Compra de um amor - Vigésimo quarto capítulo
-E foi isso o que aconteceu Gabi, depois da morte da irmãzinha gêmea da Monica a Marina nunca mais foi a mesma.
-Mas será que ela? não pode ser!
-Sim Gabi.
-Meu Deus! Isso é horrível!
-Mas infelizmente é verdade, a Marina culpa a Monica pela morte da irmã.
-Ela era apenas uma criança!
-Sim, mas a Marina nunca levou isso em consideração.
-Eu não sei nem o que dizer!
-Bem, agora você já sabe o que aconteceu, quem sabe assim passe a entender um pouco melhor as razões da sua sogra.
-Entender sim, concordar jamais.
-Nenhum de nós Gabi, nenhum de nós.
De volta ao cemitério...
-Minha filha, quanta saudade sinto de você!
Então, diante do túmulo de Magali, Marina se recordou do passado.
-Mamãe, meu pezinho vai demorar para sarar?
-Não Magali é só você ficar quietinha que em poucos dias ele fica bom.
-Que bom! eu quero logo voltar a brincar com a Monica no parquinho.
-Mas agora vocês só podem brincar aqui no quarto.
-Tá bom mamãe.
-Agora eu vou descer para fazer o almoço e vocês ficam aqui, não desçam a escada de jeito nenhum.
-Eu vou cuidar dela mamãe.
-Tá bom Monica, cuida da sua irmã e não deixa ela descer, depois eu trago a comida de vocês aqui.
Na casa de Gabi...
-Na sua inocência de criança, a Monica achou que pudesse ajudar a irmã a descer a escada, nunca poderia imaginar que não teria força para segurá-la caso ela caísse.
-Sim, claro sogro, elas tinham apenas cinco aninhos.
-Depois disso nos mudamos do sobrado, mas a Marina demorou muito tempo para aceitar a situação.
-E se tornou a mulher amarga que é hoje?
-Sim, antes ela era alegre, brincalhona, até um pouco infantil, era fã da turma da Monica rs.
-Até certo ponto eu consigo entender.
-Mas eu tenho esperança de que um dia ela volte a ser o que era antes Gabi.
-Até porque ela precisa se arrepender das suas injustiças, antes que seja tarde.
-Bom Gabi, agora tenho que ir para o escritório, tenho bastante trabalho hoje.
-Sim sogro, obrigada por ter me contado!
-Imagina, você é da família, já devíamos ter contado.
No escritório de Ricardo...
-Bom dia filho!
-Bom dia pai!
-E ai, como foi a visita a sua mãe?
-Foi boa pai, acho que ela esta começando a mudar.
-Serio filho? Mas isso é uma ótima notícia.
-Pois é, ela esta muito arrependida por ter sido tão dura com a Monica.
-Tomara que se conscientize e mude suas atitudes.
-Acredito que já está fazendo isso pai.
-Que bom! Mais cedo fui a sua casa para saber se a Monica estava precisando de alguma coisa.
-Estava tudo bem?
-Sim. A Gabi voltou a me perguntar o que aconteceu de ruim no passado.
-E o senhor contou a ela?
-Sim, ela precisava saber para entender a amargura da sua mãe.
-Verdade!
-E sua audiência como foi?
-Tudo certo.
-Que bom! Pelo menos no trabalho as coisas estão indo bem!
Mais tarde...
-Oi Gabi.
-Dona Marina!
-Desculpa por incomodar, mas eu preciso ver a minha filha.
-Não esta incomodando.
-Eu posso ver a Monica?
-Ela está dormindo.
-Eu espero ela acordar, se você não se importar é claro.
-Tudo bem!
-Eu agradeço.
-Vou acorda lá, afinal já esta quase na hora de ela tomar o remédio.
Então...
-Monica.
-Oi Gabi.
-Faz tempo que está acordada?
-Só alguns minutos.
-Sua mãe esta aqui, ela quer ver você.
-Vou conversar com ela na sala.
-Enquanto isso vou arrumar o seu quarto.
-Obrigada cunhada!
Logo...
-Mãe, o que faz aqui? Se veio me dar sermão pode dar meia volta.
-Me perdoa filha, me perdoa!
-Levanta mãe, não precisa disso.
-Então diga que me perdoa.
-Não sou Deus para perdoar ninguém.
-Filha, estou muito arrependida por tudo o que fiz e falei para você.
-Seu arrependimento não vai trazer o meu filho de volta.
-Você vai ter outros filhos e vai ser uma mãe maravilhosa, tudo o que eu não fui para você.
-Não seja sinica! sabe muito bem que eu nunca mais vou poder ter filhos.
-Não Monica, seu pai me explicou tudo direitinho, sua histerectomia não foi tão radical, seus ovários foram preservados.
-Mesmo assim nunca mais poderei gerar uma criança.
-Mas eu posso minha filha eu posso.
No próximo capítulo...
Monica se surpreende com a proposta de Marina.