A Lenda de Scarborough -Epílogo
Quando soube que seu filho abdicara do trono, Frederico ficou totalmente fora de si. O mestre de Bryan, com toda sua sabedoria, conseguiu acalmar a família e fazer com que Constança se casasse com um dos outros filhos. Mas a dor de ver seu filho se tornar um simples pastor foi um golpe profundo para o coração do Imperador. Para ele, Jhonathan havia morrido. Sua memória seria apagada da história real.
****
Bryan não conseguiu dormir na véspera de seu casamento... Ainda era de madrugada, quando ele se levantou sorrateiramente, pegou algumas coisas e saiu do palácio. Selou seu cavalo e foi até a cabana do eremita, para o qual contou sua decisão. Pediu apenas para que ele entregasse o bilhete ao seu pai e à princesa Constança.
Faltava pouco para o dia amanhecer quando Bryan chegou ao cais. Disfarçado como um homem qualquer ele tomou uma embarcação que estava de saída para a Inglaterra. Naquele cais ficava seu passado, pois sua vida não seria vida longe de Lhya. Ele tinha decidido: “Não sou Jonathan, sou Bryan”!
Por vários dias a pequena embarcação cruzou os mares até que num entardecer ela ancorou em terras inglesas. Com seu cavalo que trouxera da Itália, Bryan chegou rapidamente a Scarborough. Mais do que depressa galopou em direção à pequena aldeia onde com certeza encontraria Lhya.
Lá estavam as montanhas verdejantes... Podia ver até as pequenas ovelhas pastando ao longe. Aquilo tudo lhe pareceu tão familiar, mais do que seu regresso à Itália, após o naufrágio.
Sua presença logo foi notada pelos garotos que brincavam.
-Um cavaleiro... Um cavaleiro... -disse um deles.
-É o Bryan! - gritaram os outros garotos, como se tivesse chegado um herói.
Todos se aproximaram para vê-lo.. Estavam surpresos com o retorno de Bryan, ou melhor, príncipe do Sacro Império a quem eles deviam à liberdade. Apenas Lhya não estava ali.
-Onde está Lhya?- perguntou Bryan assim que tinha cumprimentado a todos.
-Está nas montanhas pastoreando as ovelhas. – Respondeu Henry.
Bryan foi em direção às montanhas.
No alto da colina, recostada a uma árvore ele viu Lhya, com olhos perdidos no horizonte, olhando o mar, cercada pelo pequeno rebanho. Tão linda, tão encantadora...
Silenciosamente ele se aproximou dela:
-Me disseram que cuida de feridos. Não estou passando bem. Será que você poderia me ajudar?
Ela se virou surpresa. E custou a acreditar que Bryan estivesse realmente ali.
-Só ajudo náufragos... – disse ela com lágrimas nos olhos.
-Então com certeza poderá me ajudar –falou Bryan se aproximando um pouco mais -Creio que o meu coração naufragou aqui por perto e sem ele não consigo viver em nenhum lugar.
Ela se atirou em seus braços enquanto lágrimas ardentes rolavam por sua face. Palavras não eram necessárias. Seus lábios se encontraram num beijo apaixonado, sem a sombra de um passado misterioso a separá-los.
E numa bela tarde, à beira mar, tendo ao fundo o mais lindo pôr-do-sol, Brayn e Lhya se casaram.
O reinado dele se concretizaria naquelas terras, Lhya seria sua rainha... ainda que de um modo diferente do proposto pelos seus pais...O reino deles era o reino do amor, marcado pela paz em seus lares e na convivência pacífica da pequena comunidade, que encontrará sua liberdade graças à sua ajuda. Aquele, de agora em diante, seria seu povo.
Faltava pouco para o dia amanhecer quando Bryan chegou ao cais. Disfarçado como um homem qualquer ele tomou uma embarcação que estava de saída para a Inglaterra. Naquele cais ficava seu passado, pois sua vida não seria vida longe de Lhya. Ele tinha decidido: “Não sou Jonathan, sou Bryan”!
Por vários dias a pequena embarcação cruzou os mares até que num entardecer ela ancorou em terras inglesas. Com seu cavalo que trouxera da Itália, Bryan chegou rapidamente a Scarborough. Mais do que depressa galopou em direção à pequena aldeia onde com certeza encontraria Lhya.
Lá estavam as montanhas verdejantes... Podia ver até as pequenas ovelhas pastando ao longe. Aquilo tudo lhe pareceu tão familiar, mais do que seu regresso à Itália, após o naufrágio.
Sua presença logo foi notada pelos garotos que brincavam.
-Um cavaleiro... Um cavaleiro... -disse um deles.
-É o Bryan! - gritaram os outros garotos, como se tivesse chegado um herói.
Todos se aproximaram para vê-lo.. Estavam surpresos com o retorno de Bryan, ou melhor, príncipe do Sacro Império a quem eles deviam à liberdade. Apenas Lhya não estava ali.
-Onde está Lhya?- perguntou Bryan assim que tinha cumprimentado a todos.
-Está nas montanhas pastoreando as ovelhas. – Respondeu Henry.
Bryan foi em direção às montanhas.
No alto da colina, recostada a uma árvore ele viu Lhya, com olhos perdidos no horizonte, olhando o mar, cercada pelo pequeno rebanho. Tão linda, tão encantadora...
Silenciosamente ele se aproximou dela:
-Me disseram que cuida de feridos. Não estou passando bem. Será que você poderia me ajudar?
Ela se virou surpresa. E custou a acreditar que Bryan estivesse realmente ali.
-Só ajudo náufragos... – disse ela com lágrimas nos olhos.
-Então com certeza poderá me ajudar –falou Bryan se aproximando um pouco mais -Creio que o meu coração naufragou aqui por perto e sem ele não consigo viver em nenhum lugar.
Ela se atirou em seus braços enquanto lágrimas ardentes rolavam por sua face. Palavras não eram necessárias. Seus lábios se encontraram num beijo apaixonado, sem a sombra de um passado misterioso a separá-los.
E numa bela tarde, à beira mar, tendo ao fundo o mais lindo pôr-do-sol, Brayn e Lhya se casaram.
O reinado dele se concretizaria naquelas terras, Lhya seria sua rainha... ainda que de um modo diferente do proposto pelos seus pais...O reino deles era o reino do amor, marcado pela paz em seus lares e na convivência pacífica da pequena comunidade, que encontrará sua liberdade graças à sua ajuda. Aquele, de agora em diante, seria seu povo.