me vi cozinhando, jantando e... dormindo com a Laura no mesmo dia...
- Vocês dormiram juntos?!
Rupert sentou-se ao lado dela e pediu:
- Pelo amor de Deus, não me conta isso pra ninguém. Nem pro Décio.
- Por que ele não pode saber? Vai ficar uma fera se descobrir por outra pessoa, Rupert.
- Eu não quero que mais ninguém saiba. E o Décio é muito puro, muito ingênuo. De repente ele solta alguma coisa no meio de uma conversa e eu fico numa fria.
- Ela dormiu aqui… falou ela, indo até a porta do quarto dele. – A professora Laura dormiu com você aqui.
- Ah, Tereza, não faz drama!
- Ela está numa fria se o reitor descobrir, Rupert.
- Eu sei e eu também estou. Perco a faculdade em três tempos.
- E vai continuar com isso?
- Não sei. Não quero pensar no depois. Por mim, eu poderia morrer agora e morreria feliz. Não quero pensar no amanhã.
- Uma mulher doze anos mais velha, Rupert... ela disse, sentando-se de novo no sofá. – Mas... como é que foi?
- O quê? – ele perguntou, sorrindo.
- Como você se... Qual foi a sensação?
Ele corou até a raiz dos cabelos.
- Teca, ficou doida? A troco de que eu falaria uma coisa dessas pra você? Ainda se fosse o Décio... Acho que nem pro Décio! Isso não tem a ver só comigo. A Laura, sua... nossa professora de Inglês, está envolvida, esqueceu? Estamos falando da intimidade dela também, caramba! O que importa agora é que eu estou feliz.
- Ela é doze anos mais velha que você, garoto... Quando você nasceu ela já tinha feito a sexta série...
Rupert colocou a mão sobre seus lábios.
- Não corta a minha agora, não, por favor, Tereza.
Ela ficou olhando para ele e segurou a sua mão, caindo em si do que estava dizendo e o abraçou.
- Ah, acho que eu estou sendo uma boba egoísta. Desculpa. Eu te adoro e quero te ver bem e feliz. Dou a maior força, gatinho. Maior força. E te desejo sorte, você vai precisar.
- Eu sei...
Ele lhe deu um beijo carinhoso no rosto e levantou-se. Ia para o quarto e de repente parou na porta e voltou-se para ela, sorrindo:
- Foi o máximo, Teca. A experiência mais maravilhosa que eu já tive em... Eu nunca tive uma experiência como essa.
Ela sorriu maroto, mordendo o lábio inferior.
- Eu odeio você...
- E não me peça pra dizer mais nada sobre isso. Vem me ajudar a arrumar roupas pro meu velho. O coitado estava só de cuecas, no hospital.
Ele entrou no quarto.
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Welcome to my dreams...
CAPÍTULO 7