UMA LOURA À JANELA - 18
CAPÍTULO NOVE
UM NOVO ASSASSINATO
James Todd parou o carro, entrou numa lanchonete e ligou para a delegacia de polícia. Chamou o tenente O’Connor.
– Por onde tem andado você? – Urrou O’Connor. – Há mais de uma hora que tenho tentado encontrá-lo! Onde está? Venha imediatamente aqui!
– Sinto muito ter-lhe dado trabalho, tenente... – Replicou James, – Mas ainda não fugi. O que eu quero é uma pequena informação. John Sanders me disse que você recebeu um telefonema anônimo envolvendo-me no assassinato de Darrell Desmond. O que eu quero saber é isto: Sanders estava presente, quando recebeu o telefonema?
Após falar isso, James sorriu. Sabia que O’Connor estava instruindo alguém em seu gabinete para tentar descobrir a origem de seu chamado. O policial disse lentamente, como querendo ganhar tempo:
– Não... Ele chegou aqui pouco depois, perguntando-me se havia alguma novidade. E eu o informei do telefonema. Escute, James, não banque o idiota. Se sabe alguma coisa, porque não conta para mim. Poderemos trabalhar juntos e...
– Obrigado pela oferta, tenente – interrompeu James, – Farei isso. Para lhe mostrar que estou agindo de boa fé, vou dizer-lhe de onde estou falando, poupando-lhe o trabalho de tentar localizar a ligação.
Informou a localização da lanchonete e desligou.
“Decididamente”, disse para si mesmo, entrando no carro. “Sanders precisa ser interrogado. Uma visita a ele torna-se necessária.”
Sanders não estava na redação do Evening Star. James conversou, então, com o diretor do jornal, que lhe falou:
– Sanders trouxe o seu artigo diário às oito e trinta e disse que estivera fora a noite noite, atrás de uma matéria importante, e que iria para casa dormir um pouco. Não quis dizer de que se tratava essa matéria, só revelou que era um assunto que causaria escândalo e alvoroço. – O diretor do jornal olhou inquisitivamente para James, antes de continuar: – Ele está sendo muito procurado... esta manhã.. O senhor é a terceira pessoa que me pergunta onde ele mora.
James ficou alerta.
– Verdade? – Perguntou casualmente. Depois, sorriu e disse: – Pensei que eu era a única pessoa em Los Angeles interessada no “esconderijo” de Sanders. E quem são os outros que procuraram por ele?
– Não posso lhe informar muita coisa sobre os outros. O primeiro sujeito telefonou e não revelou o nome. O segundo era um policial. Ele veio até aqui há cerca de uma hora. Falou que se chamava O’Connor e que precisava conversar com John Sanders. Bom, este é o endereço do Sanders.
E o diretor do jornal estendeu um pedaço de papel para James.
O detetive agradeceu e saiu.
Depois, enquanto se dirigia ao endereço que lhe tinha sido dado, pensava, intrigado:
“Que é que O’Connor queria falar com Sanders, logo após o jornalista ter deixado a delegacia de polícia? E quem era o outro sujeito interessado no endereço de Sanders?”
Quando parou em frente ao edifício onde morava Sanders e viu que já havia ali uma viatura policial, James ficou ansioso. E sua ansiedade aumentou, ao ver o policial que estava junto à porta do prédio.
– Que houve? – Indagou James.
– Um morto. Alguém cravou uma faca num sujeito aí dentro. A vizinha encontrou-o à entrada do apartamento, atraída pelo ruído de uma luta e gemidos que ouviu.
continua na próxima sexta-feira